Minha primeira vivência com UX Writing

Conheça um pouco da minha vivência com UX Writing através de um bootcamp

Geice Oliveira
Pretux
Published in
3 min readMar 24, 2021

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Sou formada em Relações Públicas e tenho atuado como Redatora nos meus tempos livres e como freela também. Sempre fiquei curiosa com a área de UX e quando descobri o “UX Writing”, fiquei bem encantada. Vi uma possibilidade de migrar por já ter um conhecimento com escrita.

Pesquisando mais a fundo, vi que precisava de um curso/workshop, pra me atualizar na área, entender como funciona enfim, pra não ficar patinando em UX.

E aí, eu tive a oportunidade de participar do bootcamp de UX Writing da How Bootcamps em parceria com a PretUX. Foram 4 dias aprendendo com um profissional fantástico da área, Bruno Rodrigues.

O bootcamp

Foi um grande desafio e desconstrução do que eu entendia por escrita porque o UX Writing não utiliza o “ego” do redator, ou seja, você não escreverá aquilo que faz parte da sua criatividade e sim o que o usuário quer ver.

O UX Writing trabalha com técnica e objetividade, porque estamos vivendo uma era em que o usuário (você e eu) não tem mais paciência pra ler tanto nas telas. Quando vamos comprar um celular, por exemplo, queremos ver nele um conteúdo de fácil leitura em que as informações estejam claras a ponto de não deixar dúvida alguma.

As camadas de conteúdo

Durante o bootcamp, realizamos vários exercícios para entender as camadas de conteúdo que o usuário vê na tela, que são:

  1. Apresentação: é a primeira tela que o visitante verá como um título, texto, uma imagem e a legenda da imagem. Pode parecer óbvio, mas muitas empresas que não possuem conhecimento de UX e, especificamente, de UX Writing, fazem telas muito poluídas, com títulos de slogan simplesmente pra vender. Cada vez mais o usuário se torna exigente!
  2. Resumo: é como se fosse uma segunda tela, que possui título, texto-base e a área cega (segundo estudos, seria como um 3º ou 4º parágrafo que o usuário não lê mais; neste caso, deixe essa área para dados secundários). Aposte em negritos e palavras-chaves para a usabilidade digital.

Pesquisa

Além disso, percebi que, para cada termo ou palavra utilizados, muita pesquisa está envolvida — não podemos cair no erro de achar que todos os públicos se comunicam da mesma forma. Uma dica boa é fazer a pescaria semântica.

O que é pescaria semântica? É uma técnica de pesquisa com o usuário em que recolhemos palavras e expressões úteis e com senso de orientação. Por exemplo: a palavra “refrigerante” — cada usuário determinará se este termo, para ele, tem uma representação positiva ou negativa e, conhecendo essa informação, é possível se “pescar” esses termos para utilização ou não em um produto.

E pra finalizar, caso vocês queiram ter conteúdos relevantes ou mais concretos na área, acesse o site do UX Writing Brasil. Ele é um ótimo guia, para quem está começando, assim como eu.

Espero que tenham gostado!

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Geice Oliveira
Pretux
Writer for

Formada em Relações Públicas, atuando como redatora em um blog e podcast cristão. E com conhecimentos em Copywriting e Marketing de Conteúdo.