O que eu aprendi com minha primeira experiência no universo UX

Sergio Cardozo
Pretux
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4 min readDec 5, 2020
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É indiscutível o crescimento e a popularização das áreas de UI e UX nos últimos anos. Eu mesmo, que sou designer gráfico de formação (e de coração também rsrs), observava esse crescimento com atenção, mas sempre mantendo uma distância segura talvez pelo medo inconsciente de estar em contato com aquelas ideias. Por um bom tempo, para mim, ui e ux eram a mesma coisa e acreditava fortemente que um bom design poderia ser desenvolvido através de cânones pré estabelecidos e regras matemáticas. Ledo engano. Por sorte, aos poucos fui tendo contato com outras metodologias como o human-centred design (alô designkit.org) e minha cabeça gradualmente foi se abrindo para novas possibilidades.

Os meus primeiros passos

Há algum tempo eu decidi que sim, precisava dar um “up” na minha carreira e para esse processo não deveria, necessariamente, fazer tudo sozinho. Optei por um caminho paralelo ao sistema de educação formal. Iniciei com leituras de artigos em blogs e sites, vídeo aulas gratuitas no YouTube e tudo mais. No meio desse mar de informações achei a PretUX , comunidade da qual faço parte com o maior orgulho e graças a eles debutei dentro de um universo do qual a tempos flertava.

Como já dito algumas semanas atrás no meu perfil do LinkedIn:

Se pudesse escolher novamente uma primeira experiência no universo de UX, escolheria o #UXWEEKEND da Mergo User Experience com toda certeza. Entre tantos conhecimentos compartilhados Edu Agni, nosso facilitador, expôs o que para ele são os pilares da #UX: empatia, colaboração e experimentação. Ali, bem ali naquele momento, percebi que estava no caminho certo para alinhar minha carreira com pilares tão sinceros e claros centrados em pessoas.

Dito isso, tenho um compromisso em dividir alguns pontos do que aprendi durante esse breve, mas intenso mergulho.

Os princípios

Empatia Entre tantas definições, podemos entendê-la de maneira simplificada como o interesse na vidas das pessoas, entender o outro.

Colaboração — Cada integrante do time é importante, cada processo e opinião é valida e isso nos ajuda a construir supostas soluções mais pertinentes. Adiciono aqui um lema profissional que adotei ano passado e o levarei para vida — “o design é sempre co-criação”.

Experimentação — Um dos caminhos mais interessantes é trabalhar em pequenos ciclos, criar um produto/solução consistente, testar, avaliar o que funciona ou não em cada contexto/realidade e reiniciar o ciclo implementando soluções e melhoramentos.

Durante o workshop usamos a metodologia Design Thinking aplicada pela Stanford Design School, que é dividido em 5 fases e são elas:

Hexágono Empatia, Hexágono Definição, Hexágono Ideação, Hexágono Prototipação, Hexágono Teste

Empatia: São feitas pesquisas para entender quais são as necessidades das pessoas envolvidas no problema (consumidores, funcionários, entre outros), do que precisam, do que gostam, o que querem.

Definição: Fase sucessiva à pesquisa, onde devemos mapear o público e delimitar qual é o problema, o que precisa ser resolvido ou criado (até o momento a sensibilidade, escuta ativa e não enviesada são essenciais).

Ideação: É aqui que ocorre a famosa chuva de ideias, onde as mesmas devem fluir sem censura, todas as sugestões são bem-vindas sem medo de errar.

Prototipação: Aqui as coisas já começam a pegar forma, devemos escolher uma ou algumas ideias e criar protótipos.

Teste: Agora é a tão esperada hora de experimentar os protótipos e escolher o que faça mais sentido. Anotar todos os feedbacks e… iniciar novamente o ciclo! O que definirá o ponto de partida do novo ciclo será a tipologia de problemas reportados durante o uso. Talvez seja necessário voltar à etapa de prototipação ou então à de definição, não existem regras limitantes — tudo depende do feedback recebido durante a fase de testes.

Sobre o processo de Design Thinking vale ressaltar que existem diversos caminhos, isso é muito importante para quem, assim como eu, está começando.

UX não se limita ao “uso” e abrange também o que a utilização causa durante o uso, uma experiência pode ser vista em múltiplos sentidos.

Eu acredito que eu demorei um pouquinho para internalizar todo o conhecimento dividido no UX Weekend, embora o facilitador seja muito competente e didático. A cada dia de aula eu estava com a cabeça “fritando” com tanto conhecimento rsrs. Cada um tem o seu tempo e eu acredito que a minha jornada no universo de UX está só começando com um experimento de cada vez.

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Sergio Cardozo
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Oi! Eu apoio pequenas empresas através do design. Design é sempre co-criação.