UX Design? Me convença em dois dias!

Saiba como eu decidi que esta será minha nova profissão durante um final de semana

Murilo Santos
Pretux
4 min readApr 22, 2021

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Imagem de Yasin Yusuf

Meu background

Me formei em Publicidade e Propaganda e sempre trabalhei nessa área durante os três anos que se seguiram depois da graduação. Não sou ingrato aos quatro anos que cursei, longe disso, tenho muito orgulho da minha formação. Porém, sempre senti que precisava de algo diferente, algo que não estava encontrando até então na minha jornada.

Foi aí que começou a surgir nas minhas telas o termo “UX Design” e sempre me perguntei do que se tratava. Fiz algumas pesquisas, li artigos e assisti a palestras para entender o que era e decidi começar a estudar mais sobre isso. Saí do último emprego por diversos motivos e me dedicar aos estudos era um deles. No entanto, me deparei com a insegurança e a incerteza se deveria trocar da sigla PP para UX. Afinal, seria uma boa ideia?

Como uma luz, numa quarta-feira à noite vi que a comunidade da qual faço parte, a PretUX, estava concedendo bolsas para o curso UX Weekend da Mergo naquele final de semana. O curso é uma imersão para iniciantes e curiosos sobre a área de User Experience Design. Me inscrevi como quem não quer nada, já que achava que as chances de ser escolhido eram mínimas. Justifiquei o porquê, eu, deveria ser o indicado e enviei. Enorme foi a minha surpresa quando na quinta-feira pela manhã recebo um e-mail e uma mensagem dizendo que eu era um dos selecionados.

Preparar, apontar…

No mesmo dia já recebi informações sobre como seriam esses dois dias de imersão, me colocaram num grupo de WhatsApp para iniciar o networking com os colegas e recebemos acesso ao Notion (plataforma de organização de notas) do curso com vídeos preparatórios e muito conteúdo sobre a profissão.

…fogoooooo!

No sábado pela manhã, a instrutora e especialista em User Experience Bianca Brancaleone, nos mostrou como seria conduzido o curso (com a facilitação de Thayse Ferreira) e logo iniciamos com o icebreaker, nos apresentando e contando brevemente a nossa relação com UX e o que esperávamos do curso.

Sem mais delongas, iniciamos aprendendo um pouco sobre o que é UX, e as disciplinas que estão contidas na Experiência do Usuário. Tivemos uma introdução sobre os processos de Design Thinking e como ele se preocupa com a resolução de problemas através do design. Para o curso, utilizamos o processo da Stanford d.School.

Processo de Design Thinking da Stanford d.School

Mãos à obra! A prática faz o mestre

Antes do almoço, para fins de estudo, definimos em grupo um problema em comum que fosse resolvido com um produto digital. No nosso caso, queríamos resolver o problema de cancelar serviços de internet/telefonia sem precisar ligar para a operadora com apenas um aplicativo.

Depois, definimos e descrevemos a Proto-persona dando um nome, um rosto, uma profissão e descrevendo seu contexto cotidiano e seus pontos de necessidade.

Fim do dia 1 — aqui já estava empolgado com o universo de UX.

Com essas informações, partimos para o briefing de plano de ação de como o produto resolveria as necessidades do público representado pela Proto-persona e quais os diferenciais que o produto apresentaria.

Na fase de Ideação, utilizamos como ferramenta o modelo Honeycomb de Peter Morville para listar e ordenar as tarefas do usuário durante o uso do aplicativo, além de elaborar um inventário de interface.

Logo após, avançamos para a fase de prototipação criando um protótipo navegável no Figma, que permitisse que o aplicativo executasse uma tarefa principal definida pelo grupo. Escolhemos a tarefa de cancelar um plano de internet.

Aqui a ideia era fazer um wireframe simples.

Finalmente, chegamos na fase mais esperada do processo de design: O TESTE DE USABILIDADE. Cada grupo elegeu uma pessoa que seria testador do produto de outro grupo e neste momento, nos dividimos entre aplicador e observadores do teste com as seguintes funções:

Aplicador: delegar a tarefa a ser executada — cancelar o seu plano de internet por insatisfação e deixar uma sugestão à operadora.

Observadores: anotar a reação/comentários da usuária durante a utilização do aplicativo.

Terminados os testes nos reunimos para comentar sobre tudo o que realizamos para chegar naquele momento e como os processos são importantes dentro do Design de Experiência do Usuário.

E assim, no segundo e último dia de curso, eu percebi que quero seguir na transição para UX Design, na expectativa de criar soluções que ajudem as pessoas no dia-a-dia.

Obrigado!

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