UX: Imergindo e colaborando
No último final de semana (19 e 20 de junho), participei do Bootcamp sobre UX Weekend, ministrado pela Bianca Brancaleone na Mergo. Isso só foi possível graças a uma bolsa que ganhei da comunidade PretUx. E quem é essa PretUx? É uma iniciativa que tem como objetivo potencializar a inserção de pessoas pretas dentro do mercado UX através de mentorias, direcionamentos e cursos em parceria com empresas e profissionais que queiram compartilhar seus conhecimentos de mercado.
Mergulhando na origem
Afinal o que é o tal do UX? O termo UX significa User experiencie, a nossa famosa experiência do usuário, criada por um senhorzinho muito simpático chamado Don Norman na década de 90.
Nessa época, Norman trabalhava na Apple, uma das primeiras empresas a trabalhar com Interface Gráfica para Usuário.
Em um dia de trabalho, Norman observou que a experiência de usar os computadores estava sendo ruim. Desde a descoberta, quando se via a dificuldade em colocar a enorme caixa no carro e até chegar em casa e abrir a caixa e “oooh meu Deus! Parece assustador… eu não me atreveria a montar esse computador”, como ele costuma dizer
“UX é tudo! É como você experiencia o mundo, é a forma como você experiencia a sua vida, é a forma como você experiencia um serviço…ou site, um aplicativo. Mais o sistema como um todo.” Don Norman.
Devemos ter em mente que UX não se trata apenas de tecnologia, app ou interface, e sim do processo como um todo. A experiência do usuário envolve uma série de pessoas, processos e metodologias até chegar no produto, ou seja, tudo que envolve a jornada do usuário.
Mergulhando nos processos
Foram 2 grandes dias de muita troca de conhecimento. Ux Design é um universo gigantesco, cheio de processos e metodologias; é normal termos dúvida, afinal, estamos falando de humanizar processos. O Design, como um todo, também é empatia.
E já que falamos de empatia, de maneira bem gradativa e tranquila, começamos a entrar em umas das metodologias mais utilizadas para solução de problemas de forma inovadora. O Design Thinking, que basicamente é uma abordagem que busca a solução de um problema de forma colaborativa através do Design, utilizando as seguintes etapas: empatia, definição, ideação, prototipação e teste.
“A missão do design thinking é traduzir observações em insights, e estes em produtos e serviços para melhorar a vida das pessoas.” (BROWN, 2010, p. 46)
De forma colaborativa, começamos a entender a vida e as necessidades dos usuários envolvidos. Aplicamos alguns métodos usados na etapa de empatia, como entrevista em profundidade, desk research e análise de dados e questionários online.
Após entender, definimos. Através de pesquisa e de todo o mapeamento feito anteriormente, definimos nosso problema e junto com ele desenvolvemos nossa persona (personagem fictícios de produtos e serviços que representam as necessidades de um maior grupo de usuários).
Após definir nossa persona, começamos a ideação. Veio a onda Brainstorming! Nessa etapa, as soluções começaram a fluir e todo Insight era bem vindo. Após as ideias alinhadas, começamos o nosso Task Flow (uma jornada, um fluxo único realizado de forma semelhante por todos os usuários para uma ação específica, como cadastrar-se em um sistema ou realizar uma compra).
Com o problema definido, as ideias alinhadas e as soluções mapeadas no Task Flow, começamos a prototipar os primeiros passos da nossa plataforma. Aqui levamos em consideração que podemos ter o protótipo de 3 formas: Protótipo de baixa, média e alta fidelidade. A entrega de um protótipo vai depender do nível e complexibilidade do projeto, podendo ser no papel, wireframe e protótipos navegáveis que permitem ao usuário navegar como se fosse o produto final.
Com o protótipo navegável pronto, veio a maré de nervosismo e ansiedade. O teste com usuário, o momento que validamos a ideia/solução que mais iria atender as necessidades do usuário.
Começamos os testes de usabilidade, definimos o cenário e o fluxo de tarefas que ele teria que desenvolver dentro desse cenário. Esse foi o momento mais tenso do nosso encontro, tivemos que nos policiar para não influenciar o usuário na hora do teste. No final, saímos com o aprendizado de interação-repetir e que essa etapa pode ser repetida várias vezes — até mesmo começar desde do início, na definição do problema.
Mergulho final
Um final de semana intenso (08 horas em cada dia, sentada na frente do computador) contribuíram com novos insights e networking, sanando algumas dúvidas e gerando mais. Sabendo que sempre devemos estar atentos à jornada do usuário, que é todo o seu trajeto e não apenas interfaces bonitas.
Quando eu falo que o Design muda vidas, estou falando de tudo isso que citei. É sobre isso, é sobre ficar um final de semana todo na frente de um computador, interagindo em colaboração com outras pessoas com o objetivo de aprender e disseminar conhecimento. É gratificante fazer parte de um universo tão grande como o Ux Design e saber que podemos mudar a vida das pessoas.
A seguir o protótipo de média fidelidade, com algumas ideias do aplicativo.
English translation
By Camila Borigato
UX: Immersing and collaborating
Last weekend (June 19th and 20th), I was part of the UX Weekend Bootcamp, taught by Bianca Brancaleone from Mergo. This was only possible thanks to a scholarship I got from the PretUx community. And what is PretUx?
It is an initiative that aims to enhance the insertion of black people into the UX market, through mentoring, guidance and courses in partnership with companies and professionals who want to share their market knowledge.
Diving at the origin
After all, what is UX? The term UX stands for User experience, created by a very nice gentleman named Don Norman in the 90s.
At that time, Norman was working at Apple, one of the first companies to work with Graphical User Interface. One day at work, Norman noticed that the users’ experience with computers was poor. From the moment of the discovery, when you first saw a computer, to the difficulty of putting a huge box in the car and finally getting home “Oh my God! It sounds scary… I wouldn’t dare to build this computer.” As he says “UX is everything! It’s how you experience the world, it’s how you experience your life, it’s how you experience a service or a website… an application plus the system as a whole.”
We must keep in mind that UX Design is not just about technology, an app or the interface, but about the process as a whole. The user experience involves a series of people, processes and methodologies until arriving at the product, i. e., everything that involves the user journey.
Diving into the processes
It was 2 great days of a lot of knowledge exchange. Ux Design is a gigantic universe, full of processes and methodologies, it is normal to have doubts. After all, we are talking about humanizing processes, Design as a whole is also about empathy.
And since we talk about empathy, in a very gradual and calm way, we started to enter into one of the most used methodologies for solving problems in an innovative way: Design Thinking, which is basically an approach that seeks to solve a problem in a collaborative way through Design, using the following steps: empathy, definition, ideation, prototyping and testing.
“The mission of design thinking is to translate observations into insights, and then into products and services in order to improve people’s lives” (BROWN, 2010, p. 46).
In a collaborative way, we started to understand the lives and needs of the users involved. We apply some methods used in the empathy stage, such as: In-Depth Interview, Desk Research, Data Analysis and Online Questionnaires.
After understanding, we define. After all the research and mapping done previously, we define our problem and then we develop our persona (a fictional character of products and services that represent the needs of a larger group of users).
After defining our persona, we started the ideation. The brainstorm came! At this stage, solutions began to flow and all the insights were welcome.
After the ideas were aligned, we started our Task Flow (a journey, a single flow performed in a similar way by all users for a specific action, such as registering in a system or purchasing something).
As the problem is defined, the ideas aligned and the solutions mapped during Task Flow, we started to prototype the first steps of our platform. Here it is taken into account that we can have a prototype in three ways: low, medium and high fidelity. The delivery of a prototype will depend on the level and complexity of the project, and may have prototypes at: paper, wireframe or navigable prototypes that will allow the user to navigate or use as if it is the final product. When the navigable prototype was ready, came the tide of nervousness and anxiety. The user test, the moment we validate the idea/solution which would best meet the user’s needs.
We started usability tests, defining the scenario and the flow of tasks that they would have to develop within that scenario. This was the most tense moment of our meeting, we had to police ourselves so as not to influence the user at test time. In the end, we left with the learning of interaction-repeat and that this step can be repeated several times, one of which can start from the beginning of the definition of the problem.
Final dive
An intense weekend (sitting in front of the computer for 8 hours each day) contributed with new insights and networking, solving some doubts and generating more.
Knowing that we must always be aware that the user’s journey is the entire journey and not just beautiful interfaces.
When I say that Design changes lives, I am talking about everything that I mentioned. It’s about spending a whole weekend in front of a computer, interacting and collaborating with other people in order to learn and disseminate knowledge and methodologies. It is gratifying to be part of such a huge universe that Ux Design is, knowing that we can change people’s lives.