7 dicas para criar grupos de estudo e acabar com lacunas de conhecimento
Já sentiu que algumas pessoas do seu time têm dificuldade em alguma área de conhecimento? Algo que você manja bastante e sente que poderia ajudar, ou então que também precisa aprender?
Muito se fala sobre a importância da proatividade, da independência e da necessidade de compartilhar conhecimento em times ágeis… mas a sua equipe tem de fato exercitado esses valores?
Convenhamos, é comum identificar lacunas de habilidades em retrospectivas ou durante um projeto. É uma pessoa que não sabe usar uma ferramenta ‘básica’ à squad, outra que nunca ouviu falar de um processo ‘simples’. Ou ainda dificuldades de comunicação por conta do idioma e até falta de conhecimento generalizado sobre o fluxo de negócio.
E a culpa é de quem? Não interessa. O importante é o que queremos e podemos fazer. Ao invés de ficar esperando uma ação oficial da empresa ou algum curso cair do céu para atender às necessidades do time, tome a iniciativa e crie um grupo de estudos!
Aqui na Printi Tech temos grupos focados em estudar e praticar inglês, SQL (linguagem de bancos de dados), produtos e user interface. Não são exclusivos ao pessoal de tecnologia, são abertos a qualquer um que tenha interesse, inclusive temos amigos de outras áreas com a gente.
Bora lá às 7 dicas para fazer isso acontecer:
1. Convocação de interessados
Não basta precisar, as pessoas têm que querer. Junte essa galera necessitada e interessada no objetivo de compartilhar conhecimentos e evoluir juntos. Pode enviar por e-mail, anunciar em reuniões, canais de mensagem ou até cutucar quem você sabe que quer/precisa desse conteúdo. Vai aparecer gente que você nem imaginava! Além de enriquecedor para o grupo, aproxima pessoas e equipes que nunca teriam esse convívio.
2. Objetivo
A primeira pauta (seja em encontro presencial ou remoto, ou de forma assíncrona num canal de conversa), é definir o objetivo do grupo. Para que vocês querem ter esse conhecimento? Onde e como vão usar? Isso vai guiar os temas e a dinâmica dos estudos e ainda alinhar expectativas.
3. Liderança
Sim, gostamos e queremos liderança compartilhada, mas já dizia o ditado: cachorro com dois donos morre de fome. Os grupos precisam de um organizador que puxa e prioriza o conteúdo a ser estudado a cada encontro. Não que essa pessoa vai fazer tudo sozinha, mas um misto de incentivo e puxão de orelha sempre ajuda a manter as pessoas na linha.
4. Formato
O legal é unir teoria e prática, então toda rodada merece ter explicação + exercícios. Caso haja alguém que conheça do assunto, já podem contar com esse professor (que pode ser meio carrasco). Mas caso estejam todos no mesmo barco para aprender, recomendamos um revezamento: cada sessão tem uma pessoa responsável por estudar e preparar um tema para ser apresentado, discutido e aplicado.
5 Organização
Crie uma planilha compartilhada para que todos possam adicionar tópicos de estudo. Juntos, os participantes devem priorizar temas, definir responsáveis e confiar na responsabilidade de cada um. Esse backlog ajuda a saber o que já foi abordado e organizar links e materiais utilizados. Atualização imprescindível a cada encontro!
6. Recorrência e duração
Na nossa experiência, o ideal é entre 1h e 1h30, uma vez por semana. No máximo a cada 15 dias. Assim o pessoal mantém o ritmo e não esquece o que já aprendeu, mas também não fica sobrecarregado. Cancelar uma sessão apenas em casos extremos. Cancelar duas seguidas, jamais! Não tem jeito, é preciso assumir o compromisso e separar aquele tempinho para se dedicar ao estudo.
7. Senso de comunidade:
As interações entre as pessoas fazem toda a diferença. Ajuda com dúvidas, cutucadas, zoeiras, rivalidades e até apoio psicológico. Claro que sempre com respeito e consideração pelos amiguinhos. Não somos robôs fazendo download de conteúdos, somos pessoas aprendendo juntas, inclusive umas com as outras.
Simples, né? NÃO!
Manter as pessoas engajadas é um constante desafio. Por se tratar de uma atividade ‘extra’, é comum o pessoal ‘se enrolar’ e o estudo virar a última coisa na lista de prioridades. Por isso, ao criar e manter um grupo de estudos, se perguntem se os temas abordados são relevantes e resolvem problemas do nosso dia a dia. Se não, a motivação, e o grupo, morrem. E não menos importante: as pessoas gostam de participar desse grupo? Afinal, ninguém merece mais uma obrigação chata.
Por fim, uma mensagem de desapego
Nenhum dos aspectos definidos na formação do grupo deve ser engessado! Esteja sempre aberto a mudanças para descobrir o que funciona melhor em cada contexto. E se não estiver mais fazendo sentido ou a lacuna de conhecimento foi preenchida (e temos fé que será), chegou o momento de desapegar. Nenhum grupo é eterno, foi bom enquanto durou. Podem até fazer uma retrospectiva scrum ou uma formatura para a alegria das crianças, mas é hora dar de tchau e seguir para novos aprendizados ;)
*O Galo Fred é um personagem da Print Tech©
