5 coisas que aprendi com o livro do Bruno Rodrigues

Priscila Cares
Priscila Cares
Published in
3 min readJun 2, 2020

Resenha do livro ‘Em busca de boas práticas de UX Writing’

Capa do livro digital vendido pela Amazon

Assistindo a uma palestra sobre UX no mês de fevereiro, uma amiga palestrante indicou essa leitura a todos os ouvintes no auditório. A melhor parte para nós, assalariados? O preço. Por exatos R$ 1,99 você tem acesso ao conteúdo riquíssimo desse e-book escrito por um dos principais especialistas da área. Fiquei interessada, mas confesso que só agora, na quarentena, me lembrei dessa indicação. Ainda bem!

Vamos a alguns aprendizados que tive com ele:

1. Conceito de utilidade

Eu não havia parado para pensar nisso conscientemente, mas o texto do Bruno me ajudou a perceber que existem 3 conceitos atribuídos à utilidade: necessidade, prazer e curiosidade.

Por necessidade, passamos a pensar na geração de conteúdo realmente necessário à sobrevivência humana, já que as necessidades são atributos ligados às sensações básicas humanas (como bem mostra a CNV).

Já pelo lado do prazer, a necessidade criada por este conceito é baseada não pelo “eu preciso”, mas pelo “eu quero”. Não é de hoje que a publicidade baseia sua atuação nessa premissa, mas a pergunta aqui é: como podemos gerar conteúdos que vão além das necessidades? Que sejam sedutores e prazerosos? Como utilizar a palavra para este fim?

No item curiosidade, o questionamento que Bruno faz (e se tornou o meu favorito) é: seria a curiosidade um instinto impossível de ser controlado, e talvez indispensável como impulso para o uso?

2. Modelos mentais

O mais interessante do capítulo 3 do livro, foi deixar claro os tipos de modelos mentais existentes e como eles podem nos ajudar na tarefa de calçar os sapatos do usuário. Vamos aos 2 tipos de modelos mentais:

  • Modelo mental coletivo: diz respeito a como os seres humanos lidam com o senso de sobrevivência e sua forma de relacionamento em grupo; tem mais a ver com o comportamento social;
  • Modelo mental individual: diz respeito a uma observação individual do modelo mental coletivo e a consequente separação daquilo que nos pode ser útil e o que não pode.

3. Storytelling

Pode ser óbvio para algumas pessoas, mas eu realmente me surpreendi com a estrutura de criação de storytelling para um produto ou serviço.

Eu já tinha ouvido falar do storytelling antes, mas foi a primeira vez que uma explicação foi realmente esclarecedora para mim.

Segundo Bruno Rodrigues, a estrutura de um bom storytelling deve conter:

Prólogo: motivações para a criação do produto/serviço.

Origem: onde se mostra todo o esforço que foi feito desde a ideação até a criação.

Apresentação: diz respeito à maneira como o conteúdo é apresentado (animação, vídeo, site etc); é preciso levar isso em consideração também.

Clímax: o que a pessoa vai ganhar ao adquirir o seu produto? Use toda sua persuasão aqui.

Rotina: e depois? Como será a manutenção do produto? Como e onde o usuário pode resolver eventuais problemas? Aqui é importante passar segurança.

E é apenas…o início: mostre que há outros produtos/serviços da marca.

E de quebra, o Bruno ainda indica um livro mara para complementar o assunto: ‘Storytelling’, de Carmine Gallo. Já tá la na estante :)

4. A utilidade

Todo mundo sabe: há uma enorme quantidade de conteúdo rodando por aí, atualmente.

Mas será que tudo pode ser considerado conteúdo? E como saber se o que estou criando pode levar esse título?

O livro é cirúrgico: para algo ser considerado conteúdo ele precisa, obrigatoriamente, passar pelo filtro da utilidade. E essa dica é matadora.

5. Indexação, conteúdos longo e curto

Em um mundo cheio de estímulos, há que se ter um conteúdo que de fato chame a atenção do usuário. Com esse objetivo, o webwriting trouxe alguns recursos do design como, por exemplo, grifar termos para atrair a atenção do usuário para o texto.

Em telas menores, essa estratégia, bem como um conteúdo mais conciso e estruturado em tópicos, ajuda no escaneamento do olho. No entanto, Bruno diz que o principal parâmetro do UX writing (e isso pode mudar tudo) é o momento do uso. (Já virou mantra por aqui, Bruno ;)

Há muito mais coisa por dizer deste livro que me abriu as portas para o UX writing e me mostrou, de forma bem didática, o tantão de coisa que essa área incrível pode realizar. Mas seguindo as boas práticas, melhor deixar esse papo pra próxima mesmo….rsrs

Valeu, Bruno!

--

--