Um design que não é assim uma Brastemp
O dia em que o design me ensinou a lavar roupas
É memorável entre os amigos meus feitos desengonçados ao longo da vida.
Minhas aptidões físicas não eram lá muito louváveis e, virava e mexia, eu estava envolvida em algum episódio que rendia muitas risadas.
O tempo passou e eu sempre me culpando por não prestar atenção suficiente ou por não levar jeito com as coisas.
Mais recentemente comprei uma máquina de lavar e, após lavar toda minha roupa de forma errada, percebi qual era o problema. E dessa vez, caro leitor, não era eu.
Sabe por quê?
Eu explico. Veja a foto abaixo:
É claro que não demorou muito para que, num belo dia, eu colocasse o sabão no lugar do amaciante, e o amaciante no lugar do sabão!
Eu olhava para aquele dispenser e me perguntava onde ia o que….
“Ah, Priscila….só você mesmo!”, riu minha mãe.
Mas cá entre nós: você saberia onde colocar?
Comecei algumas leituras do Don Norman e ele está me dando carta branca para fazer esta pergunta: por que o design me sacaneou desse jeitooo?!
Cadê sua heurística, dona Máquina? Seu affordance? hashuahashueah
#fail
Tá certo que o fator hereditário não ajuda muito aqui, mas qual é pipou!?
Esforço cognitivo redobrado, me debrucei sobre o cesto da máquina e…..tarãm!!!
Confesso que não achei muita graça na hora, mas é isso aí…
Ooow, Brastemp! Por que não uma placa vermelha, um pisca alerta, uma buzina…?
Neste caso, foram apenas umas letrinhas semi-invisíveis mesmo…
O que aprendi com isso: o design que pensa no usuário (uma dona de casa apressada ou com miopia, por exemplo), pode deixar uma roupa muito bem lavada :)