Como utilizar o Design Thinking para maximizar o processo ágil

Anne Freitas
Prisma Design Thinking
3 min readMay 18, 2018

Nesse texto eu quero compartilhar um pouco das experiências e dificuldades que eu tive relacionadas em aplicar a metodologia de Design Thinking em Consultorias de Software, Tecnologia da Informação, especialmente em conciliar as metodologias de projeto aplicadas nesses contextos em conjunto com o Design Thinking.

Existem vários pontos que podem ser melhorados nesse fluxo de trabalho, mas notei dois maiores aspectos, que podem parecer pequenos, mas são complexos e se ajustados, o ganho seria imenso:

  • A condução da estratégia em todos os aspectos, geralmente fica em torno de dois pontos focais: um da área de negócios e outro da área técnica, geralmente o Gerente de Produtos ou Product Owner e o Gerente de Desenvolvimento ou Scrum Master, cada um é responsável por trabalhar as metodologias dentro de sua própria expertise e a interação e condução dos processos e integração entre áreas fica na responsabilidade desses membros.
Fluxo de trabalho da Metodologia Scrum
  • O aproveitamento do protótipo no desenvolvimento de produtos é muito pouco, pois não existe uma integração em um nível mais assertivo entre desenvolvimento e design, assim os protótipos produzidos pela área de Design servem apenas como uma forma de mapeamento de alta fidelidade dos requisitos a serem viabilizados.

A meu ver isso é um problema, primeiro porque a ideia de metodologia ágil é trabalhar em ciclos com pequenas entregas e validações para chegar a um MVP (Minimum Viable Product) pronto para ser lançado no mercado da maneira mais interativa e assertiva possível, sem perda de tempo.

Visões do MVP (Minimum Viable Product)

As metodologias ágeis são utilizadas para combater o processo de construção de produtos em formato waterfall, ou seja, cada etapa para ser iniciada é necessário que a anterior termine, onde o processo de desenvolvimento de produtos é muito longo, onde os erros e falhas, assim como ajustes só são corrigidos na entrega.

Mas existe uma paradoxo no processo de desenvolvimento nas empresas atualmente: a área de Design e Produtos, tem todo um processo de desenvolvimento de entregável, que ás vezes, não será aproveitado pela área de TI. Eu notei que isso ocorre especialmente quando as empresas contratam consultorias de TI e Desenvolvimento de Software no intuito de ganho de tempo, porém existe uma grande dificuldade em estabelecer uma integração das expertises, principalmente porque o núcleo estratégico se encontra nas empresas e o desenvolvimento é terceirizado sem essa visão.

Em empresas que possuem uma estrutura mais ampla, com o papel do Product Owner, essa realidade já não acontece e o cenário é mais assertivo e as metodologias ágeis são melhores aplicadas, mas na minha opinião, ainda é possível ir além. Com a utilização do Design Thinking, você consegue “enxugar” ainda mais etapas do processo e ter um MVP (Minimum Viable Product) muito mais rico, e lançar uma primeira versão do produto com features mais complexas.

Isso é possível construindo um fluxo de trabalho dentro de metodologias ágeis propondo a co-criação entre duplas, trios, ou núcleos com membros da área de estratégia em Marketing, Produto e Design com a área técnica. Mas para isso é necessário que a relação entre os papéis seja bem clara.

Proposta de uma correlação entre membros das áreas utilizando o Design Thinking

No meetup de Front-end do mês de abril eu levei um talk falando desse tema, dá uma olhada na apresentação:

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