Utilizando o Design Thinking para sua marca se tornar um símbolo de branding

Anne Freitas
Prisma Design Thinking
3 min readNov 20, 2017

Você que está lendo meu texto agora e já começou se perguntando “Poxa o que tem de novo para falar de marca e what a hell isso tem a ver com Design Thinking”?

Calma amigo leitor, não se precipite, peço um pouco de paciência e acompanhe meu raciocínio.

Desenhar uma marca vai muito além de relacionar a imagem que a marca remete e transformar isso em um símbolo. A imagem que a marca remete no nosso inconsciente vai muito além de um aspecto imagético. Se você considerar apenas isso, você estará criando apenas um pictograma mais elaborado.

Você já se perguntou porque marcas como Apple, Nike, Itaú valem milhões de dólares, e você, reles mortal não consegue ás vezes que seu cliente pague meros R$1000,00 para você produzir uma marca para a empresa dele?

Aí é onde o Design Thinking pode te ajudar caro amigo leitor e designer. Quando falamos de marca, falamos muito além de Design, estamos falando de marketing e valor.

Quando você cria uma marca, você está criando um elemento principal dentro do Branding de uma empresa. Aí você fala de novo, lá vem ela com essa baboseira de marqueteiro, eu não sou do marketing, eu sou designer. Sim, mas você tem que ter em mente que seu cliente dá muita importância ao marketing e ele faz parte de um dos critérios da sua criação.

Do ponto de vista do negócio, você está criando uma peça que essencialmente é um dos pilares do marketing de uma empresa: o branding, você já pensou por esse aspecto?

Você como designer, como qualquer pessoa, já passou por isso, especialmente lá em meados dos anos 90 ou 2000: quem nunca colou o símbolo da maçãzinha em algum pertence seu? E o que dizer dos adolescentes colando pets na jaquetas e bottons nas suas mochilas e bolsas? Até você faz isso caro amigo designer: você não cola vários adesivos no seu notebook? Não faz questão de usar camisetas de eventos? E o que dizer do sucesso dos brindes?

Amigos, isso é o poder do branding! Você não fez isso porque gostava do desenho, mas porque se identificava com o que o símbolo representava para você em algum aspecto: com a mensagem, a proposta, os valores, a ponto de querer associar sua imagem àquela marca.

Então na hora de criar uma marca, você amigo designer, tem que sair da sua zona de conforto e ir além de escala de cores, formas, elementos gráficos e etc. Você tem que entender a relação usuário e empresa em um nível de valor. Quais valores intrínsecos a sua marca deve carregar?

Você deve almejar que sua marca seja uma representação de algo maior do que uma empresa, de algo com que as pessoas se identifiquem e realmente queiram fazer parte, usar, comprar, divulgar.

Realmente pode parecer que você está manipulando o consumidor, mas pense bem: todo produto/serviço tem um valor, a importância e relevância que as pessoas dão a isso está a cargo delas. Você não está sendo antiético, está apenas fazendo um trabalho melhor e vendendo seu trabalho da maneira que as pessoas de fora realmente possam ver que sua marca pode sim alavancar um negócio, e quem sabe, dependendo do negócio pode ir muito além daqueles R$1.000,00.

E quando isso acontecer, o efeito pode ser o inverso, você já pensou se as pessoas começarem a se perguntar: Quem desenhou essa marca? Pode ser você, amigo designer, mas você tem que abraçar o marketing como parte do seu processo e não fazer cara feia para ele.

Então minha dica básica é: aprenda a vender seu trabalho, aprenda a pensar como o marketing pode te ajudar e como você pode ajudar o marketing e não apenas sentar e desenhar. O marketing e publicidade não são os inimigos, sem eles você não teria trabalho. Pense nisso.

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