A percepção do regionalismo no cotidiano de trabalho

Design Ops Linx
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4 min readMay 27, 2022

Por clarissecomss

Entre os dias 10 a 13 de maio, postei em alguns grupos do Workplace da Linx e do Slack da Linx um formulário para saber um pouquinho sobre como o regionalismo é percebido no dia a dia de trabalho da nossa empresa. Assim nasceu a Pesquisa Sotaque Brasileiro na Linx.

Fonte: tenor.com

Primeiro, eu quero AGRADECER MUITO a todas as pessoas que responderam o Google Forms. Foram 115 respostas (contando comigo, a pesquisadora rs) em um questionário rodado sem impulsionamentos, ou seja: puramente orgânico! Isto é sensacional, gente, e agradeço bastante ❤

Segundo, eu venho expressar minha gratidão à minha colega/amiga de trabalho, Manu por me inspirar a olhar para o regionalismo brasileiro no mundo corporativo. Para além do assunto instigado, a Manu teve comigo uma conversa muito rica, humana, inteligente e engraçada sobre os dados que esta pesquisa pode gerar (mulher, tu é potência, obrigada por tanto).

Após pensar muito sobre qual seria a melhor forma de trazer alguns insights sobre os resultados, resolvi que iria trazer os números/conteúdos referente a cada pergunta, porém tentando apresentar o meu recorte de interpretação sem trazer verdades absolutas. Até porque, como me lembrou a Manu, a pesquisa não representa o universo da empresa Linx, mas uma parte considerando as pessoas que responderam o formulário.

Bom, lendo os resultados eu percebi que…

A maioria das pessoas respondentes nasceram nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e percebe-se pelos dados, que os movimentos migratórios ocorreram em quase os mesmos estados: São Paulo, Rio Grande do Sul e também Minas Gerais (então o tanto de hipóteses, cruzamento de informações e suposições, vou deixar em aberto para a curiosidade docês todos — sim, uma hora eu iria soltar meu mineirês, uai).

Gosto e interesse são substantivos diferentes que podem expressar ideias diferentes. Mesmo assim, as pessoas responderam que gostam de ouvir bastante o sotaque mineiro, gaúcho e nordestino; ao mesmo tempo que acham estes três sotaques bem interessantes. Não trouxe ordem de posições destes resultados por motivo proposital: não é uma pesquisa para competições, é para constatações e, a partir dela, reflexões principalmente para humanizar o meu, o seu, o nosso olhar.

Agora vem um ponto de interessante que reparei e quero comentar, porque o meu aprendizado pode ser também o de vocês, pessoas leitoras, e aí vai: a nuvem de palavras gerada das respostas da pergunta 5 mostrou um resultado aproximado das respostas da pergunta 8. Xô mostrar procês visualizarem melhor.

Nuvem de respostas da pergunta 5, que revela a palavra do sotaque brasileiro que as pessoas mais curtem (109 respostas recebidas).

Fonte: arquivo pessoal

Nuvem de respostas da pergunta 8, que mostra a palavra do sotaque brasileiro que as pessoas costumam falar e que escutam muito pouco. (76 respostas recebidas)

Fonte: arquivo pessoal

Bah! Olhando estas duas nuvens de palavras é inegável a presença do termo `bah` no dia a dia dos respondentes . E o melhor de tudo, que foi uma grande descoberta para mim: este termo possui um sentido muito amplo, ou seja, pode ser aplicado a variadas e diferentes situações no dia a dia. Quer saber quais? Pois pergunte para uma pessoa gaúcha, uai! =)

E continuando com os resultados e curiosidades, mais de 80% dos respondentes trabalham com pelo menos uma pessoa de naturalidade (estado brasileiro de nascimento) diferente.

A sonoridade e a quantidade de vezes que as pessoas escutam determinada palavra foram os dois principais motivos para o destaque do termo `bah` ter sido recorrente nas duas nuvens de palavras mostradas anteriormente. Se dá para pensar que somos parte do meio em que vivemos? Com certeza dá para pensar isso, pois Rousseau já havia deixado isso registrado.

Fonte: tenor.com

Quase 89% das pessoas respondentes da pesquisa consideram o regionalismo brasileiro como um indicador da diversidade ❤

E para finalizar — porque já falei demais neste texto, hora de encerrar — a última pergunta foi feita no formato aberto para quem quisesse comentar algo sobre o sotaque brasileiro. E eu venho de novo agradecer as pessoas que se sentiram à vontade e com tempo para compartilharem as perspectivas.

Fonte: tenor.com

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