Meus Hábitos de Consumo Musical
Caro internauta,
movido pela minha curiosidade nas descobertas fascinantes daqueles que acompanho pelo Spotify e por acreditar que por meio do compartilhamento de técnicas e métodos é possível chegar a ações que se acomodem (ou não) melhor em nosso cotidiano, faço esta apresentação. Aqui busco conceitualizar os meus procedimentos de descobertas e pesquisas musicais.
Antes gostaria de esclarecer que penso a escuta da música com uma variedade de intenções. Por exemplo, existe aquela do estudante de instrumento (que busca conferir as nuances de um solo de guitarra), ou aquela como plano de fundo, ou com um interesse maior pelo arranjo, ou focada nas entoações de palavras. À escuta que compõe grande parte dos meus momentos de consumo musical credito o nome de Coleta: uma mescla da música como plano de fundo com uma levíssima atenção por algumas características do arranjo. Além disso penso da música, que mexe demasiadamente com nossas percepções, como uma acompanhante das várias inclinações do espírito, que assim como o tempo muda constantemente.
Vale a pena apontar que a plataforma de streaming que uso é o Spotify, que tem a funcionalidade de marcar com um coraçãozinho as faixas que eu curto. Sem mais delongas:
Me Afundando numa Discografia: Utilizando o grande acervo do sítio Odeie sua Música (a.k.a Rate Your Music — RTM), que da maioria dos artistas possui exato os discos e seus anos, me guio geralmente pela nota média ou pela questão de cronologia. Busco escutar o disco na ordem das faixas nas primeiras vezes, ir marcando as que gosto (com essa seleção monto uma playlist do artista pra poder sempre voltar nas minhas favoritas) e depois revisitar o disco numa escuta aleatória.
Listas ou Charts do RTM: Ainda tratando das ferramentas do RTM geralmente deixo salvo na barra de favoritos listas que possam me guiar em momentos que não possuo nenhuma predileção musical, mas tenho vontade de ouvir música. Daí entro, fuço as capas, vejo as notas e me ponho a escutar.
Seguindo os rostinhos mais bonitos: Essa técnica remete a ir cada vez mais fundo nos relacionados que aparecem no perfil dos artistas no Last.FM (outra ferramenta mais que querida, diria até que para mim um vício cibernético) guiado por questões estéticas, quem sabe intuição. Confesso que abro muitas abas e muitas ficam só como um devaneio, nada concretizam. Existe a opção de salvar como bookmark, o que da uma ajudada em firmar essas pesquisas. Mas apesar da fugacidade que elas aparentam ter, encontrei muita coisa boa nesses caminhos.
Seguindo as conversas mais interessantes: Ainda no campo do Last.FM minha curiosidade me leva a estar caçando interseções entre os usuários e daí ir desbravando os perfis. De vez em quando dou chance ao acaso e escuto o que escuta quem estou “bisbilhotando”. O legal é criar afeição por esses desconhecidos, kkkk.
Interagindo com amigos: Meus amigos que dispõe um tempo maior explorando o universo que é o mundo da música são donos de belíssimas e importantes contribuições pra minha formação musical. Além disso as playlists que consigo encontrar me deixam sempre animado e muitas vezes quando quero escutar algo que não sei o quê, vou atrás de ver o que eles que selecionaram para o público. Isso tudo no Spotify é claro.
Interagindo com estranhos: Eu desenvolvi um afeto por um tal de David Andrews apenas acompanhando as suas playlists mensais. Existem alguns perfis no Spotify que são de extrema importância para minhas descobertas como Kit (da banda Kit Sebastian), o perfil da Bandiz e o Homboy3. Eu os descubro olhando em quais playlists estão os artistas que escuto, principalmente aqueles com não tantos ouvintes, e me torno seguidor fiel.
Inteligência Artificial: Infelizmente não posso negar que o Spotify às vezes sabe bem o que eu quero. Por isso venho buscando quebrar minha inflexão com esse tipo de indicação, já que coisas boas surgiram dela.
Num quadro geral é assim que dirijo meu consumo de música. Para acompanhar mais de perto as descobertas indico a playlist Indicações pro perfil d’o Candido, minhas playlists com nome de mês (principalmente pós Janeiro de 2020) e as playlists de idas a feira. Meu perfil do Rate Your Music, do Spotify e do Last.FM estão hiperlinkados, caso queiram acompanhar minha constante utilização do Twitter como depósito de artes é só procurar @eupaschi. Lembrando que o tempo muda tudo, quem sabe num futuro estarei consumindo musica cercado de folhas anotando cada detalhe do arranjo? Quem sabe?
