Produto como Marketing

Renato Shirakashi
Produtos de Internet
2 min readSep 23, 2014

Produto é o carro chefe do marketing, todos sabem. Mas esse conceito vendo se intensificando nos últimos anos, devido a algumas mudanças de contexto que estão premiando cada vez mais empresas capazes de produzir produtos melhores. São elas: a aceleração da taxa de criação de novos produtos e tecnologias e o declínio da mídia de massa e proliferação das redes sociais.

Aceleração da criação de produtos e tecnologias

Não dá para negar: estamos criando mais tecnologia e produtos do que nunca. Iniciativas como 500 startups, kickstarter e provedores de serviço como a Amazon mostram que não está somente fácil, mas principalmente barato criar novos produtos e tecnologias. A cultura de empreendedorismo está em plena ascensão, e há um ecossistema que tem crescido para capacitar, baratear e divulgar esse contexto.

Quanto mais o mercado se torna criador de novos produtos, maior é a pressão para a criação de produtos melhores. Enquanto empresas gastam milhões de dólares na divulgação dos mesmos, há diversas outras com mentes aprimorando e criando soluções mais modernas que resolvem o problema do usuário de uma maneira melhor. Quanto mais tempo você está gastando divulgando seu produto ultrapassado, mais produtos mais adequados estão sendo criados, e essa diferença só aumenta.

Declínio da mídia de massa e proliferação das redes sociais

A proliferação das redes sociais e consequente queda da atenção do usuário para as mídias tradicionais, principalmente a TV, traz um efeito interessante: ficará cada vez mais difícil realizar mídia de massa. Além disso, os usuários estão gradualmente rejeitando as formas de publicidade atuais, interruptivas, o que complica ainda mais. Isso dificulta o modelo de marketing baseado em promoção/publicidade.

Por outro lado, temos a proliferação das redes sociais e a comunicação em rede vem ganhando proporções enormes. Isso significa que produtos e experiências ruins se espalham organicamente em larga escala. As boas, também. Como consequência direta temos mais uma vez uma pressão por criação de produtos melhores. Os novos também se beneficiam do efeito "novidade" para se espalhar na rede. As barreiras de entrada são as menores já vistas.

Em resumo, vemos que produtos novos e melhores estão mais frequentes e com menores barreiras de entrada. Está cada vez mais difícil de "esconder" suas deficiências com estratégias de publicidade em massa. Para onde vai o marketing nos próximos anos? Para o "P" de Produto.

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