A verdadeira chave para o aprendizado de programação rápido e eficaz

A importância da base e dos fundamentos

– Nossa, como você aprende rápido! Deve ser um gênio!
– Como você pensou nisso? Eu nunca teria essa ideia para resolver esse problema!

Quando eu nasci, eu não sabia nada, assim como todo mundo. Não fui daquelas crianças que cresceu mexendo em um computador, porque nem tinha dinheiro para ter um em casa. Não tinha celular, acesso à internet ou algo do tipo. No entanto, reconheço que me tornei bastante competente naquilo que faço: na programação, na pesquisa científica, no ensino, nas palestras, na produção de conteúdo…

Talvez haja uma predisposição, um talento para várias dessas coisas, como não há para outras (jogar futebol ou cantar). Contudo, não me considero um gênio e tenho dificuldades diárias para resolver inúmeros outros problemas nas mesmas áreas em que me considero bom.

Hoje, consigo identificar algumas características, escolhas e circunstâncias que fizeram muita diferença na minha trajetória e contribuíram muito para a minha carreira. Uma delas, sem dúvida, foi desenvolver uma base sólida de conhecimentos, desde a escola, e acreditar na importância de se aprender os fundamentos das áreas pelas quais me interessei.

Essa base, esse olhar para o que é “a essência das coisas”, é o que me permite aprender rapidamente a lidar com diversas situações diferentes. Se eu precisar me especializar mais em programação funcional, processamento de linguagem natural, desenvolvimento web ou aprendizado por reforço, tenho um vasto repertório de conceitos a que posso recorrer, conectar ideias e usá-los para dominar o que é novo e mais específico. É essa experiência e esse olhar que também me possibilitam ensinar com uma didática tão elogiada. É essa compreensão fundamental que me permite simplificar algumas ideias e organizar uma linha lógica até os conceitos mais complexos.

Quando se estuda de uma forma muito orientada a ferramentas e execução repetitiva de tarefas, há muita dificuldade em transicionar para outros campos. Você aprende a fazer algo no “desenvolvimento web front-end”, mas quando quer aprender sobre dispositivos móveis, parece que tem que começar do zero, porque são “tecnologias diferentes”, porque não captou os problemas que existem nessas áreas e o porquê das soluções desenvolvidas serem A ou B. E assim, as pessoas vão se rotulando e se limitando:

“ah, porque eu sou Javeiro”; “resolvo tudo com JavaScript”; “pra análise de dados, tem que usar Python”; “mas eu sou de humanas…”

Quem aprende como um robô, será substituído por um robô.

Nosso cérebro — sim, o meu e o seu, afinal, somos todos Homo sapiens sapiens — é capaz de conectar muitos conhecimentos e nos possibilitar uma forma de aprendizado generalizado. Diferentemente de uma máquina, não deveríamos ficar focados em aprender só com a experiência própria, em replicar tarefas específicas. Nós podemos refletir, trocar informações, aprender com a experiência de outras pessoas e relacionar tudo isso para chegar a conclusões novas.

Base. Fundamento. Essência. Reflexão… acredito que o jeito certo de aprender algo novo passa por aí. É essa filosofia que implemento no curso Python do Jeito Certo 2.0!

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