A Mulher Que No Inominável Me Acompanha

Inominável Ser
Projeto C.O.V.A.
Published in
3 min readJun 23, 2024
Foto de Piers Olphin no Pexels

Não darei a Ela um nome,
até porque a mesma
nunca chegou a ter um
e nem quer ser ligada
ao que os Mortais
e os Imortais
advogam através de
rosas lançadas aos pés
das Nomeações.

Não direi a Ela o meu nome,
até porque eu mesmo
não quero um nome
facilmente vendido
em qualquer feira,
nem quero me unir
à choldra abjeta
que rejeita toda
Verdadeira Essência
por causa de todas
as Falsas Letras.

Eu e Ela,
Inomináveis
Como As Canções
Das Trevas,
Inomináveis
Como As Danças
Dos Abismos,
Inomináveis
Como As Filosofias
Dos Infernos,
Inomináveis
Como As Geografias
Dos Cemitérios
e Inomináveis
Como As Caminhadas
Das Quedas,
queremos apenas
alcançar um ponto
entre infinitas
interrogações.

Eu e Ela
não temos certezas,
indagamos acerca
dos porquês
do Porquê,
refletimos nas cercas
das dúvidas
na Dúvida,
clareamos as coisas
que estão obscuras
na Luz
e rejeitamos as arestas
do que rasteja
no Rebanho.

Eu e Ela
indagamos
ao Inominável
Desconhecido,
dentro das Sombras
onde somos
o que Somos,
dentro dos Túmulos
onde temos
o que Temos,
dentro das Súmulas
onde vemos
o que Vemos
e dentro da Liberdade
onde sabemos
o que Sabemos.

O que
O Inominável
nos responde?
Tu nunca
saberás
enquanto tiver
um nome
e um sobrenome.

O que
O Inominável
não nos responde?
Tu nunca
saberás
enquanto estiver
a renascer
e a morrer.

O que
O Inominável
nos pergunta?
Tu nunca
saberás
enquanto estiver
a comprar
e a vender.

O que
O Inominável
não nos pergunta?
Tu nunca saberás
enquanto estiver
a aguardar
e adormecer.

Eu e Ela
no Inominável,
não temos todas
as respostas
e nem ainda fizemos
todas as perguntas.
Falta muito ainda
para degolar
da Garganta
Dos Dias.
Falta muito ainda
para estraçalhar
do Coração
Das Noites.
Falta muito ainda
para enterrar
dos Pulmões
Do Mundo.
Falta muito ainda
para desenterrar
dos Intestinos
Deste Universo.

Eu sou absolvido
e condenado Nela.
Ela é absorvida
e corroída em mim.
Eu sou absoluto
e dissoluto Nela.
Ela é estranha
e amiga em mim.
Eu sou grosseiro
e tranquilo Nela.
Ela é ácida
e divertida em mim.
Eu sou pequeno
e horrendo Nela.
Ela é infinita
e gloriosa em mim.
Eu sou alguém
e ninguém Nela.
Ela é silêncio
e gritaria em mim.
Eu sou tolo
e genial Nela.
Ela é O Todo
e O Nada em mim.

Ela,
sim,
aquela que me faz
todo dia forte
para encarar
esta fraude
de planeta
onde sou nomeado
por aqueles que
desconhecem
as dádivas
que se encontram
e nada nomear
ao início do fim
e ao fim do início
do meio
das permanências
e excrescências
e ausências
da civilizada
Desgraça
Contemporânea.

Inominável Ser
ERGUIDO
A CADA DIA
DA COVA
POR ELA

Foto de Piers Olphin no Pexels

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Acompanhem A Cova em seus respectivos túmulos no Cemitério Virtual desta Grande Matrix!

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