Nas Montanhas Dos Terrores Noturnos
Sete homens mortos
Trazem nos braços
As cabeças de Deuses
Que foram decapitados
Por Cronos enfurecido
Ao fim do Reinado
De cada um Deles
Sete mulheres mortas
Trazem nos cabelos
O sangue de Deusas
Que foram torturadas
Até a morte
Por Eisheth Zenunim
Ao zombarem da
Árvore Da Morte
Sete vezes morro
Ao encontro do meu túmulo
Nos Abissais Campos
Vago por um deserto
Cheio de assassinatos
E sinto o odor
De Choronzon carregando
Para o fundo de Daath
Milênios de desejos
Empalados
Sete vezes morri
Violentamente
E somente A Grande
Deusa Noite
Junto com seus Terrores
Traz para mim
A lembrança de cada
Horrenda morte
Que outrora tive
Sete vezes vou morrer
Em outras Eras
Em outros corpos
Em outras sendas
Em outras histórias
Em outros territórios
Vendo vir meu fim
Com mais violência
Ou toda a potência
Do meu estorvo
Incômodo cármico
Sete horas de infinitas
Sete mortes
O Noturno Cavaleiro
Do Carro Da Morte
Traz do Umbral
Um enforcado
Por pedir esmolas
Uma estuprada
Por pedir ajuda
Um esfolado
Por pedir comida
Uma esfaqueada
Por pedir abrigo
Um emparedado
Por pedir benção
Uma esquartejada
Por pedir piedade
Um decapitado
Por pedir perdão
Sete fantasmas aqui
Estão juntos comigo
Na minha solitária
Cova solitária
Um deles foi jogado
Em um vulcão
A segunda foi rasgada
No ventre
O terceiro foi pisoteado
Na prisão
A quarta foi queimada
Na praça
O quinto foi linchado
No beco
A sexta foi baleada
No ânus
O sétimo foi apedrejado
No ônibus
Sete cargas de lamentáveis
Seres em meu redor
Pedindo a palavra
Aterrorizados tanto quanto
Eu sempre fico
Quando as Terríveis
Damas Das Noites
Lançam Suas Garras
Contra Todas
As Atormentadas
Almas
Sete orações não dão
Certo
Sete libações não são
As corretas
Sete oferendas não são
Aceitas
Nada afasta de mim
Cada Terror Noturno
Fazendo morada
Em minha desgraçada
Consciência
Sete vezes morro
Sete vezes morri
Sete vezes vou morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
E continuar a morrer
Assim
Sete vezes renasço
Ao amanhecer
E durante o dia
Os Terrores Diurnos
Também me perseguem
E devoram
Tanto quanto os Terrores
Das noturnas horas
Da Profunda Noite
Sete vezes quero desaparecer
Sete vezes quero fugir
Sete vezes quero ser
Pelos Terrores
Esquecido
Nem uma vez
Tenho a satisfação
De não ser
Aterrorizado mais
Inominável Ser
PERSEGUIDO
POR TODOS
OS TERRORES
NOTURNOS
QUE EXISTEM
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Acompanhem A Cova em seus respectivos túmulos no Cemitério Virtual desta Grande Matrix!
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