Conheça 5 atitudes sustentáveis que podem salvar o mundo

Jeff Chagas
Projeto JD
Published in
5 min readSep 22, 2020

Preocupadas com a degradação do meio ambiente, cresce o interesse pelo consumo sustentável

Por: Igor Calazans, Melina Fagundes, Renata Aguiar e Valentina Sulam

Pessoas têm se unindo cada vez mais em prol do meio ambiente (Foto: erasto.com.br)

Com o passar do tempo, as pessoas têm participado cada vez mais de projetos em defesa do meio ambiente. Especialistas acreditam que a juventude é a mais engajada nessas atitudes pró-planeta, mesmo que a conciliação entre teoria e prática ainda seja fraca, isto é, grande parte dos jovens costuma defender práticas sustentáveis na teoria, porém demora ao incorporar o discurso no modo de vida, principalmente com relação ao consumo e ao descarte.

Um estudo realizado pela rede de consultoria de dados GlobalData mostra que a classe estudantil está mais disposta a adotar novos hábitos. Muitos tentam influenciar família e amigos, principalmente na mudança de hábitos de gerações anteriores no tocante à preservação da natureza.

Antes de tudo, devemos ter em mente a ideia de que o termo sustentabilidade tem uma abrangência além da questão ambiental atual. O conceito é relacionado à conservação ou à manutenção do planeta a longo prazo, mantendo-o sadio e com as condições necessárias de sobrevivência. E para que as gerações futuras tenham condições de satisfazer as suas necessidades de sobrevivência, o mundo tem que adotar a ideia do desenvolvimento sustentável, que é dar conta do que é necessário para o público do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em sanar suas próprias demandas.

Para que possamos fazer a nossa parte, devemos tomar algumas atitudes simples que não requerem grandes mudanças em nossa rotina, mas sim uma adequação da mesma.

1. Reduza o consumo de plástico

Um gesto atual que vem se tornando famoso no mundo todo é a redução do consumo de plástico. Encarado como o grave problema do Século XXI, esse material é frequentemente encontrado em reservas ambientais, mares e oceanos.

Um vídeo de 2015, que mostra o sofrimento de uma tartaruga marinha ao ter um fragmento plástico, parecido com um canudo, sendo retirado de uma de suas narinas, viralizou nos últimos meses e trouxe ao público um debate sobre a utilização dos canudos plásticos. Prontamente, diversas cidades ao redor do Brasil e do mundo criaram decretos vetando o uso do material e multando quem não seguisse a recomendação.

Tartarugas estão entre as principais vítimas do descarte de plástico no oceano (Foto: noticias.r7.com)

Infelizmente, não é difícil encontrar quem descumpra o regulamento. No entanto, como alternativa ao uso e descarte desregrados dos canudos, empresas apostam na fabricação de canudos de metal ou vidro e prezam por uma opção sustentável para quem não deseja abandonar o costume de utilizar o objeto no dia a dia.

O plástico em si já é um grande problema e ameaça a vida útil das espécies do nosso planeta, mas não é o único. O consumo desenfreado de água e de produtos industrializados, o desperdício de energia, o descarte irregular de insumos e a ausência de programas de reciclagem nas metrópoles também contribuem para a degradação do nosso planeta.

2. Recolha o seu próprio lixo

Segundo a ONU Meio Ambiente, 60% do lixo que entope os oceanos é composto por plásticos, como sacolas, garrafas, canudos e tampinhas. Todos os anos, 8 milhões de toneladas de plásticos vão parar nas águas. Se continuarmos assim, até 2050, pode haver mais plástico que peixes nos mares.

No ranking dos países mais poluidores dos mares, o Brasil ocupa a 16ª posição, segundo um estudo realizado por pesquisadores americanos e divulgado em 2015. Estimando a quantidade de resíduos sólidos de origem terrestre que entram nos oceanos em países costeiros de todo o mundo, no nosso litoral todos os anos são lançados entre 70 mil e 190 mil toneladas de materiais plásticos descartados.

Reconhecendo que a população tem responsabilidade pela destinação incorreta de seus resíduos que, muitas vezes, são lançados deliberadamente na rua e nos rios e geram a chamada poluição difusa, precisamos assumir nosso papel.

Sabemos que a gestão inadequada do lixo urbano é complexa e envolve pontos da economia (indústria, comércio e serviços), dos setores portuários e do turismo. No entanto, é fundamental ter em mente que atitudes simples, como o recolhimento do próprio lixo quando for a praia por exemplo, podem contribuir bastante para a redução desse problema. Para isso, basta levar a sua ecobag quando for à praia ou à rua.

A maioria do lixo descartado é composto de plástico (Foto: exame.abril.com.br)

3. Prefira a moda artesanal

Dados do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente mostram que a indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo, sendo responsável pela emissão de cerca de 10% dos gases-estufa. Além disso, é o segundo setor econômico que mais consome água e descarta toneladas de roupas nos aterros. A moda precisa se reinventar. Consumo consciente, valorização do produtor local e consciência de toda a cadeia produtiva, como considerar desde o agrotóxico que jogam no algodão, passando por tingimento, descarte de retalhos e resíduos já são excelentes novos hábitos.

4. Coma menos carne

Sabemos que é praticamente impossível viver neste mundo sem deixar rastros no meio ambiente. Porém, nunca é tarde para repensar nossas atitudes. As escolhas geram uma consequência e é nossa responsabilidade cuidar melhor de nós mesmos, e também do planeta onde vivemos. Isso tudo leva ao que comemos.

De acordo com a revista Conservation, da Universidade de Washington, a produção de carnes e derivados animais é responsável por ¼ da emissão global de gases que agravam o efeito estufa. No Brasil, em particular, 80% da Floresta Amazônica já foi devastada pela pecuária. O país é o maior produtor bovino do mundo e cada vez mais queima as plantações e as transforma em pastagens, de modo que o confinamento de gado possa aumentar.

Com o avanço da pecuária, quem perde é a natureza (Foto: ecycle.com.br)

Entendemos que a alimentação é uma questão cultural, e, sendo contra radicalismos, adotamos uma postura de conscientização. O principal passo é entender a sua responsabilidade no mundo e ir, aos poucos, reduzindo o consumo de carne animal até que se retire por completo, se for de sua concordância. “Segunda sem carne”, consumo de alimentos orgânicos, alimentação plant-based, vegetarianismo e veganismo são práticas admiráveis e que sem dúvidas fazem o mundo melhor.

5. Vá de carona!

Existem diversos meios de reduzir a poluição vinda dos automóveis, como por exemplo a utilização do transporte público sempre que viável e o compartilhamento de caronas. O último consiste em ter mais pessoas dentro de um mesmo veículo, reduzindo o excesso de carros. Essas atitudes agem em duas frentes: a melhoria do trânsito e da qualidade do nosso oxigênio.

Mas, se puder deixar o carro em casa, é ainda melhor. Bicicletas e patinetes elétricos surgem como opções sustentáveis àqueles que precisam percorrer pequenas distâncias. Além de praticar exercícios físicos, o ser humano que se adaptar a esses tipos de transportes estará contribuindo com o respeito ao meio ambiente.

Com tais ações, as pessoas formarão uma rede individual de engajamento responsável por mudar e melhorar a sociedade global.

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