o dilema do grafite em são paulo

não dá pra você não ser solidário com a galera do grafite. intervenção artística na cidade é uma manifestação humana. e até o pixo, se você considerar a situação social. mas o grafite não deveria ter esse tipo de discussão num país conhecido pelo nível artístico nessa área. puta orgulho quando vimos trabalhos do kobra em chicago. é esse tipo de trabalho que nasce no grafite.

é de gritar por dentro ver as paredes ficando cinza de novo, porque independente do senso estético, estão apagando manifestações artísticas modernas. é tipo furar um portinari na década de 20 porque ele não orna com a parede.

mais que isso: está tirando das pessoas o senso de apropriação das ruas, da cidade. cada um na sua caixinha, sem mexer em nada, sem pintar nada, sem dar seu toque em nada. o senso estético da cidade se resume ao monocromático que também é autocentrado. a cidade, aos poucos, deixa de ser de todos.