Os serviços de streaming tem que ser menos TV a cabo e mais API

Anderson Costa
Projeto Poperô
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2 min readJan 16, 2017

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Essa provocação do Walt Mossberg no Verge veio muito a calhar com as coisas que venho pensando ultimamente sobre o mundo do streaming.

O primeiro grande problema: imaginemos que o futuro é que a Netflix tenha bem mais concorrência do que hoje. Imaginemos que Warner, Disney, HBO, Paramount, Universal e etc usem de seus acervos para montar seus próprios e exclusivos serviços de streaming. Deixando para Netflix, Hulu, Amazon Prime e cia. a residência de pequenos acervos ou de produções originais (o que as três andam apostando bem ultimamente). Pois bem, e o que seria de nós, clientes? Se eu sou fã de Sense8, tenho que ter Netflix. Game of Thrones? Pague a HBO. Quer rever os filmes de Senhor dos Anéis? Pague a Warner. Filmes da Marvel? Pague a Disney. Pague, pague, pague. Pague por serviços só pra ver um filme. TV a cabo — ninguém aprendeu a lição?

O segundo grande problema: a falta de unidade para a experiência do consumidor. É você depender de cada aplicativo, de cada serviço, em momentos separados. Não existe algo que unifique tudo. Um único app — e não é a Netflix, que aposta em séries próprias porque sabe que não conseguirá manter a margem de negociação de acervo com outras produtoras por muito tempo. Alguns serviços já entenderam esse problema e tentam unificar essa experiência. O Guidebox é uma API de busca integrada em vários streamings que funciona muito bem, mas depende de adesão geral.

O ideal seria transformar tudo em micropagamentos apenas pelos conteúdos que você quer, e por uma API, centralizar a compra e o consumo em aplicativos que você preferir. Mas se tem uma coisa que a gente aprendeu com a indústria do entretenimento, é que a padronização nunca é bem feita.

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Anderson Costa
Projeto Poperô

Estudando colaboração e cultura pop. Cosplay de mim mesmo na falta de verba.