O que achei do livro “Não me faça pensar”.

Diego da Rosa Luiz
Prolog App

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A algum tempo, o Luiz Felipe me indicou a leitura do livro “Não me faça pensar” de Steve Krug, pois o mesmo encontra-se como referência de material para engajamento de desenvolvedores. Confesso que no início da leitura achei estranho, pois sou desenvolvedor back-end e o tema do livro é sobre o casos de usabilidade na web, mas entretanto, me vi totalmente empolgado ao decorrer da leitura deste fantástico livro.

Este artigo trará uma alusão sobre o que achei do livro como um todo, tendo em vista a minha área de atuação e em especial falarei sobre o capítulo que me fez repensar meus conceitos sobre as aplicações e sites como um todo.

Análise do Livro do ponto de vista de um desenvolvedor Back-end.

Sem sombra de dúvidas, o livro “Não me faça pensar” me fez ter outra visão quando o assunto é analisar a usabilidade de um site ou aplicação. O livro aborda erros comuns de usabilidade, erros estes que tem como consequência gerar dificuldades para os usuários acessarem e visualizarem as informações contidas no site. Para abordar esses erros, o autor frequentemente usa exemplos ilustrativos que facilitam o entendimento sobre o assunto, em sua maioria, o mesmo utiliza erros de usabilidade bastante comuns e mostra como podemos tornar o caso em questão mais intuitivo a diversos usuários.

Mas porque um desenvolvedor back-end deveria ler o livro “Não me faça pensar”? Bom vamos levar em consideração que na prática, quase todos os desenvolvedores circunstancialmente terão que testar suas funcionalidades no ambiente web, e indiretamente, será mais um usuário utilizando a aplicação e talvez passando pelas mesmas dificuldades como qualquer outro usuário do sistema. Tendo em vista essa circunstância, afirmo que após ter concluído a leitura, tenho outra visão ao utilizar e testar a aplicação, tendo agora como objetivo, além de fazer meu papel como desenvolvedor back-end, também o de apontar melhorias na usabilidade do sistema.

Capítulo destaque para o livro.

Algo que me chamou a atenção, foi a abordagem e a visão que o autor nos passa no capítulo 11 (Usabilidade como obséquio, por que seu site deve ser um “mesch”). O autor usa como base uma “Barra de boa vontade” no qual se refere a vontade do usuário em achar aquilo que procura em seu site, conforme o usuário se frustre com problemas de usabilidade e a falta de informação, essa barra vai se esvaziando, até que se esvazie por completo e o usuário desista do que veio buscar. Essa barra de boa vontade também pode aumentar conforme o usuário encontre algumas boas práticas de usabilidade, e assim ele irá se manter em seu site até que seja suprida sua necessidade.
O livro traz alguns fatores de boas práticas que aumentam e alguns erros que diminuem a boa vontade do usuário. Dentre os fatores, destaco quatro deles:

“Castigar-me Por não Fazer as coisas do seu jeito”. Esse é um fator muito comum que diminui a boa vontade do usuário, o autor nos traz o exemplo da falta de formatação em campos de preenchimento como campos de CPF, no qual se gera muitas incertezas ao usuário que está preenchendo este campo.

“Pedras no meio do caminho”. Outro fator que diminui a boa vontade é ter que esperar por alguma introdução, cadastro ou qualquer outra coisa que sem motivo explicito te impeça de acessar o conteúdo no qual você veio à procura.

“Saber a quais perguntas eu provavelmente terei de responder”. Agora destacando um fator que aumenta a boa vontade do usuário, temos as boas praticas sobre a utilização do FAQ, no qual o autor cita 3 dicas valiosas, em resumo são:
- Não subutilizar o FAQ para marketing disfarçado.
- Manter o FAQ atualizado.
- Ser sincero, expor as fraquezas do seu site.

“Fazer com que eu economize etapas no decorrer do processo”.
Outro ponto que aumenta a boa vontade é fazer com que o usuário de menos clicks até chegar a informação ou objetivo que lhe convém.

Concluindo…

O livro “Não me faça pensar”, é um ótimo material de leitura para desenvolvedores back-end, que abrange questões fundamentais de usabilidade que, sem dúvidas, auxiliarão no processo de desenvolvimento de uma aplicação em um contexto geral.

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