10 Coisas Que Eu Gostaria de Ter Ouvido Quando Era Caloura

Amanda de Vasconcellos
O Prontuário
Published in
14 min readFeb 2, 2020

Você achou que eu era mais criativa que autores de listas meio clickbait da internet? ACHOU ERRADO! Segue a imagem para fazer com que esse texto se pareça o máximo possível com um artigo do Buzzfeed:

Mas falando sério, eu quero dar alguns conselhos para os calouros que estão entrando agora na medicina UFMG. Algumas dicas aqui podem ser mais gerais: podem se aplicar a gente de outras faculdades e de outros cursos. A minha intenção é ajudar o máximo de gente possível, juro. Qualquer coisa, vocês podem comentar aqui ou nas minhas redes sociais, eu sempre respondo tudo. Sem mais delongas, minha tentativa de sincericídio por aconselhamento:

1. Não escute seus veteranos

Um texto de uma veterana te aconselhando a não escutar conselhos de veteranos é a minha cara, porque eu adoro ironias. Esse conselho eu te dou no mesmo espírito em que escrevi um texto mandando vestibulandos não confiarem na internet. O que quero dizer não é que você deveria sair agora desta página e fingir que seus veteranos não existem. Por incrível que pareça, lá no fundo, a gente até tem algumas coisas boas para te falar. O ponto é: veterano não é oráculo. Vai ter veterano te dizendo que tal professor é tirano, que tal aula você pode sair matando como se não houvesse amanhã, que tal matéria é inútil… Nesses aspectos, tente fazer seu próprio julgamento. Eu posso chegar aqui e te contar a minha experiência com cada um dos professores e com cada uma das matérias, mas é só isso, a minha experiência. A sua pode — e vai — ser diferente, então não se organize com base no que os veteranos disseram que você podia (ou não) fazer.

Vou te contar minha história: eu tive algumas dificuldades nesse primeiro período, algumas em matérias que os veteranos juraram de pés juntos que eram fáceis. Me desorganizei para provas que os veteranos disseram que costumavam ser tranquilas. Em suma: me eximi de responsabilidade com base em “Ah, se fulano disse que eu não preciso me preocupar com isso, ele deve estar certo!”. Pelo amor de Deus, não faça isso: é autossabotagem, e eu testei por você o que acontece quando você se autossabota. Spoiler: você passa aperto, se estressa e, no fim, fica aquém das suas capacidades.

Seja cético quanto ao que os outros te dizem. Sim, experiências alheias podem ajudar, mas elas não são verdade absoluta. Se dedique a ser a melhor versão possível de si mesmo, não desespere junto com o veterano nerd, e nem jogue tudo para o ar com o veterano turista. Ao seguir à risca os conselhos alheios, você está transferindo responsabilidade pelo seus atos para eles, e, bem, isso protege seu ego em caso de falha, mas aumenta ridiculamente a chance de ela acontecer.

2. Ninguém aguenta estudante de medicina. Nem os estudantes de medicina

Saca só esse tweet:

O cara que tweetou isso originalmente tem o perfil fechado, mas eu peguei um tweet com a exata mesma piada para vocês entenderem o conceito.

Vocês podem achar que estou sendo abrasiva com meus colegas ao compartilhar isso: não estou, eles também compartilharam, pelo menos uns três deles. Ah, e a maior parte das curtidas nos compartilhamentos eram de outros estudantes de medicina.

Entenda, não odeio estudantes de medicina, e não é que só estudantes de medicina são chatos — cada curso tem o seu tipo especial de chato: tem a loira odonto, o cirandeiro de filosofia, o heterotop de engenharia, o estudante de direito que anda de terno pela rua… O negócio é que eu não convivo tanto com os pertencentes a esses outros estereótipos, porque eu passo o dia inteiro na faculdade cercada por outros estudantes de medicina. Acho que é por isso que, provavelmente, eu também devo ser uma chata aos olhos de estudantes de outros cursos. A gente passa muito tempo com as mesmas pessoas, falando do mesmo tema, reclamando das mesmas matérias, fica até involuntário virar aquele cara que você jurou que não tornar-se-ia: o mediciner.

Numa festa qualquer, o mediciner vai encontrar outros mediciners. E os dois começarão a falar de medicina, por algum motivo que nem eles próprios entendem. O mediciner não sabe que é um mediciner, até o colega de outro curso puxar a orelha dele — ou se afastar. Eu tenho os melhores amigos do universo, então o que eles costumam fazer é puxar a minha orelha quando eu me empolgo demais. E o pior é que, mesmo você eventualmente descobrindo que só sabe falar do seu curso, você vai continuar detestando as pessoas que só falam do curso — e você vai conversar com elas sobre, adivinha: o curso!

Você, estudante de medicina, vai conhecer a dor que é dividir um Uber e passar 40 minutos falando de provas e trabalhos. E vai falar de provas e trabalhos mesmo assim. Isso satura a gente, e eu não tenho ideia do que fazer para evitar. Funcionaram as vezes que tentei estabelecer a regra de “Nesse rolê ninguém fala do curso”, ou “Hoje vamos para a faculdade sem falar da prova no caminho”, tente fazê-lo você também. Acho que ajuda a não saturar tanto do quanto a faculdade consome seu tempo.

3. Apesar disso, você vai fazer bons amigos

Fiquei um pouco decepcionada em alguns aspectos com as pessoas da faculdade. Não vou mentir: achei a galera desunida. Isso pode ser coisa da minha turma, do meu curso, de calouro… A verdade: eu não sei. Acho que todos esses fatores devem contribuir. Quando conversei sobre isso com outros colegas, vários relataram a mesma sensação de alienação. Todo mundo se aliena um pouco — uns mais, outros menos —, e deve ser por isso que a minha geração se considera tão solitária. Apesar disso, talvez ironicamente, a gente acaba se conectando por esses anseios. A sensação que tive é que, justamente por estar todo mundo sofrendo com as mesmas coisas, o vínculo que formamos é muito moldado por essa vulnerabilidade compartilhada. E, cara, acho isso absurdamente bizarro. Vai ficando todo mundo mais igual, à medida que o semestre progride: tanto nas alegrias quanto nas dificuldades.

Meus mediciners de estimação (ou pelo menos os que não tinham compromisso no dia desse rolê)

Esse último parágrafo pode ter soado fatalista, mas não é assim. A gente faz amigos na faculdade, e esses amigos se tornam pessoas mais especiais, talvez justamente por esse contexto tão caótico no qual estamos inseridos. E isso é bom, eu acho. Queria mandar um salve para todos os amigos que fiz nesse primeiro período, temos mais onze para ficarmos ainda mais amigos, e espero que a gente se aproxime cada vez mais. A quem ainda não é meu amigo, fica no ar a informação: eu tenho o costume de oferecer café espresso para meus amigos.

4. A faculdade deixa a gente meio louco às vezes — e, sinceramente, tá tudo bem

Tenho uma amiga que, depois de formada, chegou à conclusão que os anos de curso tinham sido os melhores de sua vida, e que o mercado de trabalho para sua área é decepcionante. Outra disse uma frase que nunca esquecerei: “Faculdade é uma merda independentemente do curso que você faz, então escolhe um que vá te levar à profissão que vai te satisfazer”. Esses são os dois extremos de um espectro bem amplo: você não precisa estar em nenhum deles, e provavelmente vai se encontrar no meio do caminho. O fato é: a faculdade fica desesperadora em vários momentos, mas ainda assim é uma experiência boa, no cômputo final. Seja ela boa por si própria ou porque vai te levar a se realizar profissionalmente no futuro, é gratificante estar lá dentro. Você lutou para conseguir a sonhada vaga, e ninguém pode tirar isso de você. Meus mais sinceros parabéns, e boas vindas! Sim, você vai passar apertos lá dentro, não se iluda achando que a chatice do ensino médio/cursinho ficou para trás. Você vai conhecer dificuldades novas — talvez piores, talvez melhores, isso é bem pessoal. Mas vai ser bom, no fim das contas.

5. Ninguém sabe o que está acontecendo

Com raras exceções, a maior parte dos seus colegas terá menos de 30 anos. Não tenho estatísticas para isso, mas chutaria que também serão menores de 25 anos. O que isso quer dizer? Bem, é debatível a idade exata em que nosso cérebro para completamente de se desenvolver, mas ela se aproxima dessa última idade. Sim, você vai se sentir perdido, e às vezes desmotivado — por que eu estou aqui? Será que esse é mesmo o curso para mim? Será que eu vou conseguir? Is this the real life? Is this just fantasy?

A experiência de confusão é, por sua própria natureza, um pouco solitária — até porque se já é difícil admitir para si mesmo que ela está acontecendo, que dirá admití-la para um amigo —, mas não precisa ser absolutamente solitária. Converse com o cara do seu lado: ele também está confuso, e ele também não sabe o que fazer quanto a isso. Cara, eu estou escrevendo este texto, mas eu estou confusa ao extremo, e eu não sei como resolver isso. Respira, não pira. Sofrer faz parte da experiência humana, tenha paciência com seu próprio sofrimento. Continue tentando entender o que está acontecendo ao seu redor, tente de maneiras diferentes. A dúvida passa, cuide de si mesmo para que a experiência da dúvida não seja nem mais longa nem mais dolorosa do que já é por sua própria natureza.

6. Comemore sua aprovação

Vestibular é difícil. Eu passei meu terceiro ano inteiro lutando pela minha vaga, só que, quando recebi a notícia de que havia passado, eu não senti toda a empolgação que esperava. Fazia anos que eu dizia que, quando passasse, eu e minha família íamos tomar um espumante caro. Eu já estava pronta para sair com meus amigos em vez de ir para o trote oficial da faculdade — com aquele MED UFMG escrito na testa com o maior orgulho.

Eu não fiz nada disso. Eu não comemorei. Se eu me sinto amargurada por não tê-lo feito? Nah, já deixei essa água passar por debaixo da ponte. Mas eu recomendo que você comemore, se permita sentir a alegria da conquista. Você merece estar onde está (não deixe a Síndrome do Impostor te convencer do contrário), comemore sua vitória.

7. Não abandone seus hobbies

Vou ser justa: eu escutei esse conselho quando era caloura, eu só não dei atenção. Meu conselho, então, é: não ignorem o conselho de não abandonar seus hobbies.

Hobbies são importantes, porque a motivação oriunda deles é uma constante. Sejamos honestos: nem sempre a recompensa de “Vou estudar muito para um dia ser bom na minha profissão” é suficiente para nos motivar, porque ela está muito distante, e parece surreal. Por outro lado, a recompensa de “Vou abrir minhas redes sociais, porque — mesmo que eu não admita — receber atenção de gente com quem nem me importo tanto assim é importante para meu ego” está ali do lado. A tendência, então, é que estudemos o mínimo para não lidar com a punição imediata (isto é: precisar repetir uma disciplina), e ocupemos o máximo possível do nosso tempo com atividades de recompensa imediata (redes sociais, videogames, por aí vai). Também sou culpada disso, minha intenção não é sinalizar virtude. O problema é que seguir essa tendência nos torna miseráveis: as sensações boas que experimentamos passam a ser só a alegria efêmera resultante dos prazeres efêmeros. Lutar não traz recompensa alguma, então para que fazê-lo?

Aí entram os hobbies: o prazer oriundo de um hobby pede luta, e, por isso, dura mais. Vou exemplificar com meu inconstante amor pela escrita: acabei de tomar uma taça de vinho, de modo que escrever este texto não está sendo exatamente fácil. Escrever não é fácil. Lembro de uma época em que me comprometi a escrever um capítulo por dia (capítulo do que? De uma trilogia de ficção na qual trabalho — entre idealização e escrita de fato — desde 2013), era exaustivo. O melhor momento do dia, às vezes, era poder jogar tudo para o ar ao fim de mais uma sessão de trabalho. Sim, eu exagerei, não estabeleceria uma meta dessas novamente, mas eu lembro da alegria que senti quando concluí dois livros em quatro meses: foi um suprimento amplo de felicidade, que durou muito mais do que a felicidade que recebo quando alguém elogia minhas capacidades enquanto veterana (mas podem continuar me elogiando, eu gosto).

Um colega de sala comentou isso na minha capa de Facebook. Deixando no ar a informação.

Meu ponto é: seus hobbies vão ser o intermediário do qual você precisa entre impulsividade e pensamento de longo prazo. Engajar somente em prazeres instantâneos vai te deixar vazio. Falo com conhecimento de causa: terminei meu semestre me sentindo surrealmente vazia, e, agora, tenho retomado hobbies que há um bom tempo perdera. É disso que preciso para dar sentido à minha vida, e você provavelmente precisa também. É importante dar significado ao trabalho, é importante ver os frutos de seu esforço, e são seus hobbies que podem te dar essa alegria.

8. Tome cuidado com sua saúde mental — especialmente se você já teve problemas com ela anteriormente

Esse é um clichê gigante, especialmente na faculdade de medicina. Para mim chega a soar irritante e hipócrita, mas é uma verdade gigante. Quando te peço para tomar cuidado com sua saúde mental, não te digo para entrar na onda das frases motivacionais de setembro amarelo: “Sua nota não te define!”, “Você é especial!”, entre outras. Se você gosta desse tipo de conteúdo, bom para você! Sou a favor da felicidade, e se é isso que te faz feliz, vá atrás. Só que, ao menos para mim, tudo isso parece vazio.

Eu tenho meus problemas pessoais com minha saúde mental — e quem me conhece sabe muito bem disso. Todo dia é um estágio diferente da batalha que é aceitar quem eu sou e me esforçar para ser a melhor versão de mim mesma. Já passei períodos estupidamente difíceis, e os últimos meses do meu primeiro período fizeram parte disso. Como eu já disse nesse texto, estou perdida. Eu não tenho a menor ideia do que estou fazendo na UFMG, e minha meta para o segundo período é viver um dia de cada vez e dar o melhor de mim. Nas horas que a situação complicava, ouvir frases motivacionais só me irritava, especialmente porque elas vinham, às vezes, de pessoas egocêntricas, que, na realidade, não queriam ver os outros ao seu redor felizes, queriam apenas parecer simpáticas. O que isso me fez perceber? Que eu devia ter sido mais objetiva na hora de cuidar de mim mesma.

Antes de começar seu semestre, reflita consigo mesmo: quais são seus piores hábitos? Quais são as coisas que mais te estressam? Quais danos isso te causa — apatia, pressa, cansaço? Você consegue lidar com isso tudo sozinho? Você acha que a faculdade pode piorar a situação? Seja honesto: mude seus hábitos desde o início, busque terapia desde o início, fortaleça seus vínculos desde o início. Só você mesmo pode saber quais alterações no seu estilo de vida serão importantes para preservar sua saúde mental ao longo dessa mudança que é a entrada na faculdade. Quando souber, não negue a si mesmo a oportunidade de priorizar a pessoa mais importante da sua vida: você. Ouvir “Você é mais que uma nota” não vai te salvar de nenhuma crise, especialmente porque remediar é mais difícil que prevenir. Dentro de seus recursos, cuide-se antes mesmo que surja um problema.

Algo interessante nesse aspecto que vale ser notado: verifique se sua faculdade possui algum serviço de escuta acadêmica, apoio psicológico, acompanhamento pedagógico, ou acessibilidade. Caso se interessem, posso fazer um post falando dos serviços que a UFMG oferece.

9. Desenvolva seus métodos de estudo e de gestão de tempo

Faculdade não é ensino médio. Como eu descobri isso? Na base da adrenalina e do desespero, algo que não desejo para ninguém. Você ainda está de férias, e eu espero que aproveite isso, mas, por favor, tente achar um momentinho para já planejar o que você acha que pode te ajudar nesse primeiro semestre. Seus métodos de estudo consomem tempo demais? Você absorve satisfatoriamente os conteúdos? Consegue prestar atenção nas aulas? Tem sono de qualidade? Consegue gerenciar seu tempo para ter tempo suficiente tanto para estudar quanto para fazer as coisas que ama? Que tipo de motivação você precisa para realizar suas obrigações? Você procrastina muito?

Todas essas são perguntas que não consegui responder antes do meu primeiro semestre, o que motivou desespero e adrenalina. Em vez de começar o semestre já com uma noção de como cuidaria da minha organização, eu brinquei de tentativa e erro já com o bonde andando. Não deu nem um pouco certo. Seu primeiro semestre será, invariavelmente, um período de adaptação, mas tente fazer dela o menos dolorosa possível. Investigue o que funciona ou não para você. Recomendação pessoal: gosto muito do canal Med School Insiders, que, embora seja focado em estudantes de medicina, fala bastante sobre produtividade e gestão de tempo. Mesmo que você não siga à risca os métodos sugeridos, acho interessante procurar ao menos uma fonte para se informar sobre produtividade, ao menos para ter uma ideia do tipo de ferramentas que existem à sua disposição nesse âmbito.

10. Avalie suas prioridades

Se teve uma frase que eu odiei ouvir dos meus veteranos foi o tal do “60 é 100”. Inicialmente, fiquei absurdamente revoltada: minha prioridade era ter notas acima de 90 em todas as matérias. Quando percebi que isso não aconteceria, transicionei para igualar 80 a 100, depois 70, e, por fim… É, 60 virou 100 para mim. Se me orgulho disso? Não. Eu não quero ficar acima de 90 em tudo, não tenho nada a ganhar com isso, mas passei com notas mais baixas do que sou capaz nas matérias do primeiro semestre.

E por que, apesar da minha insatisfação com as notas medíocres que tirei, me recuso a tentar ser a aluna conceito A? Pela sensação que tenho quando olho para as pessoas que, ao que tudo indica, conseguiram fazê-lo. Elas têm um ritmo de estudos incompatível com o que valorizo, e, sinceramente? Não acho que performance acadêmica vá necessariamente refletir em competência na prática médica. Os piores alunos dificilmente serão os melhores médicos, assim como os melhores alunos dificilmente serão os piores médicos, mas será que a excelência acadêmica será o diferencial do qual vou precisar para me destacar na minha carreira?

Bem, tenho avaliado minhas prioridades, e acho que não. Este ano, estou planejando fazer iniciação científica, além de estar trabalhando em um projeto que nada tem a ver com a medicina. Será que eu conseguiria estudar o bastante para ser a aluna perfeita nessas condições? Será que eu quero ser a aluna perfeita?

E, do outro lado, tem o pessoal que já entra na faculdade tentando fazer o necessário, somente o necessário. Será que isso vai funcionar para sempre? Será que não é importante criar mais responsabilidade e parar de se contentar com o mínimo? Até alguns professores falam que nós entramos na faculdade já preocupados com as provas de residência, o que, ao que tudo indica, é um exagero, mas será que nós devemos apenas fingir que o futuro não existe?

Minha resposta para tudo isso: não sei. Eu já decidi qual aluna quero ser esse semestre, mas você não precisa tomar a mesma decisão que eu. Você precisa tomar a decisão que vá te fazer mais feliz, embora qualquer decisão seja, por natureza, uma aposta. O que quero dizer, portanto, com este último conselho? Que você não deve apenas seguir o propósito alheio. Investigue o seu propósito. Assuma as consequências das suas decisões, porque, enquanto você não estiver fazendo mal a ninguém, não é da conta de ninguém se você vai virar a noite no Cabral ou se vai virar a noite estudando, a única certeza é que você não conseguirá fazer ambos. Aproveite que está de férias e reflita quem você quer ser. E, quando decidir, eu espero que você seja muito feliz no seu caminho — não ironicamente.

Obrigada por ler esse texto! Espero muito que tenha te ajudado, e, se for esse o caso, compartilhe! Eu também adoraria saber o que você achou nos comentários, e, se gostou, por favor, dê seu “aplauso” (de 1 a 50) aqui embaixo, e clique aqui para me encontrar nas redes sociais e não perder os próximos posts. Qualquer dúvida, estou à disposição :)

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