What’s Hecuba to him, or he to Hecuba,
That he should weep for her?
Esse mesmo trecho da peça Hamlet de William Shakespeare (ato 2, cena 2) é evocado por Otto Maria Carpeaux no início de um ensaio sobre o humanismo e o renascimento que faria parte de sua majestosa obra História da Literatura Ocidental[1]. Para Carpeaux, a fala de Hamlet contém um certo desprezo pelo passado: a história de Hécuba poderia até ser uma alegoria bela e poética, mas não tão importante a ponto de merecer lágrimas. Com tantos sofrimentos no presente, Hamlet acharia insensato que um ator, com dores fingidas, possa chorar mais do que ele, com dores reais.
Seguindo a interpretação de Carpeaux, podemos dizer que a atitude de Petrarca melancólico ante as ruinas de Roma[2] pareceria uma tolice ao personagem de Shakespeare. Enquanto o poeta italiano acredita no esplendor do passado, objeto de emulação e competição, o príncipe da Dinamarca sente desprezo por algo tão distante. Mas sua indiferença em relação ao passado é concomitante com o desalento sobre o que virá depois. O futuro de Hamlet é incerto e ele não sabe o que fazer após ter recebido uma aparição de seu falecido pai acusando o próprio irmão de o ter assassinado. Hamlet é um atormentado que busca certezas em vão. Ele se inquieta diante do “undiscovered country” (III, I, 87) do pós-morte. Não há espaço para nostalgias ou utopias nessa tragédia. Ao final, com o perdão do spoiler, todos morrem de maneira fatídica.
Em Hamlet, Shakespeare consegue expressar de forma magistral a condição de incerteza do ser humano. A pessoa humana vê-se incapaz de encontrar uma resposta absolutamente correta para os dilemas que enfrenta. Entre as diferentes possibilidades, é difícil encontrar qual seria “a mais acertada”. O drama humano aparece aqui como o reino da opinião. E a consciência dessa realidade faz parte do processo de amadurecimento da pessoa. Ao crescer, a criança percebe que as suas antigas certezas são apenas um punhado de opiniões entre aquelas disponíveis no mercado das ideias. O desabrochar da adolescência é justamente o momento em que o jovem contrapõe suas antigas opiniões, questiona e escolhe outras, talvez apenas como contraposição aos seus pais. Nessa fase, a busca da certeza pode acabar na ideologia, aquele conjunto de ideias mágicas que explica tudo a partir de poucos princípios.
Hamlet vai além e lança um dos questionamentos mais contundentes no estudo da história. Afinal, por que chorar por Hécuba? Se estamos em um “sea of troubles” (III, I, 60), por qual motivo vamos nos preocupar com o passado? Não se trata apenas de perguntar a utilidade da história, mas principalmente o seu sentido. Existe alguma lógica compreensível nessa sucessão de dores que marca a trajetória da humanidade na terra? Haveria alguma certeza nessa caminhada do homem em direção ao desconhecido?
Quando iniciei o curso de graduação em História na USP, ouvi uma resposta padrão de muitos colegas: “é preciso estudar o passado para compreender o presente e mudar o futuro”. O sentido da história seria então o progresso rumo ao futuro ideal. E o estudante de história entende-se a si mesmo como o portador do conhecimento capaz de transformar o mundo. Um verdadeiro gnosticismo, tão sedutor para os intelectuais. Como o marxismo ainda é forte no ambiente universitário brasileiro, muitos deles acabaram seguindo essa linha. Afinal, Marx teria encontrado a chave de leitura científica da história, capaz de fornecer as certezas que configuram o mundo.
Essa é uma resposta possível ao drama de Hamlet. Diante da angústia existencial do homem, podemos nos aferrar a um conjunto de certezas que explicam tudo de forma clara. Os marxistas que conheci na universidade buscavam a todo custo conservar as suas certezas. Eram, nesse sentido, muito conservadores. Inclusive detestavam a chamada pós-modernidade com o seu “excessivo relativismo” e o reino das opiniões que instaurava.
René Descartes foi um homem que também não se conformou com o reino das opiniões. Ele, talvez vivendo o drama de Hamlet, buscou com todas as suas forças estabelecer uma filosofia que obtivesse a certeza. E um tipo de certeza que pode ser chamada de absoluta, uma certeza tão perfeita que seria impossível estabelecer outros juízos sobre um mesmo objeto[3]. O pensamento de Descartes teve profunda influência no Ocidente e muitos ainda compartilham sua revolta contra o reino das opiniões. Positivismo e marxismo, por exemplo, julgam-se como teorias científicas capazes de oferecer as leis da história com absoluta certeza.
Não por coincidência, o século XIX foi o século da história como disciplina acadêmica. Os governos europeus, notadamente da Alemanha e da França, iniciaram uma forte campanha de incentivo aos estudos históricos. Museus, arquivos, centros de documentação e cátedras universitárias foram criadas com o dinheiro público. A intenção política era evidente: criar uma história do Estado-Nação. Nesse contexto, surge a “história metodológica”, uma disciplina que quer conquistar seu lugar no rol da ciência, ao lado da física e da matemática[4]. A certeza sobre o passado serve de alicerce para a certeza sobre o futuro. Estamos diante da situação oposta à de Hamlet, que não conseguia ver nenhum motivo para chorar por Hécuba. Um historiador do século XIX poderia dizer que vale a pena chorar por Hécuba, pois ela é a “nossa mãe”, a ancestral da Nação. Como esquecê-la, como não chorar por ela?
Lênin, por outro lado, foi um anti-Hamlet. Sua conduta como revolucionário profissional não deixava espaço para dúvidas em sua existência. A pergunta essencial para Lênin não era o “ser ou não ser”, mas “que fazer?”, título de um dos seus mais famosos escritos. No marxismo leninista, a história é guiada por leis inexoráveis, mas cabe ao Partido, como “vanguarda do proletariado”, ser o agente da transformação. Não há, portanto, nenhum grande dilema a ser resolvido e o reino das opiniões é extinto. A indecisão do príncipe da Dinamarca seria vista apenas como uma fraqueza da burguesia para o revolucionário bolchevique. Mas Lênin talvez concordasse sobre a inutilidade de chorar por Hécuba. Ele não seria capaz de derramar uma lágrima pelo passado. Todo seu interesse histórico, como toda história marxista ortodoxa, estava voltado para a consecução da revolução no presente.
A “vingança de Hamlet” parece vir no século XX. A tensão experimentada pelo jovem príncipe, essa tensão tão humana na qual a esperança no futuro se desvanece e o interesse pelo passado se apaga, pode ser comparada com o contexto intelectual do ocidente no final do século XX. A queda do muro de Berlim em 1989 representou o fim de uma distopia para alguns e de uma utopia para outros. A imagem do regime soviético já tinha sido abalada com os expurgos de Stalin, o Relatório Khrushchov, o acidente de Chernobyl e os esforços do Departamento de Estado do governo dos EUA. Apesar de tudo, o colapso soviético oficial representou o fim concreto de uma certeza tida como absoluta.
Ao longo do século XX, o marxismo também assumiu diferentes formas no ocidente, muitas vezes opostas aos ideais da URSS. A famosa frase do Manifesto Comunista, “tudo o que era sólido se desmancha no ar”, acabou sendo aplicada ao próprio comunismo soviético. Não se trata apenas do fim do marxismo clássico: a crítica ao modelo de racionalidade herdado do racionalismo cartesiano e do Iluminismo se tornou cada vez mais forte a partir da década de 1940. Após os horrores da Segunda Guerra Mundial, há um descrédito da razão que, além de todos os avanços técnicos e científicos, arquitetou câmeras de gás e bombas atômicas. Podemos regredir até o início do século XX e identificar na teoria da relatividade de Einstein uma profunda ruptura com a racionalidade newtoniana e a crença na objetividade científica[5].
Voltamos então à situação de incerteza de Hamlet. O reino da opinião é restaurado, especialmente a partir da década de 1970, quando as certezas passam a ser debatidas e criticadas com mais intensidade por um conjunto de autores que ficaram conhecidos como “pós-modernos”. Roland Barthes, Jacques Derrida, Michel Foucault e Umberto Eco são alguns dos representantes mais conhecidos dessa corrente. Seus estudos questionam a capacidade atribuída às narrativas de representar a realidade.
De forma geral, os pós-modernos defendem que, ao estudar o discurso narrativo, é mais importante entender os objetivos do sujeito e não a coerência do discurso com a realidade. Em outras palavras, o foco não é definir o “certo” e o “errado”, ou o “verdadeiro” e o “falso” dentro de um determinado discurso, mas tentar desvendar os objetivos que levaram o emissor a formular o seu discurso da maneira como se apresenta. Essa perspectiva modificou a forma como se vinha compreendendo a filosofia e a história, estabelecendo uma ruptura definitiva principalmente com o positivismo. Keith Jenkins, na linha dos pós-modernos, apresenta claramente essa posição:
Para mim, o que em última análise determina a interpretação está para além do método e das provas — está na ideologia. Porque, embora a maioria dos historiadores concorde que um método rigoroso é importante, existe o problema de saber a qual método rigoroso eles se referem[6].
Com os pós-modernos, as filosofias da história ou “teodiceias” perderam a credibilidade paulatinamente. As propostas de Comte, Hegel e Marx — apesar de todas as diferenças entre esses autores e das possibilidades de interpretações — procuravam circunscrever a história em uma meta-narrativa universal. A razão humana seria capaz de apreender o movimento da história e de descrevê-lo objetivamente, fornecendo explicações universais e totalizantes[7]. Assumindo o ponto de vista de Jenkins, as categorias gerais utilizadas nas meta-narrativas deixam de ter um papel analítico. A “luta de classes”, por exemplo, passa a ser entendida como uma ferramenta retórica do discurso do historiador e não como um conceito, mais ou menos verdadeiro, usado para descrever a realidade histórica.
A chamada pós-modernidade parece não responder ao drama de Hamlet, mas assume-o plenamente. Com a queda das certezas universais, resta apenas o reino das opiniões, tão detestado por Descartes. Alguns pensadores assumem de forma radical a ausência de resposta e chegam a negar a racionalidade. Não só a certeza, mas a própria possibilidade de chegar à “verdade” é questionada. Toda discussão, então, fica reduzida à disputa ideológica irracional e, para garantir a paz, a melhor opção seria o relativismo: “o relativismo moral e o ceticismo epistemológico constituem a base da tolerância social e do reconhecimento positivo das diferenças”[8].
Aqueles que, na sua fúria, negam a possibilidade racional de alcançar a verdade, identificam certeza com racionalidade. De certa forma, essa é uma herança cartesiana pouco questionada. Afinal, seria possível estabelecer uma racionalidade sem a certeza? Não haveria um meio termo entre a certeza e a completa ignorância? Seria possível conciliar a racionalidade com elementos da perspectiva pós-moderna?
Para responder essa questão, podemos fazer uma analogia com a peça de Shakespeare. Hamlet é acossado por uma dúvida lancinante: teria sido o seu tio o responsável pela morte de seu pai? A princípio, ele conta apenas com a aparição de um fantasma que, identificando-se com seu pai, clama por vingança. Hamlet quer verificar essa evidência, saber se a informação é verdadeira ou falsa. Após ver um grupo de atores de teatro em ação, o príncipe elabora uma estratégia inusitada: montar uma peça na qual o assassinato de seu pai seria encenado e observar atentamente a reação de seu tio. Hamlet supõe que, se o tio for realmente o culpado, provavelmente irá se sentir atingido pela encenação e demonstrará o impacto.
O problema é que todo o raciocínio de Hamlet não garante nenhuma certeza e nem sequer tem como base uma certeza. Suas premissas são meramente prováveis, incapazes de fornecer uma “certeza absoluta”. Seria plenamente possível que o tio se sentisse ofendido sem ser o culpado ou que ele pudesse controlar-se e manter a calma. Apesar dessa incerteza, uma das possibilidades é incluída no raciocínio sem uma “prova cabal” de que ela seria a única válida. Esse tipo de raciocínio é conhecido como entimema. Segundo a definição de Pascal Ide:
Enquanto o silogismo é um raciocínio que procede de premissas certas e nos fornece a causa, o entimema nos dá apenas um sinal ou se baseia em premissas verossímeis. O entimema é, portanto, um silogismo provável[9].
A atitude de Hamlet, portanto, é plenamente racional, ainda que meramente provável. O reino da opinião não é, afinal, o reino da irracionalidade. Parafraseando Polonius, um dos personagens de Hamlet: “though this be madness, yet there is method in ’t”.
Essa constatação sobre os raciocínios prováveis traz profundas consequências morais. Seria moralmente bom seguir uma opinião ou uma constatação apenas provável, sem a certeza absoluta de que é a melhor? A questão foi amplamente debatida na Europa do século XVII, especialmente no âmbito da Igreja Católica. Muitos ainda entendem a Igreja desse período como uma instituição fortemente repressora e controladora das consciências. Surpreende, entretanto, constatar que um teólogo como Hermann Busembaum (1600–1668), jesuíta que foi amplamente lido, defenda que seja moralmente lícito seguir um raciocínio apenas provável. Mais ainda: para ele, o cristão poderia seguir até mesmo o raciocínio menos provável se assim lhe parecesse melhor. Essa posição ficou conhecida como probabilismo.
Não quero aqui dizer que Busembaum seja um pós-moderno e muito menos negar a existência da Inquisição com as suas fogueiras. Apenas chamo a atenção para um tipo de racionalidade não cartesiana que floresceu dentro do catolicismo e que pode dar um caminho de resposta ao dilema de Hamlet. Em primeiro lugar, o probabilismo pode nos ajudar a baixar nosso dedo em riste acusatório contra o pobre príncipe da Dinamarca. Ele tomou uma decisão trágica, poderíamos até dizer errada, mas isso não nos autoriza a julgá-lo com tanta severidade.
O historiador, o filósofo e o moralista sempre correm o risco de ver a pessoa humana como uma coisa, um objeto de estudo e de análise. Quando estudamos as “humanidades” podemos esquecer que nós somos, simultaneamente, o sujeito e o objeto. Isso significa que uma visão de “terceira pessoa”, como se estivéssemos afastados de nós mesmos, é uma falácia. Aí reside um dos aspectos mais poderosos da literatura: quando lemos (ou assistimos) Hamlet, somos levados a entrar no personagem, viver seus dilemas e tomar suas decisões. É, de fato, a vivência de um drama, no sentido grego de drao, ação.
Nesse drama da vida humana, o que o probabilismo destaca é a liberdade. Busembaum, sendo um padre católico e jesuíta, acreditava na existência de normas morais objetivas e inegáveis. Acontece que, como todo católico praticante sabe, essas normas constituem uma parte muito pequena do drama humano. O preceito não matarás e até mesmo a proibição do aborto por parte da Igreja não estão no centro da vida cotidiana dos cristãos. São normas importantes, defendidas com convicção, mas não trazem e não pretendem trazer nenhuma luz para as pequenas decisões do dia-a-dia.
Isso significa que a maior parte das ações e decisões, mesmo do cristão mais conservador, estão no reino das opiniões, o amplo campo do opinável. Busembaum estava tão convencido disso que chegava a falar no direito do fiel a seguir a opinião menos provável[10]. Para muitos católicos “conservadores” isso pode soar demasiadamente relativista. No entanto, a posição probabilista apenas deduz as consequências da liberdade humana segundo a perspectiva cristã.
O probabilismo traz uma resposta aparentemente difícil para Hamlet e para nós: é preciso desistir da certeza. Isso não é nada fácil quando se vê o fantasma do próprio pai clamando por vingança. E também é difícil quando temos computadores que prometem nos dar, com a máxima certeza, as melhores respostas. Nós procuramos ter a certeza absoluta antes de agir e recorremos a todos os artifícios para isso. Mas, como Hamlet, somente no drama, na ação, nós descobrimos a real consequência das nossas decisões.
A condição de incerteza nas decisões causa angústia, pois ela traz consigo o temor de errar e de ser infeliz. Quereríamos sempre acertar e percebemos que a nossa vida é marcada por inúmeros erros. O erro é uma realidade tão radical na vida do homem que talvez seja uma das poucas certezas. Diante dessa realidade, podemos optar pelo desprezo ou pela misericórdia.
A opção pelo desprezo significa uma visão negativa do ser humano, de si próprio e dos demais. Os erros são inaceitáveis, insuportáveis e, apesar disso, eles existem e nós os cometemos. A vida passa a ser entendida como um problema sem solução, uma porta trancada cuja chave foi perdida e jamais será encontrada. Já a opção pela misericórdia é a abertura para uma visão em que o erro é incorporado dentro da dinâmica da vida. O misericordioso entende o erro como um mal, mas de forma paradoxal, o erro acaba se tornando parte da grande e bela sinfonia da vida. É a felix culpa de Santo Agostinho. A proposta probabilista de abandonar a certeza só pode ser compreendida com esse pano de fundo da misericórdia. E uma misericórdia divina, capaz de perdoar mesmo o pior dos pecados. Só então a angústia da incerteza se torna a alegria da liberdade.
Por mais trágica que seja, vejo a peça Hamlet como um louvor à liberdade. Diferentemente das tragédias gregas, onde o fado acaba conduzindo os personagens, em Hamlet são as decisões que formam o drama. Decisões terríveis, sem dúvida, mas que podem agora servir de lição para nós. Voltamos então à pergunta inicial: por que chorar por Hécuba? Por que chorar por Hamlet? Talvez porque esses personagens, ainda que fictícios, trazem no coração as mesmas misérias que tenho no meu. Miser et cor: miséria e coração são as palavras latinas que compõem a misericórdia. Compreender isso e chorar com eles — mais do que por eles — exige uma forte renúncia ao paradigma da racionalidade cartesiana.
A resposta ao relativismo pós-moderno parece estar em reconhecer sua parcela de verdade. De fato, para a grande maioria das coisas na vida, mesmo de um cristão, as verdades são relativas ao sujeito. Ocorre que o mero reconhecimento da relatividade não significa misericórdia. Pelo contrário: a tão aclamada “tolerância” é uma ação de certa forma negativa, em que o sujeito suporta um erro para evitar outro maior. A misericórdia não é apenas suportar, mas compartilhar, estar junto do outro apesar da diferença e do erro.
REFERÊNCIAS (obras citadas e consultadas):
AURELL, Jaume. A escrita da história. São Paulo: Inst. Bras. Filosofia Ciência Raimundo Lúlio, 2010.
BUSENBAUM, Hermann. Medula de la Teologia Moral.
BERBERT Jr., Carlos Oiti. A história, a retórica e a crise dos paradigmas. Goiânia: Editora da Imprensa Universitária, 2017
CARPEAUX, Otto Maria. História da Literatura Ocidental. Brasília, Senado Federal, Conselho editorial, 2008.
CRARY, Jonathan. 24/7: o capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
DESCARTES, René. Les Principes de la philosophie.
GARIN, Eugenio. El Renacimiento italiano. Barcelona: Editorial Ariel, 2012.
IDE, Pascal. A arte de pensar. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 136.
JACOBY, Russell. O fim da utopia: política e cultura na era da apatia. Rio de Janeiro: Record, 2001 p. 66.
JENKINS, Keith. A história repensada. São Paulo: Contexto, 2001, p. 36.
JOHNSON, Paul. Tempos Modernos: o mundo dos anos 20 aos 80. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990.
LANGLOIS, Charles; SEIGNOBOS, Charles. Introduction aux études historiques, 1897.
SHAKESPEARE, William. The tragedy of Hamlet, Prince of Denmark. Nova Iorque: Folger Shakespeare Library. Disponível em: < http://www.folgerdigitaltexts.org/download/pdf/Ham.pdf>.
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[1] CARPEAUX, Otto Maria. História da Literatura Ocidental.. Brasília, Senado Federal, Conselho editorial, 2008, p. XLVII. O editor explica que Carpeaux decidiu retirar esse ensaio na terceira edição por considerar “fora da sistemática da obra”.
[2] Tal cena ficou conhecida a partir de uma carta de Petrarca. Cfr: GARIN, Eugenio. El Renacimiento italiano. Barcelona: Editorial Ariel, 2012.
[3] L’autre sorte de certitude est lors que nous pensons qu’il n’est aucunement possible que la chose soit autre que nous la jugeons (Les Principes de la philosophie, IV).
[4] A obra mais conhecida do gênero, injustamente chamada de “positivista”, é: LANGLOIS, Charles; SEIGNOBOS, Charles. Introduction aux études historiques, 1897.
[5] Paul Johnson defende que a Teoria da Relatividade foi erroneamente interpretada como um relativismo, o que causou profundas mudanças cultural. Cfr: JOHNSON, Paul. Tempos Modernos: o mundo dos anos 20 aos 80. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990, cap. I.
[6] JENKINS, Keith. A história repensada. São Paulo: Contexto, 2001, p. 36.
[7] Um resumo bem elaborado dessas correntes filosóficas pode ser encontrado na obra de Jaume Aurell A escrita da história. São Paulo: Inst. Bras. Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio, 2010.
[8] JENKINS, Keith. A história…, op. cit. p. 90. Obviamente, essa é uma postura discutível, já que o exercício da tolerância não é necessariamente incompatível com um posicionamento.
[9] IDE, Pascal. A arte de pensar. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p. 136.
[10] BUSENBAUM, Hermann. Medula de la Teologia Moral, p. 5