É normal sentir medo… mas como evitar que ele destrua tua carreira?
Eu estou cheio dessas de colocar enquete nas redes sociais agora, maior legal essa parada, galera engaja muito, você precisa ver.
E dia desses eu fiz uma pergunta lá, mais ou menos assim:
“O que te impede de ser aquilo que você realmente gostaria de ser?”
Foram mais de 200 respostas, sério, acho que essa pergunta está na cabeça de muita gente — ainda mais considerando o fato de que lancei a pesquisa em pleno domingão, pensa como esse assunto deve incomodar…
E disparado, com variações aqui e ali, o medo foi citado pela maioria das pessoas como sua principal causa de estagnação… ou frustração… ou congelamento… ou paralização… sei lá, vamos pensar juntos aqui pra ver se chegamos a alguma conclusão.
Quem me conhece de andar junto sabe que eu me amarro em filosofia, e tem uma corrente que foi muito influenciada pelos pensamentos do Aristoteles que particularmente me encanta, chamada estoicismo.
Em linhas gerais, essa galera chegou a uma conclusão — simplificando bem o rolê aqui tá — que leva a gente pra um outro patamar, quando o assunto é ponderar sobre as coisas que realmente importam nessa vida, e consequentemente nos leva a repensar a forma como tomamos nossas decisões mais importantes.
Segundo essa galera, a primeira coisa que a gente deveria fazer pra ter uma vida legal é se tornar totalmente consciente de tudo aquilo sobre o que a gente não tem nenhum controle… louco isso né, porque se deixar só pela nossa tendência a gente quer exatamente o contrário, ou seja, a gente quer tudo ali, certinho, previsível, na nossa mão mesmo, porque daí vem aquele sentimento mentiroso de tranquilidade que só distrai a gente, e faz com que a ansiedade tome conta da nossa cabeça.
Ou vai me dizer que tudo aquilo que você pensa que está debaixo do teu controle, realmente é controlável?
Pensa bem… quantas vezes você não se surpreendeu com umas paradas totalmente malucas que acontecem contigo, daquelas que a gente chega a falar pra si mesmo “nossa, não acredito que isso está acontecendo comigo”… pois é, vem daí essa reação, do fato de a gente não ter consciência de que a maioria das coisas, dos eventos, e das situações às quais a gente está sujeito, simplesmente são incontroláveis.
E olha só, não é pra te apavorar esse papo aqui tá, é um convite a pensar de forma diferente mesmo.
Um convite pra você conhecer profundamente aquilo que você não controla, tanto quanto você conhece aquilo que você pensa que controla.
Vou te falar uma coisa, no momento em que a gente acorda pra tudo aquilo que a gente não controla, a capacidade de conseguir canalizar nossa energia e nosso foco pra aquilo que a gente controla é brutalmente fortalecida, brutalmente.
Daí você me pergunta por que se preocupar com aquilo que não está no nosso controle então, se o foco todo deve ser dedicado pra aquilo que efetivamente está?
Pois é, essa é a pergunta chave pra mim, por que se preocupar com aquilo que não está no teu controle e só te leva pra um estágio de ansiedade super prejudicial?
Não tem por que!
Vale a pena? Pensa bem…
De novo, não é pra ser pego de surpresa pelas coisas da vida, nem pra se enfiar no fantástico mundo de Bob… é pra, apesar de ter consciência do incontrolável, focar no controlável.
No mínimo do mínimo do mínimo, você vai parar de reclamar e de apontar o dedo pra coisas que não podem ser transformadas por você. Só isso já vale o rolê vai, fala a verdade.
Toda a energia que você gasta se preocupando com aquilo que você não controla, vai te fazer falta na hora de investir energia naquilo que você controla.
Beleza, chega de filosofia e bora voltar pra vida real oficial atual.
Geralmente, o medo bate quando alguma decisão é necessária, já percebeu?
Você tem que reagir, ou mudar o caminho, ou encarar uma ameaça, ou se posicionar, ou dar uma guinada forte, daí começa a pensar em tudo que pode acontecer caso você reaja, mude, encare, se posicione, ou dê a guinada… e eu suspeito fortemente que entre todos os medos que você sente nessa hora, o pior deles é o medo do desconhecido.
Como você nunca experimentou aquilo que está prestes a decidir fazer, fica lá, projetando, ou pegando experiências passadas parecidas, ou lembrando de histórias parecidas contadas pelos seus coleguinhas pessimistas que só querem companhia no seu processo infinito de lamurias da vida.
Aí você trava, nem tenta, e fica com aquele gosto amargo na boca, aquele que vem quando uma pergunta difícil simplesmente não sai da nossa cabeça: “e se eu tivesse…?”
Tenso né mano… muito tenso.
Percebe que tem situações em que o medo realmente ajuda a gente, afinal ele está muito ligado com um dos nossos instintos mais importantes e latentes, que é o de sobreviver, e até aí tudo bem.
Mas quando o medo se refere a algo que a gente desconhece, ou é muito influenciado por coisas que a gente simplesmente não consegue controlar, mano, aí é inferência pura.
E só tem um jeito de sair do círculo vicioso da inferência: experimentando.
Quando você se torna consciente de tudo o que não controla, e foca tua energia naquilo que você controla, ainda que bata aquele medinho, tua reação pode ser completamente diferente do que ela é toda vez que você projeta o “improjetável” — nem sei se existe essa palavra, mas você me entendeu né?
E se depois de ter chegado até aqui na leitura desse artigo, você concluir que o medo é uma parada que você simplesmente não consegue deixar pra lá, pega essa.
Quero te convidar à partir de agora, a substituir o tipo de medo que te paralisa, por um outro tipo de medo que pode te mover numa velocidade que você nunca experimentou antes.
Ao invés de sentir medo do desconhecido, ou da reprovação, ou da morte — todos eles elementos imponderáveis, fora do teu controle — te convido a sentir medo de não ter feito, de não ter experimentado, e de não ter vivido.
Sério, isso tem um poder de influenciar absurdamente a forma como você toma suas decisões, e principalmente, o nível de qualidade de vida que você pode passar a desfrutar.
E pra você que pensa que está sozinho nessa, saiba que eu te desejo, do fundo do meu coração, que todos os teus medos paralisantes possam, à partir de agora, se transformar em medos propulsores.
E aí, vamos pra cima?
Rodrigo Giaffredo
Co-fundador da Super-Humanos Consultoria, a empresa criada pra fazer do Brasil a maior escola de agentes da transformação digital do mundo! Conhece alguém que se interessaria por algo assim? Indique a gente!
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