Seu chefe não dá a mínima para sua carreira — e mais 6 coisas que ninguém vai te contar, mas que você precisa saber

Rodrigo Giaffredo
Protagonismo Humano na Era Digital
5 min readFeb 3, 2022

Seu chefe não dá a mínima para sua carreira.

E o motivo é muito simples: ele está preocupado com a própria carreira, e você também deveria estar mais preocupado com a sua do que com a dele. Doeu aí? Calma, não foi essa a minha intenção.

O ponto é que chefes roubam de você seu recurso mais precioso, ao passo que eles não trabalham por você, ao contrário dos líderes, esses sim preocupados consigo e contigo. Mas infelizmente, nos dias de hoje vemos muito mais chefes do que líderes… ou só eu enxergo isso?

Chefes se preocupam apenas com números, e em conseguir a próxima grande promoção. Ah, e pensam também naqueles bônus gordões, a qualquer preço — com o perdão do trocadilho.

O erro mais recorrente que eu vi em toda a minha carreira corporativa foi acompanhar excelentes profissionais que esperavam que seus chefes os fizessem avançar em suas jornadas. Daí acontecia o que?

Eles perdiam anos das próprias vidas, lembrando que o tempo é o recurso mais precioso que uma pessoa pode ter.

Teve um caso muito emblemático, de uma profissional excelente com quem convivi que esperou 5 anos por um movimento de carreira do seu chefe, porque ele vivia prometendo que ela seria sua substituta mais provável.

Ela acreditou que aquilo era uma promessa confiável, e qual foi o resultado?

Cinco anos depois, a diretoria da unidade de negócios mudou, o chefe dela foi demitido, e um novo gerente foi escolhido no lugar da minha colega. Assim, numa boa. Novos tempos — essa foi a explicação.

Passei mais 5 anos na empresa e minha colega nunca foi escolhida para gerenciar o time de que fazia parte, e a conclusão a que eu cheguei é a de que ela apostou todas as fichas na promessa do ex-chefe, ao invés de se dedicar a criar oportunidades de desenvolvimento para si. Ela se dedicou de corpo e alma a alguém que só pensava em si mesmo.

E essa é a primeira verdade inconveniente que você tem que aceitar caso queira desenvolver uma carreira de sucesso. Mas calma que tem mais seis, já pega aí o antiácido porque hoje o esquema é bruto.

1- Ou você consegue o que quer no tempo que imaginou, ou começa a procurar outro lugar para conseguir o que quer

Eu sei, dá preguiça, dá medo, os boletos estão sempre ali para nos colocar de volta na caixinha, mas cara, se você não definir um tempo limite para conseguir aquilo que quer, principalmente se você já estiver preparado técnica e comportamentalmente para isso, você vai ser refém pra sempre da boa vontade de alguém, e isso não é vida, desculpa mas não é.

2- Lembre-se de que sua saúde mental e sua segurança psicológica são as bases do seu desenvolvimento de carreira

Pode parecer loucura o que eu vou te falar agora, mas essas duas coisas valem mais, muito mais, do que seu cargo, seu salário, sua reputação, sua empregabilidade, suas chances de promoção, sua mania de querer agradar seu chefe, seu bônus e seus aumentos. Afinal de contas, de que vale tudo isso se você estiver numa UTI de hospital por causa de um infarto ou de um AVC?

3- É melhor ter um bom líder, do que um bom salário apenas

Costumo chamar esse lance de pegadinha do iceberg. Imagina que o salário é só a pontinha, aquilo que você vê do lado de fora da água. Daí depois de uns meses o que começa a pesar de verdade é o que está escondido nas profundezas, tipo o coleguinha endemoniado, o chefe bizarro, o ambiente tóxico, a jornada de trabalho exaustiva, a falta de reconhecimento, a falta de confiança, e aquele monte de coisas que eu não preciso nem te contar. Fala a verdade, quem nunca?

4- O tédio pode te levar a odiar o seu trabalho

E olha só, a gente até tenta negar essa verdade. A gente acha que um aumento vai melhorar as coisas, daí vem o aumento, e dali uns meses, quem chega? Ele, o tédio, de novo. Daí a gente se engana e fala “poxa, eu achei que era um aumento que eu queria, mas na verdade eu quero ser promovido.” Daí a gente rala, a promoção chega, e depois de uns meses, adivinha? Ih, olha quem chegou, o tédio! De novo! E assim vai, até o dia em que você resolve admitir que já está cansado de fazer o que faz, tão cansado que ficou com preguiça de ralar, e eventualmente começar do zero ou lá de baixo, naquilo que realmente te faria feliz. Eu sei que tem os boletos, mas para cada escolha rola uma renúncia, certo?

5- Para de achar que o crescimento de carreira é algo que se constrói sozinho

Vai em qualquer livro de desenvolvimento de carreira pra você ver, a mensagem subliminar é sempre no sentido de você competir, ser o primeiro, ser o melhor, mas te digo de coração, se o seu time não te aceitar como líder, e não te levar até a posição de liderança pela mão, não vai rolar meu caro. E se rolar, vai ser sabotagem atrás de sabotagem até você pedir arrego.

6- “Faça tudinho o que a gente mandar, e quem sabe, lá na frente, você se torne um líder dessa empresa”

Essa é boa demais! Quer testar a veracidade dessa afirmação? Faz o seguinte, da próxima vez que te mandarem essa, pede o plano de desenvolvimento de lideranças documentado pela empresa, passo a passo, com as metas definidas certinho para cada uma das etapas, e com as habilidades que você precisa desenvolver entre um milestone e outro pra poder chegar no pódio. Sério, se você achar, me conta porque eu já estou a quase 30 anos no jambro e nunca vi.

Mas por que eu estou te falando tudo isso? Para te desanimar?

Muito, mas muito pelo contrário. Não parece mas é para te animar.

Afinal de contas, a essa altura do campeonato, eu espero que você já tenha percebido que está tudo na sua conta, tudinho mesmo, tá tudo na tua mão, porque desenvolvimento da própria carreira não é algo que se possa delegar, capisci?

É você no controle (vídeo): https://bit.ly/3uoYH3r

Rodrigo Giaffredo

Cofundador da Super-Humanos Consultoria, autor dos livros “Cultura Ágil em Empresas Tradicionais” e “Reflexões Ácidas, um livro de autoajuda meio indigesto”. Expert em ágil em escala, gestão 3.0 e cliente-centrismo.

www.protagonismohumano.com.br

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