Dezembro de 2021 — subvertendo expectativas
Dezembro desse ano fecha alguns processos coletivos e pessoais muito longos e quer algumas respostas um tanto quanto definitivas. Achou que ia ter férias? kkkkkk
As questões coletivas estão, teoricamente, encerrando o ciclo de esgotamento desse sistema organizacional que a gente herdou do colonialismo e vamos pra uma próxima fase desse processo no ano que vem. Digo “do que herdamos do colonialismo” exatamente porque estaremos lidando com resgates de ancestralidades nesse momento.
Quando olhamos pro que está se esgotando em termos políticos, produtivos e acumulativos lembramos que esse sistema atropelou outros sistemas, outras propostas e dinâmicas sociais tradicionais que retornam como possíveis soluções para reformar o mundo.
Uma vez que terminamos esse processo de expor tudo que está errado, quando vimos o que tinha pra ver nesse abismo o abismo também olha de volta: pra muito além desse Dezembro, entraremos num processo de digerir o tamanho do buraco social/ambiental em que estamos.
Valor carmico pra Dezembro é o 1515
E sendo mês 8 (tal qual foi Março) estamos tratando exatamente de questões organizacionais.
É que o 8 fala de tudo que se torna palpável ou real através de um pacto. O 8 não rege os valores; rege o dinheiro enquanto pacto social, enquanto definição e troca de valor. Não rege a experiência do tempo; rege a contagem do tempo enquanto organização de horários.
Daí o 8 rege a estrutura do pacto social como um todo, o abstrato conceitual delirante sistema econômico. Bem como as tradições, os ritos, os mitos, as religiões.
E a verdade é que a cosmologia sempre foi a base da visão cultural/social, do pacto social de cada povo. E é aí que a água bate na bunda quando a gente tem o 1515 sob um Guia 8:
O 1515 fala da subversão do conservadorismo sobre a tradição
Afinal, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. A maneira como a gente interpreta uma tradição e se organiza em torno dela se esgota. A filosofia, a cosmologia não se esgota.
O que o 1515 quer fazer é retornar ao passado em busca de algo de muito essencial para modernizar a tradição em busca da raiz própria dela. É voltar lá atrás pra entender o que os nossos estavam fazendo antes de as coisas ficarem como estão agora e dar aquela ajustada nas velas.
Acontece que a gente tá na taba da berada de uma mudança gigantesca de paradigma sociocultural. Urge uma cosmologia completamente diferente pra basear as nossas decisões coletivas e formato único imposto aos outros não tem como funcionar!
O valor se desenvolve do 787 e estamos trabalhando questões de responsabilidades e exigências muito práticas da nossa ancestralidade e famílias. Isso se reflete em questões religiosas, sacerdotais, carmicas e familiares.
Estamos falando de encontros, casamentos, famílias e dinâmicas de expectativas e deveres nas nossas relações mais sólidas. Os pactos, combinados, contratos que firmamos entre os nossos.
De um lado relações que queremos oficializar e formatar, formar essa família, cultuar nossa tradição, resgatar as religiões dos nossos ancestrais, fortalecer nossa terra. De outro as expectativas que nos limitam, que nos esgotam e que não temos interesse em cumprir e precisam ser repensadas. Mas é uma dinâmica só.
Não estamos fugindo das nossas responsabilidades, pelo contrário. Estamos encontrando a melhor maneira de cumpri-las.
Dezembro é um momento de revelações
A primeira quinzena desse mês vai ser intensamente reveladora.
Espere segredos de família sendo expostos, dinâmicas sendo abertamente questionadas, vazamento de informações, notícias completamente malucas e as confissões, as conversas íntimas em que nos abrimos e nos expomos.
É uma conta parecidíssima com o que tivemos em Agosto, que abriu um canal de comunicação pra que alguns encontros, deslocamentos, viagens fossem planejados. No mínimo tivemos algumas conversas importantes por lá que devem ser desenvolvidas agora, em termos muito mais íntimos.
Se lá em Agosto a questão era expressar nossos desejos, nossos impulsos, nossa verdade agora a questão é amor. Dezembro lida o tempo inteiro com as nossas relações mais intensas, mais fortes, mais sólidas.
E essas relações querem ser consertadas, redefinidas, fortalecidas, curadas. Vamos passar por processos de reencontro e reconciliações bastante intensos —pra realizar o que conversamos ali em cima.
Esses compromissos ancestrais/ familiares/ religiosos vêm puxar nosso pé e não vai ter como desviar.
E o objetivo é que essas relações se tornem pactos formais. Que a gente se comprometa com nossos Deuses, com a nossa etnia, com nossos relacionamentos.
Vamos conversar pra alinhar os termos.
Dezembro é só o começo
Janeiro de 2022 também tem 78/15/6 como valor carmico e vamos de dois meses seguidos com os mesmos valores (que voltam em Outubro, que tem a mesma numerologia de Janeiro).
O que estamos fechando em Dezembro é essa exposição do que está esgotado, mas no geral estamos somente colocando o nosso pezinho numa água muito profunda:
Estamos iniciando um trabalho coletivo no contexto das nossas comunidades, das pessoas que compartilham memórias, identidades, espaços, crenças e conosco; e individual na nossa relação com a terra, com a religião, com a cultura e com a nossa própria história; com as pessoas que amamos de muitas vidas e dessa ancestralidade que forma a história das nossas encarnações.
É um processo gigantesco de resgate de quem somos: da nossa comida, da nossa música, da nossa arte, da nossa beleza. Do reencontro com os nossos e com quem somos de verdade.
E isso não acontece do dia pra noite.
É um momento de reconstrução que se inicia.
