Outubro — de volta ao início

Lyz Beltrame
Psicopompus de Luxo
6 min readOct 2, 2023

A primeira coisa a se considerar para começar a pensar sobre o Outubro que se abre é a perspectiva do quê aconteceu em Janeiro do mesmo ano, visto que Outubro e Janeiro têm a mesmíssima conta. Nos repetimos, mas em momentos muito diferentes.

O que acontece em Outubro é invariavelmente um reflexo direto de Janeiro; mas entre Janeiro e Outubro de um mesmo ano muita coisa muda, voltamos à conta mas a realidade toda modificada. Outubro portanto retorna às questões de Janeiro tanto pra questionar se o que foi feito lá está firmado e bem resolvido ou se vamos rever e refazer tudo. Voltamos mais uma vez, então:

Ou faz ou faz

Chegando ao fim do ano não é mais novidade pra ninguém o quanto 2023 está nos forçando a mudar, a realizar, a revolucionar. E nas situações de faz ou faz em geral as opções são: ou faz agora com calma e um mínimo de prazo ou faz depois com pressa, chorando e com menos recurso.

Janeiro abriu 2023 nos atropelando, jogando as coisas no nosso colo e o que Outubro nos traz de oportunidade é justamente a volta que demos nesse ano maluco pra adentrar novamente nessa numerologia de ultimato e revisar o quê foi feito — entendendo melhor onde estamos pisando. E só.

Segue-se a tendência de forçar as coisas nossa goela abaixo, e ou a gente come o brócolis que temos que comer ou ele vai ser jogado na nossa cara de qualquer modo. Melhor comer com dignidade.

Entre coisas que se revelam de maneira até grosseira e inegável, coisas que nos ameaçam, que morrem à nossa revelia, que nos cobram atenção, compromisso, disciplina e presença parece que estamos sendo chantageados: faça mal feito / errado e suporte as consequências.

(na opinião desta aomilde oraculista revisitar Janeiro com muita atenção e detalhe, observar tudo que queria se revelar e não compreendemos na hora, todas nossas posturas erradas porque não compreendíamos a situação e usar desse entendimento pra domar essa Charrete da Morte vai ser o que separa quem vai sendo arrastado e quem vai sendo carregado)

Cobrar, fazer ou falir

Tem uma energia intensa de coió no ar. Parece que qualquer passo errado que damos algo explode em nossas mãos e algo se quebra, se perde.

Temos muitos valores de perda, falência, morte por falta de recursos em algumas configurações complexas — ai ai Janeiro

1516, 1616, 1816 nos ciclos dos dias 04, 05 e 07 (dias 04, 05, 07, 14, 15, 17, 24, 25 e 27, praticamente o mês inteiro) que vão nos remover, retirar, bater, quebrar, negar, gastar tudo que somos ou temos pra quê não estejamos onde não podemos estar. Parece simples.

Mas não é.

Revolucionar, mudar ou morrer

Nossos passos em falso nos lançam em alçapões profundos e os valores de falência começam a se atrelar aos valores de mudança

Dia 14 vamos de 181516, dia 15 de 727/1818, dia 17 de 727/181816/1816, dia 23 de 757/1212, dia 27 de 191816 e dia 29 de 727/1818

Observe a ave rara 727 se repetindo.

Os valores que ameaçam a nossa integridade financeira e física lá em cima se desenvolvem ao longo do mês se associando com essas mudanças repentinas que estão andando juntas: Essas situações que nos demovem, negam e cortam estão aí pra nos redirecionar.

Seria uma delícia aprender por amor mas infelizmente somos todos uma grande Mula Manca que só anda pra frente no tapa.

Revisite então Janeiro: no cataploft do quê foi jogado sobre você o quê lhe foi cortado? Ao longo do ano o que você descobriu sobre esse corte e como isso definiu o seu ano? O quê você foi resolver ao longo do ano lidando com essa negativa?

Saber, Revelar, Aceitar

Bem, agora eu vou te dar um ângulo pra olhar pro que teve rolando:

Passaremos por alguns valores que parecem jogar as coisas na nossa cara e quem não tem olho de ver simplesmente não vai conseguir compreender o quê cada situação caótica está te tentando revelar (autocrítica pensando em Janeiro — então pensa: de tudo que lhe aconteceu na loucura no início do ano você conseguiu entender o quê estava tentando ser demonstrado ou levou o ano todo pra interpretar?)

Veremos o 87 com frequência sendo pelo 1716/87 no ciclo inteiro do 06. Esse é um valor de dever, disciplina, lealdade, fidelidade e austeridade: como comparecemos aos nossos compromissos com a nossa família, amores, religiosidade, karma e dharma

Mas putz, Setembro já foi todo sobre isso!

Pois é, boneca! E se demos uma volta inteira ao redor dessa numerologia e chegamos justamente num Setembro que demandou que os karmas familiares, religiosos, étnicos e culturais fossem trabalhados ao retornarmos ao que nos trouxe aqui voltamos com essa bagagem.

Voltamos com um material, uma informação, um entendimento e uma outra interpretação da situação que fez com que as situações de Janeiro fossem o que fossem.

Imagine que lá em Janeiro, no escuro dessas situações, fomos lançados à uma água turva que tivemos que nadar durante 2023 inteiro até o momento em que Setembro nos revelou o material intensamente karmico, geracional que instigou tudo isso. E que agora voltamos pra colocar os pingos nos is.

Sabemos mais que antes mas Outubro vai ecoar Janeiro: 1212/333 dias 12 e 26, sendo dia 26 um grande ápice da intercessão desses temas todos. Quando tudo conflui e a gente fala aaaaaaaaaaa

É como se uma grande peça clicasse, a grande ficha ela finalmente cai

Laerte

O quê fazer com tudo isso?

Creio eu que esse processo todo nos colocou numa saṃsāra de revelações. 2023 vem fechando um ano 7 muito bruto na maneira como nos mostrou o quê precisava ser visto — mesmo considerando a crudeza que é característica desse número.

Chegamos num Outubro que, não muito diferente do que temos visto nos últimos anos, quer fechar uma conversa muito particular: as revoluções para o resgate, modernização, reinterpretação, refazimento das nossas questões geracionais.

Se entre 2020 e 2022 passamos por numerologias repetitivas que nos pediram para reacessar, revisitar, reinterpretar — as escrituras, as famílias, nossa posição entre os nossos e nos reposicionar nessas negações e modernizações (das tradições e de nós mesmos)

neste momento adentramos um passo mais fundo pra perceber por que as coisas são como são.

Foi preciso primeiro dar alguns passos pra trás, se rever nesses núcleos e à parte deles. Reinterpretar essas cosmologias e perceber os padrões enraizados no nosso clã. Nos separar e reavaliar a nossa posição em relação à esses temas.

Adquirir ferramentas.

Pra chegarmos em Outubro de um ano geral 7 e conseguirmos ver.

Dahmer

Estamos oficialmente em fim de ciclo coletivo, meus amados. Tal qual entre o final de 2014 e 2016.

Agora que vimos o mecanismo que nos aprisiona, ele será desmontado nos próximos 2 anos.

Atentos e fortes.

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Lyz Beltrame
Psicopompus de Luxo

Cartomante, numeróloga e oráculo das estrelas. Designer, ourives e desenhista wannabe.