O futuro da Economia Criativa

Matilde Magro
Community Lotus
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2 min readNov 11, 2021

Imaginemos um mundo onde criar — ser artista é o novo normal. Imaginemos um mundo onde a criação bairrista das cidades e das pequenas comunidades são o ponto fulcral onde as pessoas se unem e partilham ideias, conhecimento, obras… onde têm tertúlias noite fora, onde se oferecem livros e se reconhece o valor inerente de cada uma das nossas individualidades.

Imaginemos um mundo onde as cidades estão cheias de arte por todo o lado e a vida é mais bela a cada instante.

Užupis na Lituânia foi talvez dos primeiros lugares do mundo a aceitar-se dessa forma, quase que conseguiu independendência e tem a sua própria constituição, passaporte de entrada e muitas outras variedades de coisas. A economia criativa nasce aqui como conceito base de uma vida livre. Seguido de Detroit, Christiania e tantos outros lugares do mundo (incluindo Barcelona e Lisboa) temos a receita perfeita para a antiga “geração à rasca” que se dedicou não só ao existêncialismo de uma vida sempre em sobrevivência, mas à maior revolução que a humanidade alguma vez assistiu.

Paul Hawken (que daqui a uns dias vai estar em palestra webinar gratuita para quem quiser assistir, com os Pachamama Alliance) chamou a esta a Revolução dos milhões e milhões de crianças do passado de brincar na rua os pais das crianças que tiveram de reaprender o conceito de brincar. O seu livro Blessed Unrest une-nos numa transcendência do melhor que temos feito até agora, sem excepção. O salvar “o planeta” tornou-se a norma porque o salvar pode não ser da morte, mas sim de uma decadência social que não queremos fazer parte.

Unimos-nos numa forte aventura de mudar o mundo — foi essa a decisão unilateral de várias gerações actuais, incluindo dos mais velhotes. Oiçam a música Vejam Bem de Zeca Afonso e deliciem-se com a mudança radical que a nova geração, os filhos da revolução de Abril, fizeram: a Arte como exemplo de mundança.

A economia criativa exige comunidades unidas, exige integridade moral e exige amor ao próximo. Exige que o amor seja sem dúvida, a base da arte.

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