Profissional da área da publicidade conta sobre sua e vida e o mercado publicitário

Thiago Alves conta como lida com bloqueios e faz previsões sobre o futuro no mercado publicitário

Felipe Caetano
PubliPlus (college project)
4 min readNov 25, 2018

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Thiago nos recebeu calorosamente com piadas e descontrações, sendo completamente aberto em suas opiniões e visões para o mercado publicitário — não apenas na área de criação, onde está localizada suas maiores habilidades, mas também para área de vendas, marketing e todo composto mercadológico que engloba as comunicações sociais.

Gostaria de ouvir essa entrevista na íntegra? Clique aqui ou vá até o final da página para ouvi-la.

Gostaria de saber mais sobre a criação? Confira nosso post explicando tudo o que você precisa saber sobre a área!

A seguir você confere os momento mais importantes da entrevista:

No começo da entrevista, questionamos Thiago sobre a razão para ele ter escolhido a área de publicidade, e o que o levou à área de criação.

Eu sempre pendi pro lado do desenho e da arte desde moleque”, nos contou, “eu via os comerciais de TV e ficava me perguntando como tudo era feito”.

Ele nos contou também sobre as principais diferenças entre o mercado publicitário atual comparado ao de quando entrou na faculdade e em relação aos primeiros jobs:

“São duas palavras: redes sociais”, conta Thiago.

“Hoje muito da comunicação se baseia em perfil de rede social […] Na nossa época não tinha, então os principais meios eram a TV, rádio — e a internet existia mas não tão rápida como hoje. Eu estou falando de 2005, quando entrei na faculdade. […] Não tinha o acesso tão fácil como é hoje”.

Ele também nos contou que a principal mudança foi a tecnologia:

“Hoje a tecnologia está muito mais informatizada e o modo de comunicar hoje é mais focado em rede social do que outros meios. O que antes era foco principal hoje virou foco secundário”.

Quando perguntado sobre a dificuldade de adaptação às novas tecnologias, Thiago nos disse que não encontrou nenhuma. Ele nos disse: “na realidade, eu acompanhei o processo de mudança todo”.

Continuamos a falar sobre o mercado da publicidade por um bom tempo. Perguntamos a Thiago sobre a competitividade no mercado e sobre as competências ou qualificações que faz um bom publicitário. Thiago teve o seguinte a dizer:

“O mercado não precisa de pessoas boas, ele precisa de pessoas ótimas”.

“Os bons eles estão nivelados e os ótimos se destacam”, completou, “[…] Felizmente aquele que se dedica mais vai ter mais oportunidade”.

Logo após isso, levantamos a questão dos profissionais multitarefas, que empresas tendem a contratar e perguntamos se ele se considerava um profissional multitarefas. Ele admite que foi contratado para ser um técnico de laboratório, para auxiliar os alunos, mas hoje ele toma conta da produção de conteúdo e artes da faculdade, especificamente do curso de PP, para as redes sociais.

“Se você não é multitarefa você não cabe mas no mercado”, completou Thiago, “você tem que saber pelo menos um pouco de cada coisa para poder acompanhar e estar dentro do quadro da empresa”.

Thiago também compartilhou conosco suas opiniões sobre a extinção das mídias tradicionais. Quando questionado sobre o assunto, ele teve o seguinte a dizer:

“Eu acho que extinguir é muito forte. Acho que [os meios tradicionais] vão passar a ser secundários de uma forma que eles se complementem; vão ser um apoio para divulgação em mídias sociais”.

Ele também nos deu uma ideia de suas previsões pessoais em relação ao futuro do mercado publicitário, sendo bastante otimista:

“Eu vejo cada vez mais oportunidades. […] Quem trabalha com publicidade normalmente são profissionais que estão sempre atualizados, sempre por dentro do que está acontecendo no mercado. […] Acho que (a profissão) vai se moldando conforme o mercado vai pedindo”.

Ao mais tardar da entrevista, decidimos mudar um pouco o foco de conversação, agora comentando sobre os aspectos profissionais e criativos de Thiago. Começamos fazendo o questionamento sobre os bloqueios criativos, para saber como ele conseguia lidar com esses problemas tão comuns em publicitários:

“Se pressionar é uma forma de se bloquear sem você perceber”.

“A partir do momento que você se coloca essa pressão você acaba se auto bloqueando”, completou Thiago.

Thiago seguiu, assim, descrevendo seu ambiente de trabalho ideal:

“Eu coloco minha música me desligo e me concentro ali”.

Completou dizendo o que faz para se livrar da pressão e dos bloqueios que a seguem:

“Se eu percebo que (o trabalho) não está rendendo, eu paro, levanto, vou dar uma volta, ver os passarinhos nas árvores (risos), tomo um café […] Esse fato de você sair da cadeira já é uma forma de dar uma aliviada.

Prosseguimos a perguntar para as inspirações que Thiago carrega em seus trabalhos. Em resposta, ele nos contou que não gosta de trabalhar com poucas referências:

“Eu vejo de tudo, estou sempre vendo o que está acontecendo […] Eu não gosto de citar nomes porque você acaba se limitando”.

Chegando ao fim da entrevista, pedimos para que Thiago desse um recado para a nova onda de publicitários que está se formando:

“Estamos passando por um momento de muita transformação, mas isso não é sinônimo para desânimo”. Completou dizendo “a oportunidade aparece a qualquer momento e se você não estiver preparado, acaba ficando para trás”.

Ele então fecha a entrevista dizendo a seguinte frase:

“Usem essa mudança, essa revolução que está acontecendo como um estimulo, não como barreira”.

Para ouvir a entrevista na íntegra clique aqui, ou aperte Play ou “Ouvir no Navegador” logo abaixo. Se gostou deixe um comentário e não deixe de compartilhar!

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Felipe Caetano
PubliPlus (college project)

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