Function X: Hash Out de janeiro

Pedro Sanches
Pundi AI
Published in
5 min readApr 4, 2020

Sejam bem-vindos à primeira edição do Hash Out! O Hash Out é uma série de artigos que irá abranger tudo relacionado à Function X, especialmente em relação aos detalhes técnicos, para que vocês tenham uma melhor compreensão do que será a Function X e para que possam acompanhar o desenvolvimento do projeto.

A edição de janeiro discute a base do ecossistema da Function X, incluindo arquitetura de cross-chain, tolerância prática a falhas bizantinas (practical Byzantine Fault Tolerance — pBFT), Proof of Stake (PoS), Proof of Service e inter-blockchain communication protocol.

A Function X terá arquitetura cross-chain

A Function X permitirá todos os tipos de transmissão de dados na blockchain. Nós fizemos o projeto pensando em uma arquitetura cross-chain baseada em pBFT e PoS. A cross-chain, como o nome indica, permite que várias cadeias diferentes façam parte da Function X.

Veja o esquema abaixo.

Hub da Function X e as cadeias do ecossistema

Como é possível ver, o Hub da F(X) é a cadeia mãe, que também é chamada de cadeia pública (public chain) da Function X. É a espinha dorsal da comunicação entre diferentes cadeias de blocos que operam no ecossistema.

Diferentes cadeias poderão se comunicar entre si através do Hub. Essa comunicação pode abranger uma variedade de coisas, como mensagens de textos, chamadas de voz, ativos digitais, e mais. Como F (X) é a plataforma subjacente, o token F(X) será o token utilitário básico para comunicações em cadeia cruzada. Como o F(X) é a plataforma base, o tokens FX será um utility token usado para comunicações cross-chain.

Ainda no exemplo da imagem, as cadeias A, B e C são cadeias de blocos públicas ou privadas com seu próprio ecossistema e tokens em cima da blockchain da Function X, da mesma forma que a MakerDao, Omisego e Digix são ecossistemas individuais em cima da blockchain da Ethereum. O Hub Function X conecta esses ecossistemas (que muitas vezes não são relacionados). Esses projetos podem interagir para tradar tokens, enviar SMS, fazer chamadas, desenvolver aplicativos descentralizados, e muito mais.

Iremos construir um ecossistema em que diferentes cadeias (chains) possam realizar ligações por meio do smartphone em blockchain Blok-on-Blok (BOB), ou enviar tokens nativamente de uma cadeia para outra (não apenas por atomic swap) e outras coisas interessantes.

Consenso: pBFT, Proof of Stake (PoS)

O pBFT é amplamente considerado como um método de consenso justo e seguro. Ele não cria custos indiretos, como a mineração em Proof of Work (PoW). Para saber mais sobre o funcionamento do pBFT, sugerimos este artigo da Blocknomi: how pBFT works.

Então talvez você esteja se perguntando, o que o pBFT da Function X tem de diferente? Bom, nós nos esforçamos para garantir a implementação genérica do pBFT na Function X. O pBFT já foi implementado, pesquisado e testado extensivamente, e atualmente está sendo usado por sistemas de vôo e agências aeroespaciais; outros projetos de blockchain que usam pBFT são HyperLedger, Zilliqa e Cosmos.

O que difere a Function X, é o modelo que permite que os dispositivos possam ser nodes do sistema. Regras de participação dos nodes serão definidas, e gostaríamos que a comunidade se envolvesse nas discussões. Essas regras dirão respeito a como os nodes são invalidados, qual o poder de voto de cada node, e etc.

Outra diferença importante é que, com a ajuda do Pundi X, seremos capazes de introduzir nodes confiáveis por meio dos dispositivos XPOS e potencialmente por meio do BOB. Cada dispositivo é um node em potencial.

Haverá mais discussões sobre os nodes da Function X em artigos posteriores do Hash Out e na nossa página do Reddit.

Qual a diferença entre Proof of Stake e o Proof of Service da Function X?

O Proof of Stake (em conjunto com o pBFT) é o protocolo de consenso utilizado para a criação de blocos (também conhecida como staking / mineração). Na Function X, mineradores ganham tokens de FX através da verificação de novos blocos.

A Proof of Service refere-se aos serviços fornecidos no ecossistema da Function X. Os provedores de serviços podem ganhar tokens de FX ao prestar serviços para outros.

Por exemplo, chamadas de app ou blockchain descentralizadas Ride Hailing são todos serviços. Discutiremos mais sobre a Prova de serviço em futuros artigos sobre Hash Out.

Por exemplo, um aplicativo descentralizado de caronas, ou chamadas de voz em blockchain são serviços. Mais detalhes sobre a Proof of Service serão apresentados nos Hash Outs dos meses seguintes.

Inter Blockchain Communication Protocol (IBC)

Como duas blockchains se comunicam entre si?

Pense nas comunicações humanas como exemplo. Um nativo em chinês terá dificuldade de se comunicar com um nativo em Alemão. Eles precisariam de um protocolo intermediário que ambos fossem familiarizados para que a comunicações ocorrer; hoje em dia podemos dizer que esse protocolo é o inglês. O protocolo intermediário na qual as cadeias se comunicam é o Inter Blockchain Communication (IBC) protocol.

O IBC foi criado pela equipe do projeto Cosmos e, desde então, recebeu uma tração considerável na comunidade Blockchain. Prevemos que nossa implementação será interoperável com a Cosmos e vice-versa.

O IBC é semelhante ao TCP / IP. O TCP / IP foi criadopor Vince Cerf e posteriormente desenvolvido em conjunto por muitas empresas e governos, incluindo a Internet Engineering Task Force (IETF), o órgão que mantém o TCP / IP interoperável para que a Internet possa funcionar.

É importante observar que o IBC não é a mesma cosia que atomic swaps. Os atomic swaps são acordos contratuais que bloqueiam tokens em uma cadeia, enquanto criam uma variante em outra cadeia. O IBC permite o movimento real de um token de uma cadeia para outra. Pense em ETH realmente na blockchain do Bitcoin ou vice-versa — esse é o objetivo final do IBC.

No momento estamos implementando o IBC na blockchain da Function X.

Possui algum feedback ou sugestões? Participe da nossa discussão no Reddit.

[*] Function X: Hash Out é uma série de artigos mensais focados na discussões de produtos e implementações técnicas do projeto Function X. As ideias aqui discutidas estão em andamento, de modo que a implementação final pode variar.

[**] Nodes, validadores e nodes validadores são usados para se referir a dispositivos/serviços validadores da blockchain.

[***] Os XPOS e BOB podem se tornar nodes, dependendo da implementação.

Zac Cheah
CEO da Pundi X

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Este post é uma tradução livre deste artigo.

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Pedro Sanches
Pundi AI

Customer Success & Community Manager at Pundi X