(Imagem: Diogo Henrique da Silva)

O futebol que traz alento

Belo Horizonte acolhe imigrantes venezuelanos utilizando a retórica do esporte de massa

Puntero Izquierdo
Puntero Izquierdo
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13 min readJul 6, 2019

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por Diogo Henrique da Silva

Das quatro partidas disputadas pela Venezuela na Copa América, três pela primeira fase e uma pelas quartas-de-final, a seleção Vinotinto passou por quatro cidades brasileiras diferentes. A única vitória foi conquistada em Belo Horizonte. Com a presença de 11.746 torcedores, os venezuelanos que estiveram no estádio puderam assistir aos três únicos gols da equipe na competição. Com o placar de 3 a 1 sobre a Bolívia, a Venezuela avançou de fase, mas foi eliminada pela Argentina na partida seguinte. O triunfo tinha mesmo de ser conquistado na cidade brasileira que foi a primeira em receber um atleta vinculado à Venezuela e onde um jogador proveniente do país fez mais sucesso.

Na década de 1960, o italiano Vito Fasano chegou ao Cruzeiro. Entre 1967 e 1968, o goleiro, oriundo do Deportivo Itália/VEN fez 21 jogos e sofreu 17 gols. No ano de 1969, ele naturalizou-se venezuelano para disputar as eliminatórias da Copa de 1970. Fasano é considerado um dos melhores goleiros da história do futebol dessa seleção.

Vito Fasano com a camisa do Deportivo Italia pela Copa Libertadores da América de 1968/1969. (Imagem: Divulgação/CONMEBOL)

Já em 2016, Rómulo Otero desembarcou em BH para defender as cores do Atlético Mineiro. Dos 101 jogos que participou, o meia fez 21 gols, conquistou o Campeonato Mineiro de 2017 e ficou famoso pela qualidade com que bate na bola. Na paralisação da Copa América de 2019, o atleta retornou ao Galo após um ano emprestado para o Al-Wehda, da Arábia Saudita.

Em 2018, logo depois da decisão do estadual mineiro vencido pelo Cruzeiro, o lateral direito Edílson, defensor do time celeste, fez a seguinte declaração após ser campeão: “Quem é Otero? Seleção Venezuelana? É porra nenhuma”. A afirmação gerou polêmica e repercussão na mídia e na opinião pública. Rider Daniel, venezuelano, que está em Belo Horizonte há mais de um ano, quando soube da fala sobre Otero e a seleção venezuelana lamentou: “Ele menospreza o futebol da Venezuela, enquanto categoria. Muitas vezes por desconhecer que o futebol do país está evoluindo. Revela certa ignorância.”

Otero com a camisa do Galo. (Imagem: Bruno Cantini/Atlético-MG)

A ascensão do futebol venezuelano pode ser comprovada com resultados. Comandada pelo atual técnico do time profissional, o ex-goleiro Rafael Dudamel, o sub-20 foi vice-campeão mundial na Coreia do Sul em 2017 e apresentou ao mundo uma geração promissora. Dos 23 atletas que disputaram a Copa América, somente dois atuam em clubes da Venezuela. Os demais estão trabalhando na Europa, em outros países da América do Sul e Estados Unidos. Inclusive, o atacante Josef Martínez foi eleito o melhor jogador da Major League Soccer de 2018, o campeonato nacional estadunidense, superando o astro sueco Zlatan Ibrahimovic.

Com apoio estatal, o futebol conseguiu se desenvolver na Venezuela. Porém, da mesma forma com que a equipe vinotinto se esquiva de questionamentos relacionados à política, o assistente social que trabalha na Casa do Migrante, um dos abrigos acolhedores da capital mineira, admite que estímulos para conversas sobre o assunto desperta certa irritação: “Nós nem sempre queremos falar da conjuntura do governo. É um tema que causa angústia, pois só nós temos conhecimento da realidade enfrentada por nossos conterrâneos. A mídia não mostra nem metade do que se passa por lá.”

A agonia fica evidente quando o homem natural de Barinas começa a lembrar das condições agravantes, relatadas por parentes com quem mantém contato: “Na televisão não mostra que a eletricidade é cortada todo dia às 19 horas. No período em que houve uma recessão do consumo de energia elétrica, não foi divulgada a quantidade de gente que faleceu nos hospitais.”, expressou Rider.

A ansiedade, devido à situação de colapso humanitária, disputa espaço emocional com a nostalgia do povo e da cultura venezuelana. Uma das válvulas de escape para comportar o tormento acaba sendo o futebol.

“Quando a gente vê alguém pelas ruas com a camisa da seleção venezuelana, revivemos o patriotismo. Estamos em outro lugar, mas sabemos conservar nossa origem. O futebol foi a oportunidade de estar perto de algo que nos pertence”.

O acolhimento pelo futebol

Rider esteve presente no Mineirão no dia 22 de junho. Ele fez parte da expedição do grupo de 21 moradores da Casa do Migrante ao estádio. Convidados pela Minas Arena, os venezuelanos puderam resgatar suas tradições, como a de entoar o hino nacional, ritual praticado regularmente nas escolas do país.

“Apesar de muitas pessoas nunca terem presenciado um jogo ao vivo, estavam lá para apoiar. Foi muito bonito ver a sensação de todos”, pontua o torcedor do Zamora. Embora seu time de coração tenha jogado contra o Atlético Mineiro neste ano, Daniel pôde ver o primeiro confronto entre as equipes em 2014, na ocasião os mineiros venceram por um a zero no estádio Agustín Tovar. “Pude ver o Ronaldinho Gaúcho nesta partida”, disse o venezuelano que deposita esperanças em Soteldo, promessa da seleção e atleta do Santos, e revelado pelo Zamora.

Também há mais de um ano em Belo Horizonte, José Miguel utiliza o futebol como refrigério para lidar com a apreensão oriunda da longa distância da família. Do estado de Lara e torcedor do Deportivo Lara, ele assistiu, antes de Bolívia e Venezuela, ao embate entre o Cruzeiro e sua equipe, em março deste ano, no Mineirão. Por ter acompanhado todos os aspectos que envolveram o jogo, o rapaz de 26 anos ficou comovido com o novo comportamento do Edílson em entrevista coletiva realizada na prévia da partida. Diferente da postura adotada no ano anterior, o lateral demonstrou compaixão ao falar do panorama enfrentado pelos venezuelanos e referiu-se à população venezuelana como coirmã.

“Fiquei emotivo, pois vi muitos venezuelanos, gostei das muitas declarações que o Cruzeiro deu sobre o que significa jogar contra os venezuelanos com toda dificuldade enfrentada.” Mesmo com alívio, por perceber o altruísmo dos brasileiros, o dilema de lidar com as condições que vive em Minas Gerais com os percalços encarados por seus compatriotas, o deixa constrangido.

José Miguel no Mineirão. (Imagem: Arquivo pessoal)

“A realidade é muito feia e estamos tentando agarrar em uma mínima coisa que nos dê esperança. O futebol traz este alento”, reflete o venezuelano.

Na semana em que se comemorou o Dia Mundial dos Refugiados, dia 20 de junho, o jovem sentiu profundo orgulho ao ver a Vinotinto desfilar no Gigante da Pampulha. “Eu vejo o futebol como festa, com um sentimento um momento de encontro. Foi bonito ver a seleção porque eles representam nossa luta. Assim como nós, que estamos em busca de reconhecimento, com toda gana eles buscam exaltar o futebol da Venezuela”.

José Miguel foi obrigado a sair de lá. A história que o levou a abandonar o país à força começa em 2014. Ao ir para as ruas participar de manifestações, ele foi detido pela primeira vez. Tal acontecimento o instigou a amadurecer uma consciência política: “Eu percebi que tinha que me preparar, por toda uma responsabilidade que engloba a participação. Em 2017, eu fiquei preso pela segunda vez e, ao sair, eu já era líder do movimento estudantil do meu estado”.

Em seguida, organizou um ato que foi uma caminhada da diretriz estudantil, composta por 23 coordenadores, que saiu do estado Lara em direção a Caracas, capital da Venezuela. “O evento foi vistoso por todo o risco de repressão que sofríamos por parte do governo. A imprensa nacional e internacional acompanhou de perto nossa agitação”.

A partir desse instante, José começou a ser perseguido, correndo risco de morte. Sofreu até um sequestro, com tortura, pelos defensores do governo, que se organizam de maneira paramilitar. Com todo acossamento, o estudante de psicologia, que teve de abrir mão da graduação no último período, decidiu vir para o Brasil. “Escolhi aqui por três razões: pelo motivo de o povo brasileiro estar muito envolvido com lutas sociais; por querer prosseguir estudando conteúdos relacionados às Ciências Sociais; e por querer aprender outro idioma.”.

A primeira passagem de José pelo Brasil foi durante a Jornada Mundial da Juventude, momento em que o Papa Francisco esteve no Rio de Janeiro, em 2013. Pelas amizades e pela visita a Belo Horizonte naquele período, ele optou por escolher a cidade. Ao cruzar a fronteira, resolveu vir para a capital mineira e foi atendido por uma família de amigos.

Agora, José tenta se estabelecer financeiramente com o intuito de trazer a família. Trabalhando de auxiliar de almoxarifado, o venezuelano busca constituir uma vida com plenitude.

“Fui bem recebido pelos brasileiros, por meus companheiros de trabalho. Na minha cara não chegam a falar, mas já percebi um papo que é como se eu estivesse ocupando a vaga de um brasileiro. Não vivi nenhuma situação de preconceito em Belo Horizonte, mas na fronteira, até cuspe eu recebi.”

O incômodo com o mal-estar velado que existe com os refugiados no Brasil, o deixa em alerta com a aporofobia. “O problema não são com os imigrantes, e sim com o imigrante sem dinheiro. O imigrante pobre é visto como ameaça, e aí surge a discriminação.”, argumenta Miguel.

José Miguel acompanhando o Deportivo Lara no Mineirão. (Imagem: Arquivo pessoal)

No intervalo do período que abrange a disputa da Copa América, uma manifestação foi programada para domingo, 30. Em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e ao ex-juiz e atual Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, simpatizantes ocuparam ruas e espaços públicos por todo o Brasil. Em Belo Horizonte, o local escolhido foi a Praça da Liberdade. Entre os apoiadores do ato estava Miguel Ribeiro Pereira Filho, que atua na área de vendas. Com 20 anos de idade, o moço afirmou que o caso dos venezuelanos é algo específico. “Eu sou contra as políticas de imigração, vide o exemplo da Europa. O Brasil jamais poderia suportar aquilo. O povo deveria ser contra mesmo, fazer disso uma pauta política. Mas no caso dos venezuelanos, eu não tenho nada contra os venezuelanos, até em função da quantidade baixa de cidadãos que vêm para o Brasil”.

Ainda que encontrem camadas da sociedade intolerantes ao processo de migração, os imigrantes conseguem criar conexões com pessoas cidadãs e que compartilham espírito receptivo através do futebol. Uma iniciativa de torcedores cruzeirenses levou ao Mineirão, no dia 08 de junho para o jogo entre Cruzeiro e Corinthians pelo Campeonato Brasileiro, 112 estrangeiros que estão em situação de refúgio, de visto humanitário, solicitação de asilo ou de apátrido.

Christiano Rocco, além de fanático pelo clube mineiro, é conselheiro do Cruzeiro e realiza ações voluntárias ao lado de seu amigo Fábio Militão. Os dois utilizam a paixão pela instituição para promover trabalhos sociais. Entre eles, destacam-se: doações de ingressos para torcedores de baixa renda, o acesso de pessoas com deficiência à Toca da Raposa 2 e campanhas natalinas.

Os imigrantes foram presenteados na partida com camisas com os dizeres "O mundo é azul O mundo é Cruzeiro". (Imagem: Arquivo pessoal)

O grupo organizado por Whatsapp intitulado “Cruzeiro Social” teve conhecimento do curso de extensão promovido pelo Cefet-MG “Especificidades do Ensino de Português como Língua de Acolhimento”: “A Patrícia, amiga nossa e voluntária como professora, veio com a proposta de levar os estudantes das aulas de português para conhecer o estádio em um jogo do Cruzeiro”. Rocco de imediato associou a vontade da instrutora com a história do clube, fundado em 1921, por imigrantes italianos. “Pensei em duas circunstâncias: a cronologia do clube, criado por proletários estrangeiros; e no fato de minha própria mãe ter sido imigrante. Italiana, ela passou a ligação que tinha com o Palestra Itália para a gente. Não por acaso, o Felício Brant, um dos maiores presidentes do Cruzeiro, era primo dela”. Com a ajuda do Cruzeiro, que colaborou com os ingressos e com a organização de uma arrecadação online, os gringos de mais de 27 países viveram um dia de Mineirão, com direito ao tradicional tropeiro, prato típico do estádio, e uma camisa personalizada da campanha.

A situação atual dos venezuelanos no Brasil

O Brasil tem papel de relevância ao debater a questão dos refugiados, porque foi o primeiro país do Cone Sul a concordar com a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951. Tal tratado estabelece o conceito de refúgio, delimita os direitos de quem recebe asilo e quais as competências e responsabilidades do país acolhedor. Diante da fama das políticas internacionais relacionadas aos refugiados, o Estado brasileiro acaba sendo a opção de inúmeras pessoas que tentam recomeçar a vida em outros contextos.

Coordenador do Observatório de Migrações Internacionais de Minas Gerais, OBMinas, e professor da PUC-Minas, Duval Magalhães Fernandes, ressalta que o País é amigável e respeitado em se tratando de direitos dos imigrantes, justamente, por adotar ações que facilitem a inserção do estrangeiro. Para o docente, tal fato pode ser comprovado com o processo de pedido de refúgio. “Chegando à fronteira, você passa e fica irregular, ou vai à Polícia Federal e solicita a demanda de refúgio. Enquanto o processo é analisado, você pode tirar Carteira de Trabalho e CPF e buscar oportunidades durante o tempo em que aguarda o resultado.”

No caso dos venezuelanos, eles ainda podem pedir um visto temporário, que é basicamente a mesma dinâmica da política de livre trânsito do Mercosul. “No Brasil é muito mais tranquilo do que em outros lugares. É muito mais amigável e existe um respeito grande sobre os direitos dos imigrantes.”, declara o doutor em Demografia. Porém, sem a participação e a compreensão da sociedade civil seria impossível realizar um trabalho de acolhimento. Por meio de doação e coletas, organizações não governamentais juntam forças a fim de viabilizar a trajetória dessas pessoas em solo brasileiro. “Se não fosse a sociedade civil, o caso dos imigrantes seria crise humanitária.”, conclui o professor.

Minas Gerais, apesar de não ter leis específicas que favoreçam o imigrante e o refugiado [como é o caso de São Paulo], tem recebido vários venezuelanos. Na mesma década, tanto a cidade quanto a unidade da federação abraçaram estrangeiros provenientes de cenários debilitados como o Haiti e a Síria. Os vizinhos sul-americanos são recebidos pelo projeto “Acolhe Minas”, que é composto pela Arquidiocese de Belo Horizonte, pelo Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, pela ACNUR e por outras instituições. Quando chegam à capital com o respaldo da Força Aérea Brasileira, são encaminhados para a Casa do Migrante, para uma residência jesuíta ou são enviados para uma paróquia na cidade de Montes Claro, interior do estado.

Na Casa do Migrante, os venezuelanos recebem apoio para a regulzarização da documentação. Assistente social do espaço, Rider Daniel, de camisa listrada, auxilia os moradores no processo de adaptação. (Imagem: Arquivo pessoal)

Atualmente, dois domicílios hospedam venezuelanos em Belo Horizonte e propiciam apoio para que eles consigam sustentabilidade financeira para, no futuro, trazer a família para Minas Gerais. No dia 13 de junho, 45 venezuelanos chegaram à cidade. Em fevereiro, houve a primeira demanda: 37 venezuelanos foram trazidos de Boa Vista/RR. Muitos já estão trabalhando e deixaram as habitações da iniciativa.

De acordo com dados da ACNUR, agência da ONU para refugiados, até o fim de 2018, 25,9 milhões de pessoas se encontravam em situação de refugiados em decorrência das ameaças e do estado de vulnerabilidade vivenciado nas respectivas terras natais. No ranking referente aos grupos populacionais deslocados do mundo, um país da América do Sul chama atenção por estar em destaque. Atrás apenas da Síria, com mais de 5,6 milhões fora do território, a Venezuela tem um contingente altíssimo de pessoas vivendo longe de sua pátria.

Segundo informações levantadas por autoridades de imigração e outras fontes e divulgadas em junho pela ACNUR e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) de cerca de 695 mil em 2015, o número passou para mais de 4 milhões de indivíduos em meados de 2019 em condição de migração. O país, que atravessa uma crise política, social e econômica, é o primeiro na quantidade de solicitações de refúgio; em 2018 foram feitos 341,8 mil. Os países latino-americanos estão comportando a maioria dos imigrantes. A Colômbia recebe 1,3 milhão, acompanhada por Peru com 768 mil, Chile com 288 mil e em seguida Brasil com mais de 168 mil venezuelanos.

Os estrangeiros integrantes do Acolhe Minas vibraram com a vitória da Venezuela no Mineirão. (Imagem: Arquivo Acolhe Minas)

Apesar da recente crise política na Venezuela, que acaba por expulsar sua população para vários cantos do Brasil e do continente, a seleção Vinotinto está em franco crescimento nos últimos anos. O progresso teve início na década passada e se dá justamente pelo incentivo do governo ao esporte.

Em 2007, a Venezuela foi sede da Copa América vencida pelo Brasil. Abrigando a competição, o país construiu estádios e chegou às quartas de final. Na edição seguinte do torneio, a seleção foi à semifinal, sendo eliminada pelo Paraguai em uma decisão por pênaltis. Apesar de não ter conseguido a tão sonhada classificação para jogar uma Copa do Mundo, e ter ficado em último lugar nas eliminatórias para a Copa 2018, a Venezuela teve peso na definição das seleções sul-americanas que jogaram o mundial. Precisando apenas de um empate na última rodada, o Paraguai perdeu em casa para a Venezuela e não conseguiu o carimbo para viajar à Rússia. O trabalho segue visando a Copa do Catar em 2022. Espera-se muito da nova geração venezuelana. Não é para menos, a equipe sub-20 por pouco não foi campeã do último campeonato mundial da categoria. Amargou uma derrota por 1 a 0 para a Inglaterra na final, com direito a pênalti desperdiçado.

A empolgação para a Copa América 2019 era nítida nos venezuelanos. Em amistoso realizado em março, a Venezuela venceu a Argentina pelo placar de 3 a 1, na Espanha. A confiança refletiu no desempenho dentro de campo. Não obstante, a Venezuela empatou com as duas seleções que estão na final: 0 a 0 com o Peru na primeira rodada e o mesmo resultado com o Brasil. Apesar de cair para a Argentina nas quartas, 2 a 0 no Maracanã, a Venezuela deu trabalho. Criou oportunidades e maior posse de bola durante a partida, 60%.

Rider e José, e os demais venezuelanos, ficam na esperança de que a Venezuela possa melhorar como um todo. Na esperança por dias melhores, eles tentam agilizar a chegada de seus entes queridos. Dividir a felicidade com a família e seguir a vida com dignidade são os verdadeiros anseios. O amparo para a crença em uma perspectiva de dias melhores pode ser encontrado em um simples gesto de respeito ou no despertar bravio do grito propiciado por um gol, onde o resultado é o que menos importa e toda euforia simboliza união.

Durante a Copa América, Puntero Izquierdo e Ludopédio publicam uma série de reportagens sobre a história e a atualidade da competição.

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