Testing Dojo — O que você precisa saber antes de participar de um

Rafael Amaral
Reunião de Qa Sampa
4 min readJul 26, 2018

Iai pessoal blz? Hoje vamos falar sobre Testing Dojo, o que é? Quem pode participar? Como funciona? Como participar?

Antes de responder a todas essas questões, vamos ver o que é um Dojo:

Dojo ou Dojô (em japonês: 道場, Dōjō, lit. “Local do caminho”) é o local onde se treinam artes marciais japonesas. Muito mais do que uma simples área, o dojô deve ser respeitado como se fosse a casa dos praticantes. Por isso, é comum ver o praticante fazendo uma reverência antes de adentrar, tal como se faz nos lares japoneses.

Então, o Dojo é o local onde vamos para aprimorar e aprender novas técnicas, no nosso caso não são artes maciais, mas técnicas de desenvolvimento e testes de software. Ai vocês me perguntam: Mas como um Dojo, desenvolvimento e teste estão relacionados?

Segundo o site Coding Dojo:

Um Coding Dojo é uma reunião em que vários dev’s se reúnem para trabalhar em um desafio de programação. Eles estão lá para se divertir e se envolver através de Práticas Deliberadas, a fim de melhorar suas skills.

Já segundo o site Testing Dojo:

Um Testing Dojo é uma reunião em que os testadores se reúnem para trabalhar em um desafio de teste. O desafio do teste pode consistir em testar um produto ou gerar ideias de teste para um software específico, ou até mesmo fazer um relatório de erros.

O Testing Dojo surgiu como uma ferramenta para que os testadores possam treinar suas habilidades e aprender novas técnicas e tecnologias. Em geral não é necessário ter conhecimento da tecnologia utilizada, basta estar disposto a aprender e contribuir com as outras pessoas.

Os Testing Dojos acontecem de maneira muito similar ao Coding Dojo e existem diversos eventos e modelos diferentes realizados pelo mundo todo, nesse artigo vou destacar quatro formatos:

Randori

Nesse formato há a participação de todos os presentes, existem os papéis de Facilitador, Piloto, Co-Piloto e Público. É definido um mecanismo para contabilizar o tempo que cada participante terá para dar sua contribuição na resolução do problema, por exemplo, um time box de 5–7 minutos por rodada. O facilitador é responsável por apresentar o desafio e controlar o time box de cada rodada, no começo são escolhidos um piloto e um co-piloto que irão interagir com o público e tentar resolver o problema do zero.

Nesse modelo é recomendado que seja utilizado Baby Steps, ou seja, a ideia é implementar a solução do problema pouco a pouco, para que a cada pequena mudança seja possível obter o feedback sobre aquilo que foi implementado. Com isso espera-se que todos os presentes sigam o que está acontecendo, façam sugestões úteis e que o par que estiver no teclado explique o que eles estão fazendo para que todos possam seguir.

A cada rodada completa o piloto deve retornar ao público, o co-piloto assume com piloto e um membro do público deve assumir como co-piloto, dessa forma espera-se que todos tenham a oportunidade de contribuir na solução. Esse é o formato mais utilizado pelos Dojos, geralmente os problemas são simples e o objetivo não é resolver ou competir mas compartilhar conhecimento, praticar e aprender.

Kata

Nesse formato não há as figuras do piloto e co-piloto, o facilitador deve apresentar uma solução pronta, previamente desenvolvida. A partir daí, os participantes podem tentar reproduzir a solução apresentada e resolver o problema com melhorias e modificações na solução apresentada. Uma outra forma de realizar um Dojo Kata é em formato de Workshop, nesse modelo podem ser incluídas até 6 apresentações (em duplas ou individual) de 10 a 30 minutos seguidos por feedback.

Nesse modelo o objetivo é que os participantes aprendam com as soluções apresentadas e sejam capazes de criticar e sugerir pontos de melhoria e correção nos códigos apresentados.

Wasa

No Dojo Wasa, os participantes são agrupados em duplas e estimulados a resolver os desafios cooperativamente ou competindo entre si. Uma forma de realizar esse dojo é utilizando Test Development Driven TDD, um participante escreve o código de teste e o outro escreve a implementação para que o teste passe.

Kake

O último formato que vamos falar é o Kake. Nesse Dojo a solução para o desafio pode ser desenvolvido simultaneamente em duas ou mais linguagens de programação, por duplas. Uma variação desse formato é ter as duplas sendo trocadas a cada rodada, de forma que haja uma maior interação entre os participantes.

Em geral, não é necessário ter conhecimentos avançados na tecnologia ou ferramentas utilizadas no Dojo, a maioria dos formatos permite que usuários iniciantes ou sem conhecimento consigam contribuir na resolução do desafio. Essa é justamente a proposta do Dojo, permitir que os participantes consigam aprender, diminuindo a curva de aprendizado, dando os primeiros passos em determinado assunto e tenham a motivação necessária para aprofundar os estudos.

Contando com um ambiente respeitoso, prático e colaborativo em que não importa o nível de proficiência do participante no tema, o Dojo proporciona aos seus participantes desenvolver novas habilidades de forma rápida e divertida, sendo utilizado como uma ótima ferramenta de aprendizado para desenvolvedores e testadores.

Se interessou? Está curioso e tem vontade de participar de um Dojo? No QA Sampa Meeting, estamos realizando Testing Dojos com diferentes temas e tecnologias, fiquem ligados no nosso site, veja quando será o próximo e se inscreva! Espero te ver lá!

Se tiver alguma dúvida, sugestão ou viu algum erro no texto, posta ai nos comentários! Vlw!!

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Rafael Amaral
Reunião de Qa Sampa

Soteropolitano, QA, tirado a fotógrafo e corredor, apaixonado por viagens e comida — principalmente viajar para comer :p