Imagem meramente ilustrativa, encontrada aqui.

Dia das Namoradas.

Clara Dantas
QG Feminista
Published in
2 min readJun 11, 2018

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Junho (2018).
Mês dos namorados.
Mês do orgulho LGBT.
Meu primeiro mês de namoro com minha atual namorada.

Na internet, empresas se posicionam, se valendo de um marketing medíocre para aumentar seu alcance nas plataformas, para que o público acredite que aquelas organizações se importam com algo que não seja seu lucro.

No meu celular, mensagens de alguém que não suporta que sua irmã esteja comigo. “Desapareça” foi a última delas.

Na bolha digital, comportamentos assim não são aceitos. A intolerância é sempre rebatida de frente. Eu poderia muito bem ter “lacrado”, feito um texto carregado de academicismos para expressar o quão retrógrado é aquele pensamento.

É fácil apoiar causas nas redes sociais. Levantar bandeiras e dizer que preconceituosos “não passarão”. É muito simples desejar felicidades em uma atualização de status de relacionamento. Mas… E na vida real?

Quem se importa com nossa saúde mental? Com a pressão que tantos sofrem, todos os dias, em casa, na escola, na universidade ou no trabalho? Com a taxa de suicídios, que não para de crescer?

Trabalho. Estudo. Conto com o apoio da minha família. Mas isso não quer dizer que estou isenta de lesbofobia. Meu amor é julgado. Mal visto. Boicotado.

Resisto. Persisto. Em vez de abrir mão de um sentimento puro, autêntico, faço questão de alimentá-lo, nutrindo-o dia após dia, para que cresça cada vez mais saudável e forte.

“Feliz Dia das Namoradas”, eles dizem…
Mas ser feliz é ainda mais árduo pra quem não pode viver como quer.

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