O amor que eu quero

Ranieri Trecha
Qual é o teu signo?
3 min readSep 15, 2016
O amor que eu quero

Oi oi menines, tudo bem?

Tenho os pensamentos mais diversos, em situações bem estranhas. Estava pensando sobre o amor da minha vida enquanto corria na esteira esta manhã. Bem normal. Percebi então que eu sabia muito sobre o que eu não queria mais viver. Afinal de contas, eu sei bem o tipo de amor que eu não quero, mas qual é o amor que eu quero?

Sempre fui o tipo de menino Disney, aquele que acredita em finais felizes, chora com animações e tem a Bela (da Fera) como princesa favorita. Um menino sensível, eu diria. Mas, por mais que tenha esse perfil, não me considero uma pessoa que procura esse amor perfeitinho, com flores, beijo na chuva e declarações ao luar. Muito pelo contrário, o romantismo para mim é mais cotidiano e menos clássico.

Não precisa me buscar no trabalho, não precisa dormir na minha casa toda a noite, não precisa lembrar de quando nos conhecemos. Precisa estar presente quando está comigo. E não precisa estar muito. Não precisa mandar muita mensagem. Não precisa gostar das mesmas coisas, mas tem que saber ceder. Não precisa nem morar na mesma cidade. A distância me faz bem. Tem uma frase clássica da Marilyn Monroe que é: “Quando estou sozinha, me reinvento.” Eu também.

O amor que eu quero é urbano. Vive a cidade. Corre pelas praças. Está no cinema em uma quarta à noite. Em um barzinho em um bairro boemio da cidade. Tem uma ou duas tatuagens. Pode não ter nenhuma. Pode ter o corpo coberto por várias. Este amor entende de si mesmo. Não quer que eu seja uma parte dele, sabe que podemos ser complementares. Ele não é a certeza absoluta.

O amor que eu quero confia em si mesmo. Entende meu humor e minhas cores. Sabe que sentir não faz ninguém desbotar. Que outras pessoas existem e tudo bem, não vamos negar a beleza alheia. Esse amor entende o que é fidelidade. Entende quando está na hora de transformar esse sentimento em algo melhor.

O amor que eu quero sabe a hora de ir embora. Ele não entende de continuações. Ele não reata. Ele vive o que pode ser vivido, da melhor forma possível. Ele entende que tudo tem prazo de validade. O amor que eu quero sempre vai ser amor mesmo que acabe.

Nessa reflexão, tropecei algumas vezes na esteira, aumentei o volume da música que estava tocando nos fones e sorri olhando pela janela da academia. Vi, na rua, diversos possíveis amores da minha vida. Atração física, sabe? O problema é que chega um momento em que beleza não é tudo. Nunca foi. É preciso olhar a pessoa de dentro também, o amor próprio fica lá, ou a falta dele. E se não houver, foge, enquanto há tempo. O amor que eu quero, acima de tudo, ama a si mesmo.

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