#MinasTrip | Belo Horizonte, Belory Hills para os mais íntimos.

Tiago Martins
Qual é o Geras?
Published in
5 min readSep 28, 2018

Belo Horizonte é uma cidade moderna que tem jeito de interior. Fica entre serras, cercada por cidades históricas e cachoeiras, a capital mineira dispõe de um patrimônio arquitetônico valioso que combina construções antigas e os traços de Oscar Niemeyer.

Basta um pouco organização e um mapinha de celular, para pode conhecer os principais pontos turísticos da cidade em pouco tempo. O Mirante das Mangabeiras, Circuito Cultural da Praça da Liberdade e a Lagoa da Pampulha são bons pontos para começar a aventura. Separei um roteiro com as principais belezas de Belo Horizonte.

O QUE FAZER:

DIA 1: Comecei o primeiro dia caminhando na Praça da Liberdade. Infelizmente, estava em reforma :| Mas não desanimei e fui conhecer o Circuito Cultural da Praça da Liberdade, marcado por alguns dos principais museus e espaços culturais de Belo Horizonte, e o melhor de tudo: entrada gratuita em todos. Iniciei o passeio pela Casa FIAT de Cultura, depois fui conhecer o Espaço TIM, o Museu das Minas e do Metal e o Memorial Minas Gerais, que conta a história da terra do ouro. Lá você encontra espaços dedicados a artistas importantes de Minas Gerais: Carlos Drummond de Andrade, Sebastião Salgado, Guimarães Rosa, Milton Nascimento e Lygia Clark.

Por último, fui no CCBB, que fica no mesmo quarteirão e divide a cena com o Edifício Niemeyer e sua arquitetura moderna. É um circuito bem fácil de ser explorado, que pode ser feito todo a pé. Só preste atenção aos horários e dias de funcionamento das atrações para não dar viagem perdida.

Depois de conhecer os centros culturais ao redor da Praça da Liberdade, chegou a hora de forrar o estômago. #PartiuMercadoCentral!

São mais de 450 lojas, com todos os aromas e sabores de Minas Gerais. Não deixe de provar a limonada, o bolinho de feijão e o abacaxi no palito.

DIA 2: De volta ao centro, sigo para o Museu de Artes e Ofícios na Praça Rui Barbosa. Lá você viaja pela história de diversas profissões do Brasil, através de mil peças dos séculos 18 ao 20.

Depois fui conhecer o Central Park mineiro, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, na Avenida Afonso Pena, uma das principais avenidas da cidade e fica apenas 1 km da Praça da Liberdade. Caminhei pelos jardins, vi alguns coletivos ensaiando e pessoas praticando esportes, sem falar no orquidário que existe lá. Logo ao lado tem o Palácio das Artes, que recebe exposições e shows.

No fim da tarde veja o pôr do sol na Praça do Papa, uma das vistas mais bonitas de Belo Horizonte, só não é mais bonito que o do Mirante das Mangabeiras.

DIA 3: Agora é dia de explorar o Complexo Arquitetônico. A pedido de Juscelino Kubitscheck, que na época era prefeito de Beagá, Oscar Niemeyer criou este projeto para ser o bairro mais bonito do país. As construções, que ficam ao redor da lagoa se tornaram ícones da capital mineira e dividem espaços com jardins de Burle Marx. Em 2016 foi declarado patrimônio cultural da humanidade.

Dei inicio pela Igreja de São Francisco de Assis, um dos cartões postais da cidade que une a beleza da pintura de Cândido Portinari com as curvas da arquitetura de Niemeyer. Ali perto também ficam: a Casa Kubitscheck, a Casa do Baile, o Museu de Arte da Pampulha e se tiver tempo sobrando, vá conhecer o Mineirão e o Mineirinho, que ficam nos arredores da Pampulha. Aproveite para passar o pôr do sol na Lagoa.

DIA 4: Tirei esse dia pra fazer um rolê mais leve, já que ia viajar no outro dia. Fui conhecer o Edifício Maletta, um dos points mais alternativos da cidade, repleto de bares, restaurantes e sebos. Fica localizado na rua da Bahia, também no centro da cidade.

Antigamente, no edifício frequentavam escritores, jornalistas, atores, estudantes e intelectuais. Logo depois ganhou evidência e se tornou uma zona boêmia, e mais tarde patrimônio cultural de Belo Horizonte.

E o último ponto dessa trip, foi o lugar especial mais especial pra mim. Fiquei sabendo horas antes de ir e não tive nenhuma expectativa. Ele se chama Mirante do Mangabeiras. Do alto, os visitantes descobrem como a cidade de Belo Horizonte é abraçada pela Serra do Curral. O mirante é ainda mais bonito ao pôr do sol, que acontece atrás do amontoado de prédios que marca a capital mineira e dá sentido ao nome da cidade.

ONDE FICAR: Me hospedei em um hostel chamado “Lá em Casa”, a diário mais o café da manhã saiu por 42 reais. Fica localizado no bairro de Santa Tereza, uma região cheia de botecos e atmosfera boêmia. Também fica a poucos minutos do centro de busão.

O QUE COMER: Bem, comida não é problema em Beagá. Você vai encontrar muitas promoções de pão de queijo e pasteis pelas ruas, que custam menos que R$ 10. Sem contar no macarrão na chapa e o feijão tropeiro deles, que ficam na faixa dos R$ 10. Ê trem bão!

LOCOMOÇÃO: As linhas de ônibus são bem rápidas e não custam tanto. Sem falar que tem metrô também. Maior parte do meu percurso foi feito a pé, inclusive de Santa Tereza para o centro e vice-versa. Já para Pampulha, precisei ir de ônibus, porque é um pouco mais esticado.

BÔNUS: Dia de domingo tem uma Feira Hippie na Avenida Afonso Pena! Mas só tem uma coisa: não tem hippies hahaha É a maior feira de bairro da cidade, onde você encontra várias barracas, rodas de samba, artistas de rua e comida.

Beagá é uma cidade que guardo no coração. Repleta de pessoas hospitaleiras e gentis, com um sotaque gostoso e um jeitão de interior. Espero voltar um dia.

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