Seis meses
Para Marília Varela
Seis meses, 1/2 ano, 1 semestre, 180 dias, 2 trimestres. O que pode dizer a matemática sobre nós?
Tudo é número e razão, diziam os pitagóricos, mas nem todas as filosofias aliadas a todas as matemáticas seriam capazes de explicar a serendipidade de eu ter encontrado você (e vice-versa).
Num instante, não há nada. Em outro, lá está você. Sem verbo, sem fiat lux, sem fiat luv.
Do nada fez-se o caos.
Bem vindo, esperado e desejado caos. O caos que deu sentido à minha vida de um modo que nem a geometria fractal sabe explicar.
Seis meses que estamos juntos. Não dividindo uma vida, e sim somando duas (quatro, pode me corrigir); não subtraindo problemas, e sim multiplicando possibilidades.
Para mim, foi 1/2 século de espera, 10 lustros, 5 decênios, 150 quadrimestres. Mas que se danem os numerais coletivos. Meu coletivo é eu e você.
Há seis meses.
E por todos os seis meses que se seguirão a esses primeiros seis meses.
Porque te amo.
E, hoje, nenhum numeral é maior do que dois.
Eu. Você.