Seis meses

R Solino
Quase Poesia
Published in
1 min readSep 20, 2017

Para Marília Varela

Seis meses, 1/2 ano, 1 semestre, 180 dias, 2 trimestres. O que pode dizer a matemática sobre nós?

Tudo é número e razão, diziam os pitagóricos, mas nem todas as filosofias aliadas a todas as matemáticas seriam capazes de explicar a serendipidade de eu ter encontrado você (e vice-versa).

Num instante, não há nada. Em outro, lá está você. Sem verbo, sem fiat lux, sem fiat luv.

Do nada fez-se o caos.

Bem vindo, esperado e desejado caos. O caos que deu sentido à minha vida de um modo que nem a geometria fractal sabe explicar.

Seis meses que estamos juntos. Não dividindo uma vida, e sim somando duas (quatro, pode me corrigir); não subtraindo problemas, e sim multiplicando possibilidades.

Para mim, foi 1/2 século de espera, 10 lustros, 5 decênios, 150 quadrimestres. Mas que se danem os numerais coletivos. Meu coletivo é eu e você.

Há seis meses.

E por todos os seis meses que se seguirão a esses primeiros seis meses.

Porque te amo.

E, hoje, nenhum numeral é maior do que dois.

Eu. Você.

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