Sem cigarro e sem você

R Solino
Quase Poesia
Published in
1 min readJun 2, 2017
Imagem do autor. Licença CC BY-NC-ND

Chega a noite, o dia fica frio
eu preciso sair
Tou sem você, tou sem cigarros,
não consigo dormir
Tento aceitar sua falta
É tão difícil porque

Eu não entendo você
Me deixa cheio de dedos
Morto de medo

Nas ruas, incomodo quem circula
com o meu jeito de olhar
Quero o refúgio dos bares
Pra poder me acalmar
O álcool irrita a garganta
E eu me irrito porque

Eu não me entendo e você
Você me põe mais confuso
Em parafuso

Finda a noite, lágrimas e vômito
Não tenho onde ir
Meu mundo torto
sem cigarros, sem você, sem dormir
Não faz sentido nenhum
E é impossível não ver

Você não me entende porque
A gente é tão diferente
Me sinto doente

Os refrões dessa música foram compostos no verão de 1987. Abandonei o projeto ao perceber a semelhança com Sweet begônia (Engenheiros do Hawaii), que eu não conhecia na época. Retomei o projeto e o resto foi concluído no verão de 2004. Ofereci a letra a João Saraiva, do Jane Fonda, mas nunca recebi uma resposta.

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R Solino
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