Cuidado com as bocas que você beija neste Carnaval
Você pode pegar mononucleose, herpes e até se apaixonar
Nós não estamos aqui para julgar se tem gente que beija várias bocas no Carnaval ou gente que beija zero e porque essa festa no Brasil também tem esse significado.
O moço que esbarrou na mão dela enquanto negociava o 3 por 10 e gentilmente deixou que ficasse com a cerveja latão mais gelada. O olhar dos dois que só se aproximou tanto porque um passava glitter no outro e deu até para sentir a respiração.
Lá em São Paulo, a bonita que arrebentou a tira de uma das Havaianas e o cara ajudou ela a pular poça de mijo em plena Praça da República. No Rio, você achava que não dava por causa do calor e não é que o danado carregava um ventilador portátil e te emprestou.
Em Ouro Preto, a moça abriu uma exceção e deixou que você usasse o banheiro da república dela, que até então era só para hóspedes. E em Salvador, a tristeza que rolou quando perceberam que vestiam abadás de cores diferentes. Melhor não perder tempo.
E lá para os lados de Pernambuco. Eita, Olinda. Esse aí que compartilhou sarjeta quando você já não sabia se o bloco virou a esquina direita ou esquerda lá no Quatro Cantos. Deu match.
Eu sei lá quais as suas técnicas para flertar no Carnaval. Ou se você prefere ficar bem longe de tudo isso. Mas é verdade, tem uma cacetada de gente que faz aniversário em novembro e dizem que a superpopulação de escorpianos brasileiros ‘é tudo culpa do Carnaval’.
É verdade também que a incidência de HIV e Sífilis cresceu nos últimos anos entre os jovens, pasme: de acordo com o G1, nos últimos 10 anos , o índice de contágio de HIV mais que dobrou entre jovens de 15 a 19 anos.
Use camisinha. Proteja-se. Cuidado com o celular.
Alerta total também às bocas que você beija, elas também podem transmitir mononucleose, herpes e um outro probleminha cuja taxa de incidência maior, de acordo com o DataFantasia, têm o vetor principal composto por três palavras:
Passa seu WhatsApp?
Segue o baile. Vem de zap, bebê. Você caiu no gemidão do Carnaval.
Passa o WhatsApp sim, amore. Quem sabe você não encontra a sereia ou o barba glitter do beijo macio no bloco de amanhã ou no próximo Carnaval, daqui a um ano, sei lá.
Quem sabe é ele, aquele que foi só uma bitoca dentre as aleatórias. Mas vai entender porque vocês continuaram se escrevendo mesmo depois da ~folia~.
Olha ele aí, o pai das gêmeas, o avô dos seus netos. Ou. Olha ele aí, dois anos depois você o apelidou de ‘senhor cilada’. Sua ex-unicórnia, fez com que a obra inteira do Los Hermanos fosse a única trilha sonora possível para se lembrar do Carnaval de 2017. Sua fada urbana da coroa de flores, o que seria desse encontro não fosse o alto da Ladeira da Misericórdia em que vocês se cruzaram.
Só não pense demais. Deu vontade, beija. Respeita as minas. Evite visualizar e não responder, se você quer ir para frente nisso.
Cala a boca e beija logo.
É Carnaval. Você pode beijar quem quiser, contanto que a pessoa também queira. Vocês podem se encontrar depois, ou nunca mais. Pode ser um futuro gigante, pode ser uma dor de cabeça, pode ser só um beijo mesmo. Pensa nisso depois. É Carnaval.