O sucesso da PHC não está no produto. Está nas pessoas.

Fábio Santos
Quero Emprego
Published in
6 min readFeb 26, 2018

Quando a procura do produto é maior que a oferta e a empresa é obrigada a crescer. Quando uma nova startup recebe a primeira ronda de investimento se prepara para se tornar no próximo unicórnio. Quando uma empresa estabelecida decide criar um novo produto e expandir para outro mercado, todos os meses novos colegas se juntam à equipa e iniciam as suas jornadas. É normal a gestão focar-se na entrega e no volume de negócios e, como consequência, negligenciar as equipas responsáveis pelo mesmo.

Cerca de dois terços das empresas em crescimento acabam por diminuir de tamanho, sair do mercado, ou por ser vendidas. Porquê? Porque falharam em chegar a um ponto muito importante na maturidade de qualquer empresa ou projeto. Auto-sustentabilidade.

© Catarina Pires / Clementine Things

Gerir os recursos humanos de uma empresa pequena nao é difícil — principalmente porque não há muitos recursos para gerir. Gerir os recursos humanos de uma empresa com mais de 180 empregados é um desafio bem maior. A assistente sub-contratada para tratar dos recursos humanos não vai ser suficiente para dar conta de todos os recados.

Numa empresa pequena, cria-se organicamente um sentido forte de propósito, liderança e uma equipa motivada. Não há hierarquias, nem mais líderes para além dos fundadores. Mas quando a organização começa a crescer — primeiro para 10 pessoas, depois além de 20 e 30 — desenvolver e continuar este sentimento de comunidade torna-se simplesmente mais difícil.
À medida que as pessoas se afastam da liderança, é difícil ambos expressarem as suas ideias e serem ouvidos.

A rota mais normal para estes desafios é tentar impor alguma estrutura e controlar os recursos através de uma hierarquia maior. No entanto, a perda de autonomia e flexibilidade, de que os membros gostavam no início, torna-se difíceis de manter. Criatividade e inovação tornam-se difíceis de nutrir e em pouco tempo a orgazinação começa a tornar-se em apenas mais uma corporação.

© Catarina Pires / Clementine Things

A PHC Software está no mercado há quase 30 anos e para eles, o processo de crescimento nunca foi uma corrida de velocidade — é uma maratona. No mercado Português desde 1989, iniciaram atividade com apenas 3 pessoas — os fundadores, enquanto estudantes. Hoje, têm cerca de 180 membros em 5 geografias diferentes (Lisboa, Porto, Madrid, Luanda, Maputo e Lima). A estes juntam-se mais de 400 colaboradores e milhares de clientes.
O ano passado tiveram uma faturação na ordem dos 10 milhões e, ao contrário do que possamos pensar, consideram-se tudo menos uma corporação.

Segundo Luís Antunes, diretor dos recursos humanos na PHC, as mudanças na empresa a nível de métodos e cultura davam uma enciclopédia.
Nos últimos tempos reorganizaram-se por cada unidade de negócio para refletir o crescimento da empresa e ajudar a dar seguimento à visão da empresa. Para ajudar em decisões deste género, utilizam os seus próprios produtos. Estão constantemente atentos a perturbações nas equipas que são responsáveis pelo sucesso da empresa.

Quando questionados, é difícil identificar uma alteração na organização da empresa com um impacto negativo. Não por não terem existido, mas porque as mudanças são pensadas já tendo em conta o que pode correr mal e por estarem atentos aos indicadores (o software, mais uma vez, ajuda). Isto permite fazer correções rapidamente, seja mudar o rumo ou corrigir pequenos detalhes.

Como fazem isto? Segundo o Luís, um dos métodos passa apenas por perguntar algo tão simples como um “How are you today?” (Como estás hoje?). Duas vezes por mês todos os PHCs são recebidos com um “How are you today?” com cinco opções possíveis para cada nível de felicidade. Isto permite-os atuar rapidamente, de forma cirúrgica, e garantir que cada colega se encontra satisfeito.

Podemos pensar no momento em que esta brilhante ideia apareceu e imaginar um cenário diferente. O cenário de uma empresa focada em resultados e não em pessoas, onde a funcionalidade não justificava os custos, e nunca chegava a ver a luz do dia. Mas não foi o que aconteceu, e a média de antiguidade de sete anos da empresa mostra os resultados.

© Catarina Pires / Clementine Things

Como estás hoje?

Há na PHC uma matriz cultural assente em 6 valores com a designação PHC DNA: Confiança, Audácia, Paixão pelo Cliente, Inovação, Coesão e Excelência na Execução.
Valores que, segundo o Luís, não são apenas linhas no papel — há iniciativas pensadas estrategicamente para desenvolver este espírito de identificação. Torneio de matraquilhos, dia da praia, team buildings… todas estas ações interligam-se à cultura da empresa e são pensadas para reforçar a identificação com valores específicos. Isto tudo sempre num ambiente descontraído e profissional.

A cultura é ainda cultivada através de eventos anuais para a empresa e colaboradores, comerações de dias especiais como casamentos, eventos de mindfulness, o Fun at Speed (duas a três vezes por mês), que envolve desde workshops a dias de praia no escritório e piqueniques… Tudo isto parece bom demais para ser verdade, mas decididamente, a iniciativa mais interessante da PHC está em oferecer a tarde livre de sexta-feira a cada duas semanas, durante o horário de Verão. Quem não gostava de ter mais tempo para aproveitar os dias de praia?

Nenhuma empresa cresce sem dar condições às pessoas para estarem no seu melhor.

O espírito de equipa e entreajuda, difícil de manter em empresas grandes, ainda se mantêm relativamente presente na cultura da PHC, fortalecido com a ajuda de software específico. Uma mãozinha PHC — o nome dado à funcionalidade — permite pedir, assim como o nome dá a entender, uma mãozinha para qualquer assunto. Pedir uns comprimidos para a constipação, livros, ou até mesmo ajuda no fim-de-semana a mudar de casa é algo que já aconteceu graças a esta ferramenta.

A nível pessoal, sempre houve também preocupação com a qualidade de vida dos seus colaboradores. Em Portugal é das poucas empresas da área a não trabalhar com outsourcing (os nossos amigos de IT devem gostar) ou trabalho temporário. Oferece seguro de saúde privado, mas vai mais além e oferece ainda assistência médica domiciliária gratuita. E para além de outros benefícios, oferecem ainda o dia de aniversário, para que os seus membros não tenham de passar o seu dia de anos num escritório, a trabalhar!

Sair mais tarde e fazer horas extras, segundo o Luís, nem é bem visto na PHC. E quando acontece, a culpa está numa equipa com poucos trabalhadores. Algo que aconteceu anteriormente com a equipa de Recursos Humanos, após identificarem (através do seu software) que a equipa estava a trabalhar mais horas do que o normal.

© Catarina Pires / Clementine Things

É visível no exemplo da PHC que uma empresa alcança sucesso como consequência do sucesso individual e colaborativo de cada um dos seus membros. Os recursos humanos da empresa têm-se mostrado determinantes nos momentos de expansão, garantindo sempre que a cultura de cooperação e de inovação se mantém.
Durante quase 30 anos esta organização procurou nutrir e incentivar a sua cultura de trabalho, porque a liderança percebeu cedo que o mais importante que uma empresa tem são as pessoas que a constituem, e não o produto.

A PHC nunca deu prejuízo nos seus 28 anos de existência.

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