A herança de Carolina

Quero Educação
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5 min readAug 25, 2020
Carolina Campos é a atual Head de Mídias Sociais e Referral Marketing da Quero Educação

Carolina Campos tem 35 anos, é formada em Arquitetura e Urbanismo na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), possui MBA em Gestão de Projetos pela FGV e iniciou a sua trajetória na Quero Educação em junho de 2015.

A história de Carolina com a educação teve início quando ela ainda era só uma criança. Nascida em uma família tradicional mineira repleta de professoras, em Vespasiano (MG), havia herdado o amor pela educação da mãe. Dona de uma determinação gigantesca, a mãe de Carolina havia se formado em Comunicação Social e chegou até mesmo a conseguir um emprego numa das maiores emissoras televisivas do Brasil, a Globo. O tradicionalismo da família, no entanto, a impediu de seguir na profissão.

Desde então, a mãe seguiu determinada a batalhar para oferecer a Carolina e ao irmão as melhores oportunidades de educação. O sonho dela? Que os filhos quebrassem o paradigma de “professores” imposto à família e alçassem voos maiores.

Deu certo. Após anos de dedicação aos estudos, tendo feito o Ensino Médio em escola particular mediante o sacrifício de sua matriarca e estudado sozinha durante seis meses, Carolina foi aprovada em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG e em Design Gráfico pela UEMG.

Desde pequena, sempre gostei muito de desenhar e brincar com o espaço: minhas brincadeiras de casinha e boneca se resumiam simplesmente a montar o espaço.
Quando comecei a pensar em faculdade, a minha única conclusão era que queria trabalhar com gente feliz. Eu via no arquiteto um profissional que projetava locais e espaços e isso já me encantava. E foi isso que me levou a escolher arquitetura: essa visão de que, quando a pessoa te procura para um projeto, ela está visualizando algo que vai trazer felicidade pra ela.

Ela, que chegou a exercer a profissão de Arquiteta em Belo Horizonte e atuou em um pequeno escritório durante anos desenvolvendo projetos arquitetônicos para construtores, sentia uma dada inquietação pela rotina comum e sem novidade que levava. Afinal, embora houvesse concluído com sucesso os seus estudos, ela imaginava que a profissão reservaria sonhos maiores para ela.

Carolina tinha muita vontade de crescer na carreira e de transformar os projetos vazios em que trabalhava na realização de sonho de outras pessoas. Por este motivo, chegou até mesmo a criar uma rede social para o escritório no qual atuava e ouviu de seu antigo chefe que ele não queria que ela fizesse nada de novo e que gostaria que o seu escritório continuasse do tamanho que estava, pois ele já tinha alcançado a sua realização profissional.

Foi no ano de 2015 que surgiu a oportunidade de mudar tudo. O marido de Carolina havia conseguido um emprego na cidade de São José dos Campos e, após meses, ela e os filhos (Arthur e Laura) acabaram por se mudar também. Foi também o período em que Carolina realizou o seu curso de pós-graduação e conheceu e se apaixonou pelo propósito da Quero.

O verdadeiro propósito da Quero me lembrou de que, no passado, eu nem cogitava a possibilidade de fazer uma faculdade particular e que, se eu não tivesse passado na federal, teria que abandonar temporariamente os planos de faculdade. Achei que divulgar aquela oportunidade e informação era a coisa mais necessária e maravilhosa do mundo.

O início de Carolina foi marcado por uma decisão importante: ela finalmente havia concordado que o melhor para si e para a realização profissional que tanto buscava, era a transição de carreira. Passou, então, a integrar o time de Marketing da Quero Educação e assumiu o posto de “faz-tudo”. Isto porque, como o time era composto por uma pessoa só, a sua responsabilidade era fazer um pouco de tudo: assessoria de imprensa, produção de conteúdo para blog, além de gerenciar as mídias sociais, campanhas institucionais e ações de trade marketing.

O nosso time de marketing orgânico e conteúdo se resumia a um freelancer que publicava um texto por mês em nosso blog. Então, quase todas as coisas que o Quero Bolsa tem hoje, no sentido de iniciativas de construção de relevância, marca e conteúdo acabaram, em algum momento, passando por mim. Existia um Facebook, alguns vídeos no YouTube, mas as coisas, no geral, estavam bem desestruturadas. Eu cheguei para amarrar tudo isso e essa foi a minha escola, onde aprendi tudo o que sei hoje sobre marketing. Eu realmente comecei uma nova carreira, do zero.

Dentre as suas maiores realizações na Quero, Carolina não deixa de citar cada um dos projetos pelos quais foi responsável, mas fala com carinho sobre o tempo em que tomou para si o canal do Youtube do Quero Bolsa e com uma equipe bastante competente criou conteúdo audiovisual de qualidade, recorrência e conseguiu ajudar milhares de estudantes em todo o Brasil.

A minha trajetória na produção de conteúdo em vídeo é algo pelo qual tenho um carinho especial. Posso dizer que essa experiência realmente mudou a minha vida. O conteúdo que produzíamos aqui dentro, em nosso estúdio improvisado, por exemplo, me permitiu aprender não apenas sobre produção audiovisual e conteúdo, mas também sobre mim, ajudando a enfrentar alguns medos que me bloqueavam: a timidez e dificuldade de falar em público.

Ela, que já se sentiu extremamente frustrada com sua carreira, hoje enxerga o quanto é relevante para a empresa, equipe e família, e aprendeu a abraçar cada uma das suas dores e desafios de forma humana e empática.

Eu acho que antes dessa jornada na Quero, eu não conseguia enxergar com clareza a Carol profissional. Na Quero, eu pude experimentar como as coisas mudavam rápido e precisei me reinventar tantas vezes e refletir tanto nesse caminho que hoje vejo que consegui encontrar um equilíbrio entre as várias “Caróis” sem perda para nenhuma delas: a Carol mãe, a Carol que gosta de cuidar da casa, do jardim e da família, mas que também dança e, além disso tudo, ainda tem uma carreira em ascensão e trabalha com o que gosta.

E o amor pela educação? Ele está lá. Em cada uma das ações de Carolina dentro da Quero Educação, mas também no olhar desta para cada um dos estudantes. Ela se emociona ao lembrar a história real de pessoas que a fizeram, definitivamente, entender o seu papel no mundo.

A história de Carolina é inspiradora e mostra não só o quanto a família é importante para o processo de criar raízes, mas também o quanto é livre ao ser humano se reinventar e que está tudo bem mudar a rota de vez em quando.

Eu mudei de casa, de estado, de profissão, me divorciei, tive que lidar com uma nova realidade e, de certa forma, criar uma nova família… Foram muitas mudanças em apenas cinco anos. Eu praticamente comecei do 0 depois dos 30.
Os meus maiores ganhos, sem dúvidas, foram a superação e o empoderamento: eu consegui realmente enxergar o quão forte eu sou e hoje vejo claramente onde quero (e posso) chegar.

E você, gostaria de fazer parte da empresa que tanto mudou a perspectiva de Carolina sobre o mundo? Estamos com vagas abertas!

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