Não é só sobre vencer, é sobre Victória

Quero Educação
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3 min readOct 23, 2019

O meu nome é Victória Peneluppi e tenho 29 anos. Em uma viagem de Ano Novo, reparei um nódulo na minha mama. Na volta dessa viagem tive uma consulta e, na mesma semana da consulta, comecei a trabalhar na Quero. Meu primeiro dia aqui foi 3 de Janeiro de 2018. Infelizmente, minha primeira passagem na Quero foi rápida, pois dois meses depois fui diagnosticada com Carcinoma Ductal Invasivo grau 3 - um subtipo de câncer de mama muito agressivo.

A primeira grande mudança desse processo foi voltar a morar com meus pais, afinal seria impossível passar por tudo sem eles. Foram os 11 meses mais intensos da minha vida! 16 sessões de quimioterapia, 2 cirurgias, 28 sessões de radioterapia e uma aparência irreconhecível. Eu chorei. Chorei muito. Tive medo e perdi muitas noites de sono imaginando não viver essa vida.

Por outro lado, quem tem câncer convive todos os dias com o lembrete de que a vida não é eterna. Mas, por incrível que pareça, isso me fez voltar a sonhar, realizar, abraçar mais as pessoas e dizer o quanto as amo. A gente se esquece disso no dia a dia, né?!

Luz no fim do câncer

O câncer me curou de muita coisa, como a tristeza e a solidão que eu sentia sem motivo algum. A frase ‘dar valor às coisas simples’ deixou de ser mais um na lista dos clichês. Hoje eu sou outra mulher. Me reaproximei da minha família, tenho minha saúde mental como prioridade e tenho muito mais energia para agir em busca dos meus objetivos.

Durante o processo, criei um canal no Youtube para ajudar outras mulheres com câncer a passarem pelo tratamento. Não tenho tanto conhecimento técnico, então ajudo com outra parte muito importante que é a autoaceitação. Eu provo que existe uma ‘luz no fim do câncer’ e que isso pode torná-las ainda mais fortes. Afinal, poucas batalhas são tão difíceis nesse plano.

Para as mulheres fisicamente saudáveis, o recado é o mesmo: empodere-se na sua própria essência! Se ame e se cuide! Se amar também é fazer o autoexame. Quanto antes o câncer for diagnosticado, mais chances de cura ele têm. Ninguém conhece tanto seu corpo como você mesma e você merece esse carinho.

Por fim, obrigada, Quero Educação! Desde que eu voltei, vocês têm sido impecáveis em me apoiar. Tenho tido experiências únicas, chances enormes e minhas asas estão abertas - e ansiosas - para voar aqui.

Não foi fácil enfrentar um câncer aos 27 anos, como não seria aos 40, 50 ou 60, mas pra mim, ele não foi o fim. A minha história teve um final feliz e ainda me apresentou o começo de uma nova Victoria.

Victória Peneluppi @ Guia de Pós-Vendas

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