Tendências e experiências inovadoras na Educação Infantil
Inovar é uma palavra mais que cotidiana hoje em dia. Vivemos e nos alimentamos das novidades que chegam constantemente até nós. Celulares, jogos, redes sociais, notícias instantâneas. Mas muitas vezes na educação as inovações demoram a chegar. O tema do Educação na Veia dessa semana são as tendências e experiências inovadoras na educação infantil. Recebemos no estúdio as professoras Fátima Mendes e Lucilene Santana, o artista Xico Abreu e a influenciadora digital Natália Ferrer. Todos juntos em um bate-papo surpreendente sobre o tema.
Educar é uma tarefa conjunta, que une a base familiar ao processo desenvolvido dentro das escolas. O incentivo às atividades presenciais e às brincadeiras, que promovem o convívio com familiares e amigos, são a partida para uma mudança na educação infantil atual. O que era natural no passado, é hoje algo a ser repensado e promovido dentro da escola. A professora Lucilene Santana ressalta o projeto implementado na escola em que trabalha, no Pará, e fala do resultado positivo que a pedagogia de projetos trouxe para famílias e crianças.
“Foi um grande resgate que a gente fez de trazer o lúdico e as brincadeiras de maneira significativa para motivar as crianças. Quando a gente sensibiliza e estimula o interesse da criança, ela está aberta à aprendizagem”. Ressalta Lucilene.
Como a tecnologia está sempre presente, ela explica a necessidade de resgatar esse convívio dos pequenos com os familiares e, até mesmo, com colegas de classe. É essencial promover o interesse das crianças através do incentivo das inteligências múltiplas, trabalhando o potencial cênico, o estímulo da dança, do envolvimento com o corpo e suas interações.
Pelo mesmo caminho vai Natalia Ferrer, criadora da página Rio com Crianças, que busca aproveitar ao máximo todas as fases da filha, estando presente continuamente nas atividades de lazer e pedagógicas. É necessário estabelecer também um equilíbrio na relação da criança com a tecnologia e com o mundo externo. Para Natália, poder brincar, contar histórias e estimular o convívio da pequena com outras crianças desenvolve a capacidade dela de lidar com o mundo.
“Você tem que dar atenção, tem que desenvolver o lúdico, não depender só da escola para isso. Acho que a escola tem o papel de educar e ensinar, mas dentro de casa você tem que fazer sua parte”. Aponta Natália.
Todo ser humano precisa se desenvolver em múltiplos aspectos e o cuidado com a criança e a infância são fundamentais do desenvolvimento corporal ao mental. Xico Abreu, artista e pai, fala com orgulho de como uma criança é capaz de estimular adultos e dar vida a qualquer ambiente. Ele diz que por causa do filho desenvolveu seu novo projeto, ligado à criação de músicas infantis.
“A criança está disposta para a brincadeira o tempo todo. Meu filho inspirou meu trabalho. Vamos abrir mão do recreador e vamos nos divertir com elas, deixar elas nos preencherem”- aconselha Xico.
Fátima Mendes, professora da educação infantil há mais 24 anos, ainda conclui, colocando um ponto a se pensar, que levar o modelo prático de educação infantil para o segundo, terceiro e quarto ano melhoraria muito a educação no todo.
De um modo geral e surpreendentemente, resgatar a convivência humana e incentivar desde criança a interatividade entre os seres, e não só com a tecnologia, é o que temos hoje de maior inovação. Ao mesmo tempo que evoluímos, esquecemos de um conceito básico: se relacionar é preciso. Logo, não podemos nunca esquecer de incentivar nossas crianças a se manifestarem das formas mais simples e espontâneas. Fica aí uma frase para reflexão: brincadeira é coisa séria.
Assista o episódio completo no Futura Play.
Educação na Veia é o primeiro programa de auditório sobre educação do mundo e é exibido às quintas-feiras, às 23h, no Canal Futura.
