Adentrando nos horizontes da história com a ONHB

Raissa Oliveira
Raissa Azevedo
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2 min readFeb 11, 2019

A possibilidade de analisar história em uma experiência surpreendente e inovadora para a educação brasileira.

A Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB) é voltada para jovens do ensino fundamental e médio, estudantes desde o oitavo até o terceiro ano. Sua organização se dá pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e nesse ano ira para a sua décima primeira edição. Todo ano centenas de jovens vão à Campinas para realizar a última fase da olimpíada, — a fase presencial — na qual os estudantes tem que compor dois textos sobre temas atuais e distintos, ligados a questões sociais relevantes.

Desde seu modelo de prova exclusivo — a maior parte das fases é online, com questões teóricas e uma tarefa diferente a cada semana — até o padrão das equipes, as quais são compostas por três alunos mais um professor orientador, a olimpíada se destaca entre as outras olimpíadas acadêmicas convencionais que ocorrem no país. Destaca-se tanto a ponto de ter se tornado uma das mais importantes olimpíadas organizadas pela UNICAMP, que é atualmente a terceira maior universidade do Brasil, de acordo com o Ranking Web of Universities, realizado pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC).

A Olimpíada traz uma visão abrangente sobre diversos temas que permeiam a história brasileira. Ela trata exclusivamente a respeito da historia do Brasil, abordando desde os indígenas, passando pela sociedade colonial, imperial até a república e a sociedade atual, trazendo sempre vieses mais amplos, complexos e muitas vezes, pouco abordados, especialmente pelo senso comum. Logo, o foco da olimpíada é justamente o de fugir do senso comum e aflorar o senso crítico em estudantes de colégios nas mais distintas realidades.

Também pelo seu modelo de suas equipes, a Olimpíada permite uma experiência única de trabalho acadêmico em grupo, de uma forma que dificilmente os alunos poderiam vivenciar ainda no contexto escolar. Por permitir também que o professor participe como um membro efetivo da equipe, a Olimpíada possibilita uma melhor relação professor — aluno, o que permite um maior compartilhamento de saberes, além de uma melhora no método de ensino.

Logo, devido ao seu caráter inclusivo e excepcional, essa Olimpíada apresenta-se como uma oportunidade única para alunos interessados por história e mesmo para aqueles que ainda não possuem a paixão pela matéria, mas que certamente demonstrem interesse em algo novo. Pois, com o seu modelo inovador e todo o zelo em sua organização, ela representa uma experiência única que se faz essencial para a melhoria da educação brasileira. Afinal, é justamente a partir de modelos novos e interessantes aos estudantes que a educação brasileira pode melhorar efetivamente.

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Raissa Oliveira
Raissa Azevedo

Feminista. Apaixonada pelo universo, por músicas e por doces. Acredita que (quase) tudo pode ser relativo. Escrevendo para aliviar e alimentar a alma.