A mentalidade do taxista médio
Se a farinha é pouca…
Peguei um taxi nesse fim de semana. Usei um aplicativo para chamar e paguei pelo mesmo aplicativo. Legal a tecnologia, né? Bom que o taxista não fica andando com dinheiro para cima e para baixo, menos risco de assalto e tal. Mas uma coisa a tecnologia não cura. A mentalidade limitada e corporativista do taxista médio. Tudo sempre deve ser para lhe ajudar e nada para o desafiar. Bandeira 2 durante o mês de dezembro todo para que eles tenham algo como 13º salário, pontos de táxi em rodoviárias e aeroportos e a lista só aumenta.
Provavelmente os mesmos que não gostam de aplicativos que podem lhe trazer uma concorrência. Se a farinha é pouca, meu pirão primeiro. Sou contra o Uber porque eu tenho que me mexer e evoluir mas gosto dos outros aplicativos que me ajudam e facilitam a ferrar quem antes me ferrava.
“Levei umas multas por furar o limite de velocidade de 40km/h em algumas ruas. Acho que taxista é diferente do motorista comum. A gente anda 200 km enquanto os outros andam apenas 5km até o trabalho e voltam. Como a gente anda muito mais, deveria ter um outro parâmetro para multa e não ter pontos. Por que do jeito como está é tipo impedir um médico ou um advogado de exercer o trabalho.”
Sério, ele falou isso. Me diz como que a gente consegue mudar isso? Uma mudança cultural como essa não é fácil. Nem vou falar da comparação com médico e advogado. Se ele não entende que é um profissional e deve cometer ainda menos erros/infrações que o motorista comum que não é um profissional naquela função, as coisas ficarão cada vez mais difíceis. Porque, se pararmos para pensar, o maior problema na real é o mesmo de sempre: A mentalidade limitada e corporativista do taxista médio.