ilustração de Brunna Mancuso.

UX: a tendência é passar despercebido.

Você só nota a importância do UX quando ele é ruim.

Rayssa Araújo
Published in
4 min readMar 16, 2017

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Está em alta falar sobre experiência do usuário e sobre os profissionais que são responsáveis por esse título. Por isso, lendo alguns textos, resolvi compilar e comentar algumas características da importância de ter um profissional que faça com que as pessoas não notem outra coisa a não ser o valor do seu produto.

👉 UX não é uma parte do processo, ela tá em tudo.

A experiência do usuário deve estar em todo o processo e não somente na fase inicial do projeto! É ela que vai fazer com que tudo esteja alinhado e devidamente contextualizado desde as pesquisas iniciais até a interface e usabilidade. Ela atinge o indivíduo antes, durante e após a realização da tarefa e está ligada às respostas emocionais do usuário com a tarefa e/ou método usado.

👉 Usem e abusem daquele-que-não-pode-ser-nomeado.

Se o usuário sentiu algum incômodo com o seu produto ou não soube usá-lo, PAM! O UX strategist falhou em algum ponto. A experiência de uso deve ser natural e o mais próxima do intuitivo, sem perceber o trabalho árduo que houve por trás do processo para gerar aquela experiência.

👉 Contexto é tudo!

Buscar saber mais sobre quem vai utilizar o seu produto, entender o contexto buscando saber as necessidades, as intenções de uso e o dia-a-dia do usuário faz com que a experiência dele seja mais completa e com que o trabalho de estratégia do produto não seja em vão e nem percebido, porque se ele for notado é porque algum detalhe destoou do que era o planejado. E não é bem o que queremos, né?

👉 Ninguém é igual a ninguém.

Comportamento não é uniforme, não tem como você dizer que todo mundo vai pensar da mesma forma, então o jeito é traçar a maior quantidade de possibilidades de ações existentes e escolher a que se considera mais relevante mapeando um aspecto social por inteiro e não somente indivíduos. Por isso a parte de testes é tão importante em um projeto. É quando você pode avaliar se a sua estratégia é a melhor para aquele dado momento e se reflete exatamente o que você deseja transmitir, porque afinal, trabalhar com experiência do usuário é trabalhar com percepções.

👉 Usabilidade importa, sim senhor.

Olhando pro dicionário, o termo “usabilidade” atrela-se a capacidade de um sistema em permitir que usuários específicos atinjam metas específicas com eficácia, eficiência e satisfação em contextos específicos de uso.

Ser fácil de usar e principalmente, ser funcional são as palavras-chave. Ao longo da última década, produtos tem se tornado “user-friendly” graças a conceitos de usabilidade, da competitividade e outros pontos fundamentais. Donald Norman foi um dos pioneiros na usabilidade e reconheceu isso também em seu livro Emotional Design. Como ele mesmo diz: “coisas atrativas funcionam melhor”.

Softwares se apresentaram mais efetivos quando se mostram esteticamente mais apelativos, ou quando estabelecem uma conexão emocional com o software ou website.

Os pontos importantes da usabilidade são reduzir erros, tornar tudo mais óbvio e economizar tempo! Se baseie em Análises heurísticas que será sucesso identificar esses problemas.

👉 Projetar é sobre ter controle.

Um dos maiores desafios do UX strategist é justamente tentar controlar a situação e experiência do usuário dentro de um projeto. É você mapear interesses, como pensa, como age, os problemas, as possíveis soluções, as necessidades, as intenções de uso, como surge em uma interface, organizar os conteúdos, as relações e sentimentos que envolvem o produto... e não para por aí! “Isso funciona dentro do produto? É um real problema do usuário? As pessoas precisam disso? Será que elas querem ou elas precisam daquele produto? O lance é descobrir antes!”

“Building features is easy, building the right features for the right people is challenging”

👉 Simples é bem diferente de simplificado!

Tornar tudo mais simples é premissa, mas isso não quer dizer sair cortando informações e deixando tudo minimalista, não! O processo tem que ser claro e objetivo, mas não necessariamente fora de complexidade. Tem que ser analisado o que precisa e é essencial de fato para o projeto, seja ele um texto ou uma interface inteira.

E aí, pronto pra criar a sua melhor experiência?

Obrigada por ler até aqui! ❤

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Rayssa Araújo

user experience research designer at @IPSY and crazy lady plants, moccha addicted ☕ 🐹 https://www.linkedin.com/in/rayssaaraujo/