Gamificação —
Envolvendo de forma significativa como designer.
✨ O que você vai encontrar nesse artigo?
Minha opinião e experiência sobre gamificação em ambientes corporativos.
Conceitos sobre o tema.
Algumas referências no campo do tema gamificação.
Recentemente eu tenho escutado muito sobre gamificação dentro do universo corporativo e acho inclusive interessante como parece novo quando você não é de universos como startup, onde gamificação é bastante abordada. O que mais me intriga quando apresento o conceito de gamificação para empresas de nível corporativo é que a pergunta é sempre parecida:
“Por que as pessoas vão fazer o que eu proponho com gamificação e sem ela, elas não fazem? O que as motivam?“
Tem um livro bem legal para ler sobre que é o “how gamification motivates people to do extraordinary things” do Brian Burke. Eu tenho ele em pdf, se você se interessar pode baixar ele aqui :) Ele pode te dar um bom norte quanto ao que eu vou estar falando já que ele analisa cases de sucesso e procura encontrar pontos em comum entre essas organizações, ajudando a criar melhores práticas.
Gamificação é a estratégia para criar interações entre pessoas e empresas com base no oferecimento de incentivos, sejam eles físicos ou não, que estimulem o engajamento do público com produtos e marcas de maneira mais lúdica.
"E começa com comportamentos humanos, não com jogos" segundo o guru da gamificação, Yu-kai-chou. Os jogos são reconhecidos em diversas áreas, desde de o entretenimento até seu uso nos negócios. Seu grande poder está precisamente na sua capacidade de suprir a necessidade de diversão e engajamento de seus jogadores. Além disso, eles estão presentes para diversos públicos de diferentes idades, gêneros e interesses. Seu formato é amplo e pode ser construído para uma pancada de mídias, tanto virtuais — páginas da web e aplicativos móveis-, quanto em meios físicos — jogos de tabuleiro.
Normalmente, pessoas podem passar muitas horas jogando, mesmo não sendo necessário forçá-las ou pagá-las. Isso ocorre porque nosso cérebro precisa das experiências que o jogo proporciona e esse estímulo provoca a liberação de dopamina (substância associada ao prazer). É exatamente isso que a gamificação busca fazer dentro do ambiente corporativo, por exemplo. Associar uma sensação boa a uma necessidade da empresa e benéfica para o funcionário de uma forma mais divertida com uma constante motivação por meio de feedbacks.
O desafio é:
As organizações estão enfrentando dificuldades em engajar seus funcionários. Todo esse engajamento envolve um recurso precioso e bastante requisitado: o seu tempo. Tanto para investir em estratégias para captar o funcionário — e entender todas as suas motivações — a realizar a sua tarefa, quanto em resolução de problemas. E além de tudo, esbarramos em problemas externos, como o imediatismo das questões atuais e a alta competitividade e internos, como a manutenção da produção da equipe e do clima organizacional como um todo.
🌚 Quando a estratégia vira o bicho-papão
Apesar dela ter um enorme potencial de disrupção onde é implementado, a maioria das empresas vão aplicar ela de forma errada por conta do mau planejamento em design — digo isso não só de forma visual. Como todo hype, ela é bem possível de ser mal interpretada em algumas situações.
Muitas organizações tem sido levadas a acreditar que a gamificação vai magicamente manipular e conquistar todo mundo a fazer o que elas querem. Esquecem que o que eles desejam envolvem pessoas e que esforços precisam ser feitos para se lidar com cada perfil que existe, se não, o fracasso pode ser um caminho.
🕹 A gamificação pode ser usada para motivar mudanças de comportamentos, desenvolver habilidades e incentivar a inovação, seja ela de competências ou no ambiente. O legal pra funcionar direito é justamente acontecer o alinhamento de objetivos pessoais de quem está inserido no contexto com os objetivos organizacionais envolvendo o campo emocional. Esse é o combustível para a gamificação dar certo.
🌎 Há um mundo de possibilidades para a gamificação nas empresas.
É possível implementar até mesmo em ambientes formais onde existe um desafio constante de se manter clientes, funcionários e parceiros envolvidos com os valores da instituição. A gamificação não existe de agora e pode aparecer de outras formas que o acúmulo de pontos como pensamos de primeira quando falamos no tema.
_ As técnicas mais utilizadas
Atualmente envolvem programas de pontos — como os jogos normalmente ou programas como o Dotz — , desafios, que são etapas a serem concluídas, conquistas de medalhas e badges — como o aplicativo Waze e o Snapchat fazem — , rankings, entre outros. Na prática, recompensas são oferecidas aos participantes que realizam tarefas já pré-estabelecidas — comportamentos que levarão a objetivos estratégicos. Isso é o que acontece com Universidades corporativas, conhecidas como uma plataforma LMS (Learning Management System).
_ Alguns cases
- Case mamíferos da parmalat: A ação fez sucesso na década de 1990 com a distribuição de mascotes super fofinhos. Na campanha original, a Parmalat lançou uma promoção de troca de brindes que distribuiu mascotes de pelúcia, em troca da compra das embalagens de leite.
🌟 Ganho pra empresa: As vendas aumentaram drasticamente. - Case Tim beta: A empresa criou um jogo para novos usuários, motivando eles a explorarem a cidade e ganharem pontos com ações no celular.
🌟 Ganho pra empresa: A base de dados aumentou.
E os benefícios da implementação da gamificação nos seus processos podem ser bem amplos!
✨ Mensuração de desempenho: um usuário de um programa gamificado não conseguirá notar o seu progresso sem um indicador como níveis, badges, conquistas ou algum ponto de interação montada na estrutura. Com a gamificação, é possível avaliar e mensurar os resultados podendo ter uma prévia das tendências existentes no mercado e até mesmo das necessidades do jogo.
✨ Sentimento de conquista: ao se atingir um determinado objetivo, desperta-se um sentimento de conquista, que é um importante estímulo para as para que o participante continue engajado e interessado nas próximas etapas.
✨ Competitividade saudável: A competitividade já faz parte do comportamento humano e é que motiva as pessoas a partir da vontade de melhoria e/ou de superação (sentimento ligado a outra pessoa ou a si mesmo) em algum aspecto.
E tudo isso, é graças a um processo de empatia, que é bem diferente de simpatia. É saber o que o seu funcionário quer para criar uma jornada clara e gerar um feedback interessante sobre a experiência. É criar menos respostas prontas e maiores conexões para trazer retornos positivos para todas as partes envolvidas.
⚡️ Referências
Pra finalizar, vou deixar de referência um vídeo super bacana que eu adoro mostrar quando falamos desse processo de empatia:
Obrigada por ter lido até aqui! ❤