O que aprendi no DEX 2019 — Como o evento impactou a minha visão e trabalho como designer.

Rayssa Araújo
rayssaraujo
15 min readJul 30, 2019

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Pra quem não conhece o evento DEX, vou deixar aqui uma pequena introdução. Ele aconteceu nos dias 26 e 27 de Julho desse ano em São Paulo e reuniu uma galera de diversas área do design pra discutir assuntos escolhidos pela comunidade compartilhar experiências e outros relevantes para o mercado. O conceito é ser uma inteligência coletiva (o que explica MUITO de como o evento é construído inclusive fisicamente).

Se gostar do review, não esquece de 👏👏
O que me motiva a escrever é saber que alguém gostou do que leu. Então dá um aplausinho aí se você viu alguma coisa que te fez refletir um pouco sobre algo novo :)

Sobre o evento

A experiência começou desde antes de pisarmos em São Paulo. Eles lançaram um aplicativo, o DEX CONF, e você conseguia visualizar toda a programação dos dois dias, além de saber quem eram os convidados e votar/sugerir os conteúdos que você gostaria de ver no dia.

Print screen do app disponibilizado :)

O evento em si acontecia num cenário incrível de Sampa, o Pavilhão do Parque Ibirapuera, onde acontecem as Bienais. E o espaço físico contava com várias áreas interativas: Open Space (onde aconteciam os fish bowls), área de mentoria, stands de parceiros (que também haviam palestras massas!), área de playground (contava com distrações como piscina de bolinhas, área de lanches, sinuca) e KeyNote (onde palestrantes traziam conteúdos e mostravam um pouco da experiência sobre o tema em apresentações em um auditório fechado). O participante do evento poderia caminhar livremente nessas áreas e montar a sua programação :)

Fotos de alguns espaços do evento

Outro ponto que me brilhou os olhos no evento foi a preocupação com a acessibilidade. Acessos físicos, banheiros, conteúdos dados e voltados para pessoas PCDs, intérpretes em todo o evento, comunicados voltados para públicos PCD (até o bater palma foi ensinado para o público presente e a piadinha do Daniel Furtado pedindo pra galera não passar na frente da interprete porque isso era tipo um pop-up na sua cara quando você abre qualquer sistema hahahaha! Conseguiu passar a mensagem, cara!). O evento realmente buscou atingir todo mundo que se interessasse e é um movimento que precisa ser mais incentivado em eventos mesmo ❤

Kit que recebemos na entrada. Foto do Gabriel Pedruco.

Já na área de atendimento e credenciamento a experiência era bem legal. Percebendo que a fila estava grande, pessoas da equipe de organização distribuíam parte dos lanches e divertia quem esperava pra entrar. Ganhamos kits também hahaha! Uma bolsa com moleskine, crachá personalizado, caneta e copo sustentável, além de váaaarios adesivos ao se credenciar. Sem contar nos brindes que rolavam ao longo do evento.

Sobre quem foi

A empresa em que eu trabalho atualmente, a Wiz, é uma grande incentivadora de desenvolvimento do colaborador. (Puxando sardinha mesmo, é um incrível diferencial). Em uma plataforma colaborativa de conteúdos com gamificação envolvida, a Wizity, houve na área de "loja" a possibilidade de trocar os pontos adquiridos em conhecimento por livros, eventos e etc. O DEX foi um deles, inclusive, sugerido por mim pra ser disponibilizado quando soube que rolaria. Conseguimos montar uma equipe de design para acompanhar o evento e trazer atualidades e novas experiências pra dentro da empresa assim.

Em ordem, Alessandra Cruz, Gabriel Pedruco, eu e o Tavo Borges.

Tivemos UIs, UXs, Product designers, Head de inovação e Gente&Gestão participando com a gente, o que agregou super na visão dos conteúdos e até pra assistir dois ao mesmo tempo HEHEHEH :)

Quer conhecer mais sobre o projeto da Wizity? Clica aqui! Eu tive um dedinho na repaginação da identidade e em como repensar fluxos para que facilitassem os colaboradores a se desenvolver de forma mais agradável e sem interrupções ou dificuldades.

Agora vamos direto ao ponto! O que rolou no DEX.

Algumas apresentações marcaram bastante e conversando com outros designers, gravamos e anotamos algumas mensagens que acho que são legais de pensarmos bem no que elas querem passar. Resolvemos escrever elas pra não se perder no tempo. Além de pegar referências e novos assuntos pra você estudar mais tarde se quiser, algumas apresentações foram disponibilizadas, basta clicar nos links que eu deixei aqui ou conferir a playlist de podcasts de todas as apresentações que o evento liberou aqui.

> Apresentação do Guilherme Gonzalez, UX Lead na Dasa, sobre os erros e acertos ao construir Design Systems.

Nós temos um design system aqui na Wiz, atual empresa de trabalho. É o que a gente usa pra componentizar nossos sistemas, acelerar as nossas produções e manter uma unidade entre todos os produtos por aqui. Se você não conhece muito sobre o assunto, dá uma lida nesse texto aqui, dá pra ter uma noção :)

Acho que o que eu mais fiquei na cabeça dessa apresentação foi que não se deve incluir somente componentes visuais em um design system. Estamos acostumados a pensar em colocar botões, navegações e essas coisas mais de interface, mas foi legal ver que também se colocam tom de voz, por exemplo. Tudo o que pode vir a definir um produto pode estar em um design system.
E ficou um questionamento legal:

Se o que pode definir um produto pode estar em um design system, existe Design System para serviços? ou somente para produtos?

Outro ponto legal trazido pelo Guilherme foi o de o Design System poder ser acrescentado como parte das métricas, incluído em OKR para a equipe de Design. Como tá rodando? Tá sendo efetivo? Qual porcentagem do design está sendo usada e o quanto de retorno temos em tempo de produção? Em acessos? E por aí vai…

Referência pra saber mais sobre Design System

> Apresentação do Neviton Santana, parceirinho do Coletivo UX e Senior UX/UI/Product Designer na Behavio.us, sobre OKRs: mão na massa com propósito.

que já estávamos falando de OKR, Objective Key Resoults, vou falar da apresentação do Neviton. Não é de hoje que usamos aqui na Wiz esse modelo e trazendo aqui pra realidade da empresa, temos uma squad voltada para os nossos colaboradores e cultura, a de Jornadas, que foi da onde saiu os nossos estudos e a implementação do modelo de OKR. Tem alguns cases do que a gente anda pesquisando e aplicando de metodologias por aqui.

É legal ver a preocupação das empresas em de fato deixar mais efetivo o trabalho dos colaboradores e fazer com que todos enxerguem o mesmo rumo. É exatamente isso o que o OKR se propõe: você saber o que você faz, o porquê faz e como isso impacta. O Nevis deu um passo-a-passo bem bacana no material dele:

  1. Mapeie a estrutura da empresa — quem vai fazer o quê e as habilidades.
  2. Comece de algum lugar. Defina números. — pega o que você já conhece inicialmente, é a dica.
  3. Defina um máximo de 05 OKRS para o ano — é importante que não sejam muitos porque se forem vários objetivos, não há foco, não é mesmo? Vira tudo na verdade tarefas.
  4. Defina prioridades — isso conversa muito com o número 3.
  5. Métricas de sucesso: do negócio e do cliente — saiba também classificar o que é considerado sucesso para aquela métrica e envolva os envolvidos hahahaha.
  6. Faça o possível com o time que possui — já ouviram falar de capacity no SCRUM? foi o que me lembrou muito quando li isso. É saber quanto do time você pode pedir e o quanto eles podem entregar de forma que mantenha o ambiente saudável e que hajam entregas de qualidade.
  7. Metas devem ser cumpridas — Ninguém tá criando por nada. Os objetivos são para serem seguidos, mas se não alcançar tá tudo bem. Eles devem ser desafiadores, mas não impossíveis.
  8. Alcançou a meta? Dobre a meta — tá alcançável? então não está tão desafiador, sua equipe pode mais, motive-os :)
  9. Saiba quando desapegar dos números
  10. Gestão macro, delegue responsabilidade — Deixa que outros profissionais digam como é a melhor forma de alcançar aquele objetivo. Não centralizar também pode trazer novas ideias além de focar de forma mais objetiva no que fazer :)

Mas isso aqui não é escrito na pedra não, cada empresa/profissional se adequa da forma que consegue. Vale testar! E no fim, Nevis terminou com uma frase motivacional sensacional:

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia” William Edwards Deming — gestão de qualidade.

Tem mais referências sobre o tema na apresentação dele e podem falar com a Isabel Gomes também, ela é Product Owner na Wiz na Squad Jornadas que eu citei! Só clicar aqui.

Partes da apresentação da Cláudia. Legal observar que tinha uma intérprete de libras logo ali na esquerda ❤

> Apresentação da Claudia Mardegan, Head Of Design and Innovation na Raia Drogasil S.A, sobre Design Leadership.

Falando de gerenciamento e liderança, a Cláudia foi sensacional. Um grande pé na porta pra falar de coisas que ela aprendeu sendo líder e principalmente de Liderança de design. Tem uma frase que me marcou muito que foi algo como

O que os designers fazem depois que eles tem voz?

Nós, designers, estamos sempre lutando pra fazer com que as empresas entendam a importância do nosso trabalho e pra levar em conta a nossa voz na hora de botar a mão no negócio, que nós muitas vezes também somos um reflexo dos interesses dos nossos clientes. As empresas não costumam dar muito valor, até por não entender o que um designer pode oferecer. É bem comum e essa história a gente conhece. Mas a gente não fala do depois. O que acontece quando ganhamos voz? Quando a empresa escuta a gente? A responsabilidade aumenta e com isso, uma liderança se mostra muito necessária. Precisamos treinar os designers para depois da parte em que eles conseguem finalmente serem valorizados e precisamos de empresas que saibam organizar essa equipe, líderes que sejam disponíveis, que ensinem, que saibam delegar.

Além disso, ficou também a mensagem sobre a qualidade do entregável. Tudo bem que a gente sabe fazer telas, mas será que precisamos criar 17238917 sendo que se fizéssemos 1 certeira traria maior resultado? E quem vistoria isso? Ela falou muito sobre ter uma equipe responsável pela qualidade, fazendo double check com uma lista previamente acordada por outros designers e conferindo em todos os trabalhos se seguiam esse controle de qualidade. É bem parecido com o “code review” dos devs! Por quê não fazer um “design review” também? Às vezes, na correria da rotina, alguns detalhes passam batidos mesmo!

> Apresentação Open Space do Huxley Dias, Data Product Manager at PunkMetrics, falando de Métricas: como fazer adoção de dados.

Parece meio óbvio, mas nem sempre é. A gente não aproveita bem os dados que a gente tem acesso e tá tudo bem. Realmente, lidar com informação é algo complexo e grandes empresas tem tido bastante dificuldade com a quantidade de informações geradas dentro delas e como tratá-las para de fato elas serem informações e não só dados perdidos.

Essa apresentação foi no espaço Open Space, no estilo de fish bowl. Uma cadeira ficava livre pra qualquer pessoa do espaço subir no palco e dar a sua opinião e continuar a conversa. Então foi bem legal o rumo que o assunto "dados" tomou.

Primeiramente, começou uma discussão sobre como os dados eram feitos para justificar o valor de experiência do usuário. A gente faz isso inclusive pra usar como estratégia de negócio e tomar decisões sobre produtos, além de acompanhar o andamento das nossas escolhas. Podemos fazer isso de algumas formas:

  • Trackear as plataformas com parceiros de TI — plataformas como Google Analytics e Hotjar, ou os colegas que tiram relatórios pra você hehe
  • Coletamos os dados
  • Definimos um objetivo, porque não faz sentido nenhum coletar dados por coletar além de encher HD e nuvem ❤
  • Tratamos os dados — Usamos metodologias pra entender as jornadas, os dados, testamos.
  • Consolidamos os dados — Aqui tem váaarias formas de se fazer: tabulação, relatório, escrever em blog, divulgar em portais…

O grande pulo aqui é: Disponibilizar dados úteis em tempo ábil e com contexto.

Ah, mas Ray, tem modelos de negócio que não podem ser rastreados ou tem compliance pra dados, como faço pra ter noção dessas análises dos produtos que crio sem usar tecnologia por trás? Cara, podemos ter esses insights da forma manual (mais hardcore, mas não impossível!): olhando ticket de compras, relatório de pesquisas e até isso servir como métrica de dados. Algumas empresas tem até um setor especializado em BI e nessa tratativa de dados pra disponibilizar para o resto da companhia. E eu sei que é meio estranho receber informações consolidadas sem se perguntar da onde sai, como extraíram e sem ter uma "influenciada" na percepção visual de quem apresenta os dados pra você. Mas é por isso que as fontes valem ser investigadas também :)

Outra discussão que surgiu no Open Space foi de métrica de negócio (dados transacionais) ser diferente de métrica de usuário (dados de produto). Um é o resultado final que eu desejo alcançar e o outro, o processo desse resultado. E nessa hora, é importante visualizar tanto os dados qualitativos (bastante esquecido no rolê) quanto os quantitativos pra montar essas métricas. Uma dica é também procurar por dados abertos. Os portais do governo por exemplo, trazem informações super bacanas!

E aí, ele falou sobre o questionamento de dados no geral e acabaram lançando a provocação: Qual o limite do uso de dados?

> Apresentação da Diana Fournier, Lead design researcher da Escale Digital, com dicas sobre como fazer com que a sua pesquisa e seu consumo de dados sejam mais efetivos. (Alô, Atomic Research! ❤ )

Na mesma onda de informações, a Diana fez uma apresentação incrível sobre tratativa de dados e como consumí-los de forma mais efetiva. Abriu a minha cabeça! Ela é pesquisadora de experiência de usuário e abordou sobre como fazer esses entregáveis para os clientes/empresa.

Eu já tive a experiência de estar em uma squad voltada para entender o colaborador e a quantidade de dados que existiam ali eram infinitas e vindo de tudo quanto é tipo de técnica. Então me vi representada e com aquela sensação de "COMO NÃO FIZ ISSO ANTES?". Ela também falou do processo dela e era bem parecido com o que o Huxley Dias citou acima.

  • Faça o planejamento da pesquisa — como vai fazer? com quem? quando?
  • Realize a pesquisa
  • Tabule os dados e evidências encontrando padrões.
  • Gere insights — é aqui que os dados viram informações de fato.

Aí, ela mostrou uma breve histórico de como eram feito esses momentos de entrega e como ela e mais alguns outros designers com a mesma situação resolveram para ser um processo mais eficiente.

  1. Relatórios impressos — extremamente difíceis de serem consumidos. Imagina você recebendo uma papelada encadernada pra ler e fazer conexões cheio de números e enormes textos onde tudo era importante?
  2. Gerar pdf e apresentar em ppt — melhorou um pouquinho, mas lembra do que eu falei sobre a forma como a gente apresenta os dados pode dar a impressão de ser outra coisa?
  3. Ela criou um blog de informações — 10/10 em acessibilidade pra empresa, mas quando vira um histórico de pesquisas, complica o consumo.

4. Então, ela conheceu o Atomic research.

O Atomic Research tem a ideia bem similar ao de Atomic Design, onde separamos componentes de design de interface, sabe?

Ele é uma abordagem onde ao invés de relatórios, slides, dashboards, cada observação (ou dado) é suportado por uma evidência e tem o seu significado por ele mesmo e ajuda na má memória, na empatia com o dado, informações utilizadas de fato! Como assim?

Separando as pesquisas como organismos, os dados como átomos e taggeando as informações — por público, palavra-chave ou tema, por exemplo—, ela conseguia tabular e cruzar informações ao longo dos anos da empresa de forma muito mais fácil. E não importava se eu fiz a pesquisa ou você falando de temas diferentes. Talvez os seus dados, que podem ter insights interessantes, suas anotações, influenciem a minha pesquisa e possam me ajudar e eu nunca saberia porque nossos "átomos" não se encostam por fazerem parte de diferentes "organismos", entende?

Beleza, mas se eu não for entregar em ppt, como eu entrego?

Algumas ferramentas no mercado criam essas bases de visualização como Airtable e Aurelius fazem bem esse trabalho. Mas ela não deixa de tabular em excel (nem eu hehe) antes de fazer esse trampo todo.

E sabe o mais legal? Dá pra medir o impacto do UX Research. Podem virar OKRs como: "Quantos insights estão impactando diretamente uma definição de solução da empresa?". Consegue ver como é vasto o campo depois daqui? Informações sendo úteis e o nosso trabalho sendo usado de forma estratégica no negócio. Será que rola de implementar na sua empresa? na sua área de trabalho? :)

> A apresentação do Anderson Gomes, Head of Design na Youse, falando sobre Design como método para definir estratégias.

E aí esse papo todo de liderança tem tudo a ver com o que o Anderson falou na palestra dele. O design não como tela bonitinha, mas como ponto de definição de estratégias dentro da empresa em que estamos.

(um parênteses aqui pra falar que eu amei ele falando pros designers que já tava bom demais de ver palestras de design, que a gente já sabia de design, pra ir pra palestras de psicologia, antropologia.. hahaha! não mentiu)

O Anderson trouxe uma visão legal de que a gente deve parar de pensar na maturidade da empresa sobre design, que é uma preocupação bem recorrente nessas transformações digitais. Mas sim, começar a discutir a maturidade do design sobre empresa. Os designers precisam entender de negócio, não só de design. Precisam entender o contexto onde estão inseridos e não serem narcisistas. Como assim narcisista, Ray? Muitos dos nossos produtos ainda são de alimentar ego, pra portfólio ou "top goela down", aquelas demandas que precisam existir pra se posicionar no mercado ou coisas do tipo. A gente tem que se perguntar "Esse produto resolve o problema da empresa ou da pessoa que eu quero atingir?". É nosso papel como designer também guiar e orientar a empresa nesse sentido. Investir bilhões em um aplicativo que servirá só de vitrine, é melhor fazer algo que impacte de fato o usuário e dê visibilidade ao negócio por conta disso, se é essa a intenção.

Outro ponto legal foi a apresentação na visão dele de maturidade do designer, colocando em escala.

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Qual será que é a maturidade do designer que você tem na sua empresa? e a sua maturidade como profissional? Como tudo isso interfere no produto que você está construindo? :)

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É saber diferenciar quais são os momentos ouvir, falar e fazer dentro de um projeto. E como outras temáticas (incluindo conversa com pessoas de diferentes visões, inclusive da sua) como cultura, emoção e métodos vão influenciar e facilitar a evolução desse produto que você tem a possibilidade de desenvolver. É compreender a si mesmo, o contexto e os outros ao seu redor levando em conta também que você precisa estar bem pra poder falar realmente o que pensa e acredita que seja bom para aquele projeto em especial. Essa parte eu amei! Ele citou pontos bem Gente&Gestão e que quase ninguém lembra quando falamos de dar voz ao designer. Ele precisa estar bem pra não ter medo de dizer: tô falando de gestão financeira (pra não ter medo de perder o emprego), gestão psicológica (pra aguentar feedbacks, críticas, ter inteligência emocional), gestão de energia (pra focar e gastar energia onde realmente precisa e dar segurança no que está fazendo), gestão do tempo e principalmente, assumir fragilidades. Ninguém é dono da verdade e a cultura do erro tem que ser mais acolhedora. Inovação não vem certeira. Você tem que testar até a melhor e mais adequada opção aparecer.

No fim, ele terminou com uma provocação bem legal: Você vai ser só designer até quando? Expanda seus conhecimentos, saia da bolha!

Quer ver mais apresentações que rolaram? Cola aqui nos links!

E o pessoal do DEXConf disponibilizou os áudios dos keynotes em formato de podcast no Spotify pra quem perdeu ou pra quem quiser conferir novamente:

Não é #publipost, mas já abriram a venda dos ingressos do DEX20! Aproveita :) Ingressos do próximo evento aqui

Obrigada por ter lido até aqui

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Rayssa Araújo
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user experience research designer at @IPSY and crazy lady plants, moccha addicted ☕ 🐹 https://www.linkedin.com/in/rayssaaraujo/