Ananta Festival #03

Rodrigo Gomes
rcgomes
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5 min readMay 1, 2018

Dizem que água do mar revigora as energias, mas e quando não temos o mar por perto? Descobri que a energia de um festival trance funciona da mesma maneira!

Há pouco tempo resolvi sair da bolha e descobri que ainda existe vida psicodélica em Curitiba. Com novos núcleos surgindo, resurgindo e também alguns que eu nem tinha conhecimento da existência.

Entre esses posso citar o pessoal da PSYcodélicos que foram um dos principais influenciadores desta minha saída da bolha, o retorno da Afrodite e da Fusion este ano que me mostrou como realmente estávamos carente de festas psicodélicas desde suas últimas edições.

Também tivemos o surgimento da Modulation que mostrou que é possível sim termos frequências sonoras mais noturnas e experimentais do psychedelic trance em ambientes indoor e, do O Psicodelia que fez Rica Amaral se emocionar com a pista logo em sua primeira festa.

Já uma das grandes surpresas para mim neste meu ano de “renascimento” foi o coletivo BoraPsicodelizar, responsável por festas como Dark City, Rajani, Ananta entre outras. Festas essas realizadas em sua maioria no Vale Encantado (Campo Largo / PR) e que me fizeram reviver um pouco das festas lá dos anos 2000 na Paraíso, Apavoro, Bom Pastor…

No final de semana do dia 20 de abril foi a vez de conhecer o Ananta Festival, festival que já estava indo para sua terceira edição e que após vivenciar fiquei me perguntando onde eu estaria nas duas primeiras edições?

Um festival diria que completo! Com muita psicodelia, energia positiva, com projetos paralelos como redução de danos, terapias e um chillout / alternativa para fugir um pouco do tão aclamado e acelerado darkpsy.

Um festival que contou com projetos de Goa como o catarinense Zecodélico, que nos contou abaixo, um pouco sobre a sua experiência de abrir o festival na noite de sexta-feira ao surpreendente som do Marambá.

Tocar no Ananta foi como eu esperava de uma celebração trance. Assim que apertei o play o pessoal começou a chegar e comecei de um jeito totalmente diferente das outras apresentações, com um goa chill para que pudesse rolar uma conexão com a pista e graças a Deus deu resultado. (Zecodélico)

Vejo o Ananta como um dos ramos daquela semente plantada em mim pelo pessoal da Psycodélicos na sua primeira edição. A Psicodelia em Curitiba não morreu ela está viva e bem viva por sinal. Depende de cada um de nós abrirmos os olhos, a mente e sairmos da bolha.

A próxima edição já está marcada. Será nos dias 18, 19, 20 e 21 de Abril. Vamos sair da bolha?

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Rodrigo Gomes
rcgomes

Fotógrafo, esquerdista e apaixonado pela cultura eletrônica. Insta: instagram.com/rc_gomes