Hitech: Ou você ama ou você nunca se permitiu escutar!

Rodrigo Gomes
rcgomes
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4 min readJul 24, 2018

É engraçado de quando falamos de vertentes relacionadas ao hiBPM alguns torcem o nariz, confesso que isto já aconteceu comigo anteriormente. Nunca conseguia entender como o pessoal conseguia entender as batidas do dark, como o público conseguia se mover ou até mesmo sentir algo com aquelas batidas aceleradas…

Até que um dia resolvi permanecer uma madrugada no main floor do UP#11 e compreendi que é possível sim sentir, dançar e ouvir o “hiBPM”.

Neste último ano comecei a frequentar mais as nossas PVTs aqui do sul, especialmente as do Vale Encantado, e ali conheci muita gente envolvida e apaixonada pelo Hitech. Um destes apaixonados é Christian Jean, que há dois anos resolveu criar o projeto Single Player e mostrar para o público que os “aceleros” são bons e que basta o público se permitir conhecer.

Uma das atrações deste último final de semana, Single Player fez a pista acelerar tanto quanto os BPMs de suas tracks e pude bater um papo logo após sua apresentação.

Como conheceu a música eletrônica e quando decidiu virar DJ?
Eu conheci quando me chamaram para ir em uma festa de musica eletronica em 2012 no antigo Yankee bar em curitiba. Foi lá que tive meu primeiro contato.

Comecei a frequentar outras festas e entrei para um núcleo que organizava eventos e organizando, tive meu primeiro contato com o trance e dai em diante comecei a participar de festas do gênero.

Em 2014 numa PVT tive meu primeiro contato com o highBPM e dali em diante começou nosso romance, queria entender como tudo aquilo acontecia, fiquei interessado em aprender a arte de mixagem e da produção musical. No ano seguinte o curso de mixagem e comecei o de produção e em 2016 lancei o projeto Single Player.

Por que Hitech?
Não escolhi o hitech foi ele quem me escolheu, brincadeiras a parte, foi o som que tocou no fundo da minha alma.

Pecebemos que esta vertente é muito pouco difundida aqui no Brasil no
grande meio, seja ele midia ou festas, Por que você acha que isto
acontece e o que fazer para melhorar a visibilidade?

Acredito que é a falta do galera se permitir conhecer esse tipo de som e os roles que tocam isso.

Mas o legal é que hoje, como está sendo um viral os “aceleros” nos line-ups, está dando abertura maior pra galera conhecer o hitech e os roles disso, e consequentemente a visibilidade só aumenta.

Se eu tenho uma dica é: Se permita e vá em um role de hitech.

Você também produz, nos fale um pouco de suas criações?
Gosto muito de mesclar entre sons tecnologicos e melodias. Sou super fã de Metalecho, Alien Chaos, Coiron, Vasco, Coji e esses caras são a inspiração. Quanto ao processo de produção demoro em media um dia pra terminar uma track, mas isso depende, já tive tracks que demorei um mês.

Existe alguma “filha” preferida?
Existe sim, Major lazer — Be togheter(Single Player RMX), o próximo lançamento.

O que você espera passar com suas tracks e seu set?
Acredito que nada na vida faz sentido se a gente não tocar o coração das pessoas, e essa é a mensagem que eu tento passar, contagiar a galera através da emoção e sentimento, tudo isso traduzido pelos sinths da track.

Já acompanhei duas apresentações tuas no Vale e em ambas você fez a
galera pular, existe o sonho de se apresentar em alguma festa em especial?
Com certeza, aqui em Curitiba seria o Circuito Dark-Hitech e quem sabe um dia na Hitech Revolution, Elementorum…

E quais os próximos passos?
Foco no trabalho pra continuar evoluindo pra olhar pra tras e ver que deixamos um legado de contribuição.

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Rodrigo Gomes
rcgomes

Fotógrafo, esquerdista e apaixonado pela cultura eletrônica. Insta: instagram.com/rc_gomes