Como foi o garoaQA #10 na Involves
O garoaQA é um meetup organizado pelo Giovani Mombelli Mussio, Thiago Zluhan de Medeiros e eu. Um evento gratuito onde todos os papeis são bem vindos. Os participantes escolhem sobre o que querem conversar e assim trocamos conhecimento baseado na experiência de cada um. Nossa segunda edição em Floripa foi gentilmente hospedada pela Involves, leia abaixo como foi.
A Involves é uma empresa de tecnologia, que surgiu da união de duas bandas de Rock. E foi com a ajuda dos Involvidos Giovani Mombelli Mussio e Igor Carneiro que fizemos o evento acontecer!
O garoa sempre inicia com a seleção de temas pelos próprios participantes. Feito isso, agrupamos os temas e realizamos a votação.
Dessa vez os temas escolhidos foram: Teste unitário - Como o QA pode ajudar, Como disseminar a cultura de qualidade e Testes de acessibilidade.
Houveram 2 rodas na edição da Involves. E conforme trocávamos os temas também mudávamos as pessoas entre os grupos. Assim, a cada nova formação, víamos pessoas com posicionamentos e opiniões diferentes, tornando o encontro ainda mais rico.
Durante as rodas de conversas os mediadores anotam as considerações dos participantes e no fim compartilham o conhecimento adquirido com todos. Abaixo descrevemos um pouco sobre o que nós, como mediadores, anotamos sobre o que foi discutido.
Teste Unitário: Como o QA pode ajudar
- Entendemos que o QA pode ajudar no desenvolvimento dos testes unitários mesmo sem ter muito conhecimento técnico.
- Podemos ajudar a pensar no comportamento de cada componente ainda durante o desenho da solução e assim escrever cenários para os mesmos. Foi citado que para implementar os testes unitários e de integração do frontend, muitas empresas estão utilizando o JEST.
- O QA pode ajudar a escrever testes com boas descrições. Em rspec por exemplo, podemos rodar os testes unitários com o formato de documentação
rspec spec --format documentation
. Logo, se não conseguirmos entender o que o mesmo está testando, podemos sugerir descrições melhores para os cenários. - Podemos auxiliar no momento do code review, uma vez que no início podemos pedir ajuda do desenvolvedor para que ele explique o que os testes unitários estão fazendo. E muitas vezes, nesse momento, eles e nós conseguimos perceber pontos de melhorias.
- Desenvolvedores devem cobrar testes unitários de outros desenvolvedores no momento do code review.
- O QA deve participar de momentos como Hackathon e Dojo para poder aumentar seus conhecimentos técnicos e assim poder auxiliar mais no desenvolvimento dos testes unitários. Além disso, fazer pair com desenvolvedores é uma ótima forma de adquirir conhecimento.
Como disseminar a cultura de qualidade
- Começamos a discussão com a frase clássica “A qualidade é responsabilidade de time e não do QA”, mas fomos além, a qualidade precisa ser um valor da empresa como um todo.
- Precisamos ter apoio das lideranças e de pessoas de outros papeis (Desenvolvedores, UX designer, Product Manager, etc.) para conseguir disseminar e fortalecer a cultura de qualidade.
- A qualidade não deve ser uma preocupação sazonal, onde quando temos muitos problemas ela é prioridade e quando a poeira baixa, a mesma é esquecida. Contudo, as vezes os problemas precisam acontecer para que as pessoas entendam a importância da qualidade.
- Para defender a importância de desenvolver os nossos produtos/serviços com qualidade devemos ser data driven e defender a nossa visão como QA com base em dados.
- Criação de guildas com pessoas de diferentes papeis que estejam dispostos a discutir sobre qualidade de software.
- Cada vez mais as empresas devem se preocupar em contratar pessoas preocupadas com qualidade, assim como nós QA precisamos nos adaptar às mudanças e buscar conhecimentos técnicos, entender do negócio, dos processos e do designer, os outros papeis também precisam ter conhecimento sobre qualidade de software.
Testes de acessibilidade
- Entendemos que não é um tipo de teste aplicado na maioria das empresas que trabalhamos.
- Ter soluções acessíveis faz com que mais pessoas possam usar nossos produtos/serviços e isso é um diferencial competitivo para as empresas.
- WCAG (Web Content Accessibility Guidelines): consiste em um conjunto de recomendações para fazer que o conteúdo disponibilizado seja acessível para utilizadores com deficiência, mas também para todos os usuários.
- eMAG (Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico): consiste em um conjunto de recomendações a ser considerado para que o processo de acessibilidade dos sites e portais do governo brasileiro seja conduzido de forma padronizada e de fácil implementação.
- Ferramentas para verificar se o conteúdo de um site é acessível. O grupo não sabia citar o nome das ferramentas, apenas a existências delas. Contudo, nesse artigo, encontrei alguns exemplos de ferramentas.
- Precisamos de mais diversidade dentro das empresas, uma vez que pessoas com necessidades especiais trazem uma visão melhor das limitações do nosso produtos/serviços.
- Por onde começar? Inicialmente precisamos desmitificar o assunto acessibilidade e encorajar mais pessoas a lerem, discutirem e promoverem acessibilidade em suas empresas, comunidades e entre amigos. Para que assim possamos transformar o conhecimento em melhorias reais nos nossos produtos/serviços.
Mais uma vez ficamos muito felizes com a participação e engajamento de todos no evento! Nos vemos no próximo Garoa QA. ❤
Aproveite para se juntar a nós no meetup.
Quer fazer acontecer na sua empresa também?
O Garoa QA é um evento gratuito e aberto a comunidade. Se há um espaço bacana em sua empresa, vocês podem patrocinar um coffee break para os participantes e abrir para um público de 25 a 40 pessoas, entre em contato (contato.garoaqa@gmail.com). Estamos procurando empresas que desejam viabilizar a discussão e crescimento da comunidade de qualidade de software!