Como foi o 1º Garoa QA em Floripa?

Danielle Moreira
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5 min readAug 10, 2018

O nosso primeiro meetup em Floripa teve como objetivo conectar pessoas que queiram absorver conhecimentos sobre qualidade de software e também passar conhecimento :)

Este post foi escrito por mim e revisado por Igor Carneiro e Thiago Zluhan de Medeiros.

Participantes da 1ª edição do Garoa QA em Floripa

Na última quarta-feira (dia 8 de Agosto), chamamos a galera de Floripa e região para participar de um evento com um formato “diferentão” no escritório da Resultados Digitais, o Garoa QA. Todos nós entramos de cabeça nas discussões e foi uma ótima oportunidade para fazer networking, aprender e compartilhar experiências.

Escritório Resultados Digitais

Foi com a colaboração dos mediadores Juliana Midori, Giovani Mombelli, Igor Carneiro e Thiago Zluhan de Medeiros que conseguimos realizar um dos eventos mais interessantes que já participamos. Indo além do assistir uma palestra e interagir com o palestrante, o evento é sempre no formato card sorting com rodas de discussão.

Dessa forma, o processo de interação se torna muito mais dinâmico e faz com que todos os participantes troquem experiências.

Seguimos o script do Garoa QA e iniciamos a noite com a proposta de temas a serem discutidos pelos participantes. Cada um recebeu post-it e caneta e escreveu sobre o que gostaria de conversar.

A próxima etapa foi escolher os temas. Nós mediadores agrupamos os assuntos propostos e entramos em um acordo com os participantes de quais seriam abordados.

Os assuntos mais votados da noite foram: Métricas de qualidade, DevQA e Automação de testes.

Nós nos separamos em 3 grupos de mais ou menos 8 pessoas, e fizemos rodadas de 30 minutos, onde os 20 primeiros foram de discussão entre os participantes do grupo e nos 10 últimos, um mediador de cada grupo compartilhou os principais pontos levantados no seu grupo com todos os participantes do evento.

Abaixo descrevemos um pouco sobre o que nós, como mediadores, anotamos sobre o que foi discutido:

Métricas de qualidade

  • Métricas variam entre produto e projeto devido ao tempo de execução e contexto.
  • Não é saudável metrificar pessoas, podemos medir a performance dos times, projetos ou qualquer outra coisa relacionada ao coletivo e não ao individual.
  • As métricas só fazem sentido se for para extrairmos acionáveis que reflitam em melhorias em nosso produto e/ou processo.
  • As métricas ajudam os times a pararem de investir esforço no efeito colateral dos problemas e ir buscar a causa raiz.
  • As métricas devem ser analisadas com frequência para que seja possível acompanhar a evolução do time e tomar decisões.
  • É interessante acompanhar bugs de desenvolvimento no contexto de rastreabilidade e não para “apontamento de dedo”.
  • Indicação da ferramentas Corrello para quem utiliza Trello e Kanban. Nele é possível acompanhar métricas de time como o cycle time, CFD e slow cards.
  • Por onde começar quando não se tem métrica? podemos pensar em testes baseados em riscos para ajudar na etapa inicial. Além disso, no contexto de projeto, é interessante perguntar para o cliente quais métricas entregariam mais valor para ele.
  • Exemplo de métricas que podemos acompanhar: número de bugs, débitos técnicos, débitos de UX, quantidade de tickets no suporte e número de incidentes.

DevQA

  • Há um movimento no mercado de tecnologia que resulta em mudanças de papeis: QA com perfil mais técnico e que também consegue contribuir com a visão de negócio, designer que além de construir um protótipo também precisam ser capazes de implementar a camada de frontend e desenvolvedores com uma visão ampla de testes de software e qualidade em geral.
  • QAs ajudando a definir a estratégia de qualidade do time. E para conseguir fazer isso é preciso ao menos ter o conhecimento técnico que possibilite o entendimento dos testes de caixa branca, como unitário e integração.
  • Os testes manuais são tão importantes quanto os automatizados, eles não devem competir e sim se complementar.
  • Não acreditamos que o papel do QA vai acabar no curto prazo, mas sim que precisamos ser adeptos a mudanças e buscar conhecimentos em outras disciplinas como programação e produto.
Manifesto de teste

Automação de Teste

  • Até que ponto devemos automatizar nossos testes? Precisamos sempre pensar no custo X risco para verificar se é válido cobrir um determinado cenário ou não.
  • É possível realizar testes dentro da sprint? Sim :) Os testes devem fazer parte do processo de desenvolvimento e não implementá-los deve ser uma exceção. Logo, o time pode optar por assumir o risco e entregar algo sem determinados teste. Contudo, essa decisão deve ser consciente.
  • O que fazer com os famosos teste intermitentes ou flaky tests? Indicação da palestra realizada pelo André Mendes, QA na Concrete Solution, no MTC e leitura do post MTC — Um evento de fortes emoções.
  • Visual Regression Test por onde começar? Indicação do post do Bruno Tanoue, QA na Resultados Digitais, Testes de Regressão Visual: Obtendo olhos à prova de erros. E da apresentação da Samanta Cicilia, QA na Concrete Solution, Automatizando Visual Regression Testing no MTC de 2017.

Ficamos muito felizes com a participação e engajamento de todos no evento! Nos vemos no próximo Garoa QA. ❤

Aproveite para se juntar a nós no meetup.

Quer fazer acontecer na sua empresa também?

O Garoa QA é um evento gratuito e aberto a comunidade. Se há um espaço bacana em sua empresa, vocês podem patrocinar um coffee break para os participantes e abrir para um público de 25 a 40 pessoas, entre em contato (contato.garoaqa@gmail.com). Estamos procurando empresas que desejam viabilizar a discussão e crescimento da comunidade de testes!

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Danielle Moreira
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System Analyst Manager at iFood and casual writer. I love people and solve problems.