Educação
Education is the most powerful weapon which you can use to change the world. — Nelson Mandela
Muitos são fascinados por carros, futebol, filmes & series, etc. Eu sempre fui apaixonado por educação. Tem algo especial na educação. Descobrir talentos, transformar vidas, mudar o mundo.
Acredito que é essa capacidade de gerar mudança e impactar pessoas que faz dela tão especial. Nelson Mandela falou: “Educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”. E eu tenho certeza que essa frase é a mais pura verdade.
Um pouco de história
Education’s purpose is to replace an empty mind with an open one. — Malcolm Forbes
Educação sempre se tratou de aprendizado, transmissão de informações e troca de conhecimentos.
(Beeeeeeem) antigamente, no Egito se utilizava a escrita, através dos hieróglifos, como forma de disseminar o conhecimento, onde começa a se criar o conceito de “alfabeto”.
Na região da Mesopotâmia, utilizava o modelo de mestre-aprendiz, em que a disseminação do conhecimento era entre o mestre e o aprendiz, do mais experiente para o novato.
Na Babilônia, tempos depois, existiam bibliotecas em muitas cidades e templos, já que a escrita e o silabário estavam mais fortemente disseminados.
A filosofia de Confúncio teve grande impacto no sistema educacional na China nos tempos da Dinastia Han.
Na Grécia, o sistema educacional foi amplamente influenciado pelo método de aprendizado Sofista, por Platão e Aristóteles.
Se quiser mais detalhes, você pode navegar no Wikipedia e assistir o vídeo The History of Education do Salman Khan, fundador da Khan Academy :)
Um modelo de educação estabelecido
Também chamado de “The Factory Model of Education” (Modelo de Fábrica). O que também nos faz lembrar do modelo Fordista, da Revolução Industrial, e de uma fábrica que prepara alunos a serem passivos e a ganharem boas notas. Um modelo que fez sucesso desde os século 19, mas que hoje é muito questionado.
O site Hackeducation cobre a fundo esse sistema, esse model educacional estabelecido pelos Prussianos, mas que hoje não funciona tão bem quanto antigamente.
O artigo A factory model for schools no longer works de Michael B. Horn And Meg Evans do Journal Sentinel traduz bem a falência desse modelo.
“The factory-model education system no longer works. We learn at different paces, have different aptitudes and enter classes with different experiences and background knowledge. Each of us needs a different, customized learning approach to maximize his or her potential.” — Journal Sentinel
Esse modelo está estabelecido a anos no Brasil (décadas?). Desde pequenos, sentamos todos enfileirados, aprendemos todos do mesmo jeito, é vomitado milhares de informações sobre nós, cujo o intuito final não é o aprendizado, mas o vestibular, a tão sonhada vaga na universidade.
Somos todos condicionados a sermos conteudistas, pouco analistas, pouco pensadores, pouco críticos, pouco criativos. O sistema induz o aluno a saber, e não a raciocionar.
Education is modeled on the interests of industrialisation and in the image of it” — Sir Ken Robinson
O mundo mudou, o sistema ainda não se adaptou. O modelo de educação precisa de uma mudança, de uma reforma, de uma revolução. Sir Ken Robinson acredita que precisamos mudar de paradigma, ir em direção contrária a ideia de padronização de ensinamento / aprendizado.
“The function of education is to teach one to think intensively and to think critically. Intelligence plus character — that is the goal of true education.” — Martin Luther King Jr.
Mudando
O Paypal revolucionou a forma como fazemos pagamentos.
O Facebook revolucionou o modo como nos conectamos.
O Airbnb mudou a forma como podemos alugar novos lugares.
O Uber mudou a forma de como nos locomovemos.
Todas essas empresas estão inovando em seus mercados. Da mesma forma, o mercado de educação tem seus players, empresas que estão mudando a forma como aprendemos e a forma como ensinamos.
Quando penso em inovação no mercado de educação aqui no Brasil, penso na Geekie. Uma startup que está revolucionando a forma de como os estudantes do ensino médio aprendem.
Eles partem da premissa que as pessoas aprendem de formas diferentes uma das outras. Logo, não faz sentido termos um modelo padronizado para todos os estudantes. É necessário customizar, criar um ensino totalmente adaptável ao aluno. Ou seja, não é o aluno que se adapta ao sistema. O sistema se adapta na forma de como cada aluno aprende.
Existem vários papers sobre Aprendizagem Adaptável ou Aprendizagem Personalizada, mas gostei desses 2 vídeos, que ilustram bem essa ideia:
1. Visualizando a aprendizagem personalizada, da Knewton (+ artigos)
2. Aprendizagem Personalizada, da Geekie (+ artigos)
Basicamente a tecnologia recebe uma enorme quantidade de dados sobre o aluno, e através desses dados, ela consegue entender suas dificuldades e assim modelar e customizar o aprendizado.
O mais legal é que a tecnologia consegue fazer toda essa customização muito rápida, barata e com excelência, o que permite a escalabilidade. E não apenas isso, ela empodera o trabalho do professor, que passa de um Content Master para um Learning Master. Ou seja, o professor foca no aprendizado dos alunos, e não apenas em passar informações. Ele analisa os dados sobre os alunos e com seu lado humano, ele tem a sensibilidade de entender as maiores dificuldades, conversar e engajar com o aluno, atiçar a curiosidade dele, e ter o foco em cima da melhor forma de aprendizagem de cada aluno.
“There is no system in the world or any school in the country that is better than its teachers. Teachers are the lifeblood of the success of schools. But teaching is a creative profession. Teaching, properly conceived, is not a delivery system. You know, you’re not there just to pass on received information. Great teachers do that, but what great teachers also do is mentor, stimulate, provoke, engage.” — Sir Ken Robinson
Sir Ken Robinson fala muito sobre o valor dos professores, como agentes que estimulam, mentorizam, provocam e engajam para que haja o aprendizado. Você pode ver a fantástica palestra dele aqui:
Outra palestra fantástica do TED é do Sugata Mitra. Ele fala sobre a história do experimento que ele fez na India. Deixou um computador e despertou a curiosidade das crianças para fuçar, aprender e se engajar com o PC. O resultado do experimento é fascinante. Ele mostra que mesmo o computador estando todo em inglês, as crianças estavam tão engajadas que começaram a aprender inglês pelo computador e aprender a usar o hardware/software poucos dias depois. O que reforça a ideia do professor como mentor e estimulador da curiosidade do aluno. Cuida de seu aprendizado e não apenas em passar informações.
Em 2008 começaram a surgir o conceito de MOOCs (Massive Open Online Courses) que são cursos online que permitem o acesso de várias pessoas para que possam aprender.
Hoje existem MOOCs como Coursera, Udacity, edX, lynda.com, etc.
Daphne Koller, professora na Universidade Stanford e Co-fundadora do MOOC Coursera, palestrou no TED, falando sobre aprendizado ao conduzir o Coursera.
“The mind is not a vessel that needs filling, but wood that needs igniting.” — Plutarco
É fascinante como os MOOCs podem escalar a disseminação do conhecimento, e não apenas em números, mas mudar e impactar a vida das pessoas de modo significativo.
Eu
Bom, o que eu imagino como um novo modelo para educação?
Imagino menos assim:
E mais assim:
O aprendizado mais colaborativo, mais aberto, mais democrático e mais personalizado.
A tecnologia como ferramenta de inovação.
Os professores como agentes ativos no aprendizado de cada aluno.
E os alunos com potencial e com as ferramentas certas para mudar o mundo.
That’s it!
Espero que tenham gostado!
Espero escrever mais sobre educação. Foi bem divertido pesquisar e estudar mais sobre educação e aprendizado!
Qualquer feedback é muito bem vindo!
